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terça-feira, 31 de maio de 2011

Quando uma imagem fala por si

30/05/2011, alguns minutos depois de me esforçar para não fazer xixi fora do local indicado.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A volta da bicota, ou Bicota Survivor

Manhã de domingo. Céu azul, sol de rachar do alto dos 15 graus atingidos ao meio dia. Papai e mamãe ocupados preparando o chimarrão e você, pequena, fuçando nas gavetas do seu quarto. Chega na cozinha triunfante com um pote pequeno no formato de ursinho nas mãos. Abi!, pede, e eu abro. O que vejo lá dentro para meu horror: duas bicotas sobreviventes, cada uma com um rasgo na lateral. Tento disfarçar, mas você é esperta e pede as bicotas.

Tentei negociar. Perdi. Seu pai dá uma lavada nas duas e te entrega. No ato você sai saltitante e feliz pela casa com suas duas bicotas rasgadas: uma na mão e outra na boca, meio de lado, no melhor estilo Popeye. Ao que parece os dois rasgos não te causam estranheza, são dois velhos conhecidos, amigos da mais tenra infância.

Depois de uns chup-chup-chup eu góto bicota te chamamos para irmos passear e dizemos que a bicota não pode ir. Você me entrega as duas facilmente. Tadinha. Mal sabe que não verá mais as bicotas na volta do passeio.

Eu escondo uma sobre a estante de livros. Ao menos lá demorarão alguns anos até que você consiga achá-la novamente.

E a outra? Não sei...começo a crer que fui enganada ardilosamente por uma certa garotinha.

Não se fazem mais menininhas inocentes de 2 anos como antigamente...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que você faria se sua filha fosse torturada até a morte?

Horror, é só o que eu posso sentir.

No blog da Juliana fiquei sabendo do caso de uma menininha linda, Joanna Marcenal, que, ao que parece, foi torturada pelo próprio pai e pela madrasta até a morte.

Há um abaixo assinado e um blog sobre o caso. O abaixo assinado pede justiça, o blog conta um pouco a história da menina e o drama vivido pela mãe. Semelhanças com o caso de Isabela Nardoni, mas que, como não causou comoção nacional, parece não estar tendo o mesmo tratamento.

Vamos ajudar?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O palavrão, a cabana e outras histórias

Eu não sou do tipo que fala muito palavrão, no máximo um é foda, ou es fueda em versão fronteiriça; de vez em quando um que merda. Só.

Eu bem que gostaria de dizer orgulhosamente que não falo esses nomes feios na sua frente, Ísis, que sou mãe controlada, equilibrada, um anjo de candura com a boca mais inocente deste mundo, mas não posso. Quando eu me dou conta, já larguei minhas pequenas expressões condenáveis bem na sua frente.

Agora, eu posso me orgulhar de que não foi comigo que você aprendeu seu primeiro palavrão. A culpa é do seu pai que larga a torto e a direito o seu puta merda. Em jogo do Corinthians é o maior festival.

Foi assim: você estava tomando banho com uma bolinha de plástico na mão e na hora em que eu te tirei da banheira você deixou a bolinha cair soltando um sonoro PUUUTA MÉÉÉÉDA na mesma entonação de voz e mesmo prolongamento de sílabas usada pelo seu pai.

E eu? Depois do choque tive vontade de chamar seu pai e colocar os dois para lavar a boca com sabão, mas ao invés disso falei nossa senhora, caiu a bolinha Ísis e você nem tchum...ficou lá repetindo e repetindo o seu puuuta méééda caiu a bolinha.

Agora todo cuidado é pouco. O estoque de sabão em barra, daqueles amarelos e fedidos já foi providenciado. Aceito sugestões!

...

E faz tempo que uma das suas brincadeiras preferidas é brincar de cabaninha. Montamos de todo jeito e em todo lugar, colocamos almofadas, pegamos livrinhos, bonecas e isso rende bons minutos de boas brincadeiras tudo mundo zunto, ou um sossego rápido para a mamãe e o papai.

Mais uma idéia boa da V.!


Berço + manta + poltrona de amamentação + bonecos e almofadas = 15 minutos de sossego!


...

Agora você expressa suas preferências começando a frase com um eu góto de, que pode ser um eu góto de ocê mamãe, ou eu góto de bincá na caminha da mamãe ou pode ser o terrível eu NÃO góto de ocê.

Mãe sofre...

...

Um dos melhores livrinhos de todos os tempos é o seu livro de pano, presente dos tios Dedé e Cláudia! Brinquedo mais que legal! Nele você aprendeu cores, formas, noções de subir e descer, de entrar e sair, de grande e pequeno.

De quebra ainda me presenteou com palavrinhas fofas do tipo amingo (flamingo), pôco ósa (porco rosa), tês, cáto, cinco, seis boletinhas (3,4,5,6 borboletinhas), cóba gandão (cobra grande), guiguim pêto e malélo (pinguim preto e amarelo, devido ao cachecol do mesmo ser amarelo), janininha memêla igal tufa (joaninha vermelha igual a pantufa, porque ela tem uma pantufa de joaninhas).



...

Mas recentemente você começou a desenhar e criar na sua imaginação as imagens. Então um risco pode ser um sapo cururu, dois riscos podem ser você e a V. passeando, um círculo (!) pode ser um caracol  ou uma gota de chuva, ou nuvens cheias de água...é maravilhoso ouvir você contando seus desenhos!

...

Agora você avisa quando faz coco e quando eu estou na dúvida entre coco e pum você me esclarece: é pum. Desfralde à vista?

...

E essa última é apenas para te exibir! Tá ou não tá a amazoninha mais fofa?


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Escolinha X Babá: Parte II

Eu sei, havia prometido essa segunda parte do texto para o dia seguinte à publicação do primeiro, mas quando publiquei nem me dei conta de que era sexta feira. Eu tenho uma regra: não acesso blog aos finais de semana e é por isso que esse texto só está saindo hoje, segunda feira. Perdoem!

Hoje, antes de escrever essa segunda parte, reli o texto anterior e os comentários (obrigada a todas pela participação!). Achei oportuno esclarecer que a escolinha da Ísis era muito boa, de verdade, era uma das melhores da cidade, e conversando com alguma mães na época era visível que em termos de cuidados ela estava muito a frente da grande maioria.

A minha insegurança veio a partir de muito questionamento meu e do fato de eu sempre me colocar no lugar da Ísis para tentar perceber como ela se sente. Para mim não parecia certo, saudável, bom, deixá-la num ambiente escolar numa fase em que bebês precisam de cuidados, de atenção, de colo, soninho tranquilo.

Outro ponto que vale um reforço é que este texto não é uma crítica a mães que deixam seus filhos em creche/berçário/escolinha desde muito novos. Eu mesma deixei, minha irmã deixa e a grande maioria das mães que eu conheço também deixam, mesmo as que ficam em casa. Estes dois textos têm o único objetivo de relatar uma experiência, que pode ajudar outras mães que estão em dúvida a decidirem os prós e contras de cada situação e escolherem dentro de suas possibilidades. Muitas vezes sabemos que algo não é o ideal, mas a realidade da vida de cada um é que vai pesar na hora da atuação.

Outro objetivo deste texto é questionar a maneira como as creches/berçários/escolinhas estão sendo vendidos às famílias: verdadeiros instrumentos de evolução para bebês. E eu questiono isso, essa imagem de que bebê que vai para a escolinha desde cedo aprende a socializar melhor, aprende a andar/falar/largar as fraldas/comer brócolis e qualquer outra coisa antes das crianças que não vão, que aprendem a ler/escrever mais cedo/melhor, enfim...a imagem que nos é vendida é que hoje em dia é praticamente obrigatória (mesmo não sendo) a passagem do bebê por escolinhas caso essa mesma criança deseje ser alguém capacitado para o futuro.

Desde que a Ísis deixou de ir para a escola, passando a ficar em casa com a babá, eu percebo que quando digo isso para alguém a Ísis é sempre olhada como uma criança atrasada, que não brinca com outras crianças, que não aprende nada, tipo vegeta, sabe? E eu sempre ouço a famosa frase "mas por quê você não coloca a Ísis na escolinha? É tão bom, eles socializam (percebem?) com outras crianças, aprendem a se virar (?), aprendem musiquinhas, aprendem (!) inglês, engatinham/andam/correm/pulam/falam mais rápido e melhor do que crianças que não vão para a escola...

Minha maior satisfação é ver a Ísis falar super bem, cantar as mesmas musiquinhas, dizer as cores, agradecer, pedir, contar até 10, identificar letras, mesmo não indo para a escola. As pessoas ficam admiradas com isso, como se somente na escola as crianças pudessem aprender tais coisas! E por que não em casa? Por que não com os pais, com uma babá?

Neste ponto posso passar a imagem errônea de que a babá da Ísis é daquelas com ensino superior (enfermeira quase sempre), mestrado em pedagogia e doutorado em psicologia. Ledo engano! A V., babá que caiu do céu não tem segundo grau, o que quebra mais preconceito de que somente babás com ensino superior é que são boas.

Mas e como surgiu essa babá em nossas vidas?

Quando chegamos em SVP eu tinha 30 dias de férias, 30 dias de licença e uma possível babá previamente contatada para começar a trabalhar a partir do ano seguinte. O problema é que nós havíamos chegado em julho e eu deveria retornar ao trabalho em setembro. O que fazer até que a babá indicada estivesse livre para trabalhar conosco?

Cheguei a pensar em colocar a Ísis mais uma vez na escolinha, e isso começou a me fazer mal novamente, mas não estava encontrando outra solução. Em agosto fui visitar as 4 escolinhas existentes na cidade. A que a Ísis frequentava em Joinville estava milhões de anos luz das encontradas aqui. Fiquei desesperada! O que fazer?

Foi então que conhecemos a primeira vantagem de se morar em cidade pequena: as pessoas conversam! E não apenas sobre o tempo! A idéia da escolinha estava descartada e começamos a falar com as pessoas sobre encontrarmos uma babá temporária, até vir a oficial, que ainda trabalhava na casa de um casal que iria embora apenas no final do ano.

Pouco tempo depois recebemos uma indicação. Liguei para a moça e marcamos uma "entrevista". Ela chegou e cativou a Ísis em poucos minutos. Enquanto eu conversava com ela, ela ia brincando com a Ísis, em voz baixa, fazendo carinho, enfim...cativando. Eu gostei das referências dela e senti, sabe, que ela era legal. Na conversa expliquei que seria um trabalho temporário, ela aceitou. Marcamos o dia de início.

A adaptação da Ísis com a babá foi infinitamente melhor. Não houve choro, apesar de seguirmos a mesma metodologia: começamos com poucas horas, eu junto, depois passamos para transferir os cuidados (trocar fraldas, dar comida, banho) e por último passei a deixá-las vários momentos sozinhas. A Ísis sempre ficou bem, tranquila, e na volta sempre estava feliz.

Expliquei para a V. que a Ísis não ficava na frente da televisão, que ela precisava sair para brincar, que ela, como babá, deveria brincar com a Ísis, ouvir música, cantar, essas coisas. Nos momentos em que fosse para descansar, colocar um DVD.

E assim foi feito. Eu pedia, ela fazia e em poucos dias a Ísis estava apaixonada pela babá, que além de ser a companheira dos folguedos, ainda era a cuidadora, fora o fato da Ísis estar em casa, com suas coisas, seu ritmo. Isso fez toda a diferença.

De temporária, a V. virou babá oficial, a Ísis a adora e se sente segura com ela. Nunca chorou quando saí para trabalhar quando a V. estava por perto, porque sabe que quando a mamãe e o papai estão fora ela estará bem.

Outra vantagem que eu percebi foi na saúde: raramente fica doente e neste tempo todo só teve uma virose.

E o custo? Praticamente igual ao da escolinha, um pouco mais devido aos impostos, férias, décimo terceiro, mas se pensarmos em tudo que eu gastava com médicos, remédios, as faltas ao trabalho, sai até mais barato ou equivalente. Então o custo não deve ser o único fator a se pesar para se escolher entre a babá e a escolinha.

E a babá falta? Falta. Todos os meses 3 dias devido a um problema de saúde. E nesses 3 dias contamos com a ajuda de nossa empregada e com a compreensão do chefe que nos libera mais cedo, nos permite chegar mais tarde, bem parecido com quando a Ísis ficava o dia todo na escolinha.

Primordial nesse processo de escolher a babá foram as referências: todas muito boas, sendo que as antigas mães ainda ligam para a V., se importam com ela e sua saúde, ficaram amigas. Nunca ouvi um porém a seu respeito. E ainda mais que as referências foi perceber como a Ísis reagia à presença da V.

Não é nada fácil decidirmos com quem ficará nosso filho na nossa ausência, seja por motivo de trabalho, seja por qualquer outro e é muito importante listarmos os prós e contras e cada situação antes de decidirmos.

Um conselho meu é não descartar a possibilidade da babá antes de experimentar, se essa for uma opção viável. Outro conselho é observar bem as reações dos filhos, fazer a adaptção de maneira bem gradual e dar umas "incertas" em casa até estar segura. Eu fiz muito isso: chegar fora de hora e ficar escutando...aliás ainda faço, assim como fazia na escolinha.

E valorizar o trabalho da babá sempre, porque ela é responsável pelo nosso bem mais precioso quando estamos ausentes. Eu sempre elogio, sempre agradeço, nunca a trato como subalterna, como empregada, mas sim como parceira, porque na verdade é nisso em que eu acredito, somos uma boa parceria, ambas temos algo que a outra precisa, então não se cogita hierarquia, mas sim uma relação de ajuda mútua, de carinho e de confiança.

Outro ponto importante é que babás são babás: o trabalho delas e cuidar das crianças, brincar com elas, levar para passear. Não é limpar a casa, fazer comida, lavar a roupa. Se a babá tiver que fazer essas coisas, não tardará muito e seu filho ficará prostrado em frente à TV, ou pior, estará mais sujeito a acidentes domésticos.

Pense: quando você deixa seu filho numa creche nenhuma das cuidadoras limpa a sua casa, faz a sua comida, não é? Então por que a babá deveria fazer? Não se trata de luxo, como muitos podem pensar e como muitos já me disseram também. Eu considero especialização do trabalho. Para cuidar da minha casa posso elaborar um outro esquema, seja fazer quando chega em casa, seja contratar diarista, seja ter empregada.

E vocês? O que pensam sobre isso?




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Escolinha X Babá: Parte I

Faz algum tempo que eu venho ensaiando escrever sobre a minha experiência com escolinha/berçário e babá. Já escrevi dois textos, um contando amenidades e outro já iniciando um papo sobre a minha mudança de opinião e o dilema que eu vivi no ano passado. Inclusive a querida Betty Mello, do Canto do Conto, deixou um comentário que fez acender ainda mais o dilema que vivia, e que muito me ajudou a decidir.

Faço isso porque, da mesma maneira que eu aprendo muito com as experiências de todas as outras famílias que eu acompanho, seja porque faria exatamente igual, seja porque faria exatamente diferente, acredito que a troca de idéias é sempre válida e a exposição de experiências alheias pode sim nos fazer tomar decisões diferentes daquelas que tomaríamos se não tivéssemos sabido desta ou daquela história.

Cabe esclarecer mais uma vez que o que eu vou relatar aqui é a minha experiência, a minha vivência. As minhas decisões foram tomadas com base nos meus desejos, nos meus conhecimentos e na maneira como eu desejo que a minha filha viva. Não se trata de algo do tipo "certo x errado", pois assim como existem inúmeros estudos afirmando que crianças que convivem com babás desde cedo possuem transtornos de personalidade (lembra da história dos homens não serem fiéis por conta disso? pois é...), também existem outros tantos estudos que afirmam que não há vantagem alguma no fato de bebês ficarem submetidos a uma série de estimulações precocemente.

O que não se discute nunca é que bom mesmo é ficar com a família. Não digo com a mãe apenas, porque hoje em dia não se pode , e digo melhor, NÃO SE DEVE falar apenas na mãe como principal cuidadora, mas no pai, nos avós, nos tios.

Não estranhem o fato de eu escrever tudo como decisão minha. Eu converso muito com meu marido sobre tudo que desejo para nossa filha, todas as minhas idéias, ele me ouve, me ajuda a tomar decisões, mas na dinâmica da nossa família a minha palavra acaba pesando um pouco mais nas questões relacionadas com a Ísis. Não se trata de quem "manda mais" como muitos podem pensar, mas de especialidade mesmo. Da mesma forma como ele confia nas minhas decisões, eu confio nas decisões dele acerca de uma série de outros assuntos.

Não sei se todas sabem, mas nós morávamos em Joinville/SC até julho de 2010, e a partir dali nos mudamos para Santa Vitória do Palmar/RS, para trabalharmos no Chuí, em razão do meu trabalho e do meu marido.

Pois bem. Eu engravidei em Joinville, a Ísis nasceu lá e durante toda a gravidez eu sempre tive como certa a escolha pela escolinha/berçário para o período após licença maternidade. Eu não tinha dúvidas. Na época, eu só conhecia essa realidade e em cidades maiores é meio que senso comum colocar os bebês nas escolinhas. A convivência com outras pessoas é mais restrita, é difícil conseguir alguma indicação profissional, morávamos longe da família e não queríamos ficar a mercê de babás que tinham a fama de faltar muito.

Eu pesquisei algumas escolas particulares na cidade, todas muito boas e acabei ficando em dúvida entre duas: uma que tinha um super espaço para os bebês do berçário, fazia a linha mais tradicional, mas tinha mais bebês por turno, além de ser a escola escolhida por vários amigos, o que me deixava segura. A mensalidade ficava em torno dos R$ 730,00 com toda a alimentação incluída e a nutricionista da escola era minha amiga.


 A segunda opção era uma escola "alternativa", que trabalhava numa pedagogia holistica e parecia um sítio em meio a cidade. A sala dos bebês não me agradou, era super pequena. Ela era mais cara em torno de R$ 100,00, o que pesou, assim como o fato de eu não conhecer ninguém que tivesse colocado os filhos lá, na decisão.
 
Eu optei pela primeira, apesar de ter amado a proposta da segunda, e parti para o mês de adaptação da Ísis antes do retorno ao trabalho.
 
Antes de matricular a Ísis a coordenadora explicou como seria a adaptação: no começo seria 1 hora na parte da manhã e outra na parte da tarde, já que a Ísis ficaria em turno integral. Eu teria a liberdade de deixar a Ísis sozinha ou ficar com ela na sala. O tempo na sala iria aumentando gradativamente até ela ficar as 10 horas (!) diárias. Seriam 5 cuidadoras na parte da manhã,  e outras 5 na parte da tarde (eram no máximo 18 crianças por turno) sendo que apenas uma delas era formada em pedagogia em cada turno, as outras eram estudantes ainda.
 
Começamos a adaptação, o primeiro dia foi um horror. Nada daquela teoria toda sobre a adaptação parecia ser colocada em prática. A responsável pela adaptação da Ísis estava tão ocupada que acabou negligenciando um momento tão delicado e a Ísis (e eu consequentemente) chorou muito durante toda a primeira hora dela na parte da manhã.
 
Eu ainda me lembro da sensação de derrota, da profunda insegurança e da tristeza que me acometeu quando saí da escola. Eu cheguei desesperada em casa e conversei com marido sobre o assunto. Ele me acalmou e me incentivou a conversar com a coodenação.
 
Não levei a Ísis a tarde e na manhã seguinte pedi para falar com a corrdenadora que havia me "vendido" a imagem da escola, mas ela não estava e veio outra em seu lugar. Desabafei, chorei, falei tudo que eu havia visto e que não havia gostado, que na teoria a escola tinha me deixado super segura, mas na prática havia acabado com uma convicção construída desde sempre.
 
E aí veio a frase feita, sempre dita e que eu acho horrorosa mas mãe você precisa estar segura, porque se você não estiver segura acaba passando essa insegurança para sua filha e a adaptação dela vai ser mais difícil. A gente percebe que quando a mãe está tranquila, a criança se adapta mais facilmente.
 
PQP, pensei na hora, eu ESTAVA super segura ANTES de ver uma porção de coisas que me deixaram insegura, então a Ísis não havia chorado porque EU ESTAVA INSEGURA, mas sim devido a falta de cuidado da escola - que se dizia preparada e experiente - num momento tão delicado. Li muitos textos de "pedagogos" sempre enfatizando o papel da mãe na adaptação, mas dificilmente questionando a escola e sua metodologia, ou melhor, a sua prática, já que possuir um método não significa aplicá-lo.
 
Muitos dias depois, muito choro meu e da Ísis, muitas horas sentada na recepção da escola esperando, eu tive que voltar a trabalhar. No começo ia na hora do almoço fazer uma visita, mas sempre que eu aparecia a Ísis chorava na hora de eu ir embora, o que me deixava ainda mais torturada, e depois de 2 semanas e com o incentivo da coordenadora, passei a ir e apenas espiar pela janela. Um tempo depois eu deixei de ir na hora do almoço e apenas ligava para saber como ela estava.
 
A Ísis chorava quase sempre que era deixada na escola e quando me via na porta ficava desesperada para sair. O que me deixava mais calma era que ela parava de chorar rapidamente, distraída com alguma coisa. Depois de um tempo ela passou a ter uma professora como referência, ironicamente a mesma do primeiro dia, e só não chorava quando era esta professora quem vinha buscá-la na porta.
 
Três semanas depois veio a primeira virose, uma doença de pele, um resfriado e daí não parou mais até evoluir para bronquite. O pior pesadelo era saber que ela estava doentinha e não poder ficar com ela, ter que deixá-la na escola no meio de outras tantas crianças...aquilo me torturava demais. E a escola de fato não era ruim, mas eu não podia imaginar que a Ísis ficasse bem, ou preferisse estar ali do que na sua casa, com suas coisas, longe de tanta gritaria, barulho, choro.
 
Porque tinha mais isso: a Ísis nunca gostou de ver outras crianças chorando (ainda hoje ela não tolera muito, fica triste) e era doído ver a carinha que ela fazia quando um coleguinha começava a chorar. Eu me colocava no lugar dela: fechada num espaço cheio de estímulos visuais, com outros tantos tão ou mais pequenos do que ela, que muitas vezes estavam gritando ou chorando quando ela só queria dormir, ficar quietinha...
 
E aí chegavam aqueles trabalhinhos pedagógicos...nunca gostei daquilo porque sabia que era apenas para "inglês ver", já que os bebês ali não tinham 1 ano. Eu também sabia que tudo aquilo demorava muito para ser feito, o que equivalia a menos professoras cuidando dos bebês.
 
Ao mesmo tempo eu passei a perceber que das 5 professoras em sala, 1 estava sempre na hora da folga, 1 estava sempre afastada para preencher a agenda e fazer as colagens e essa frescudada toda dos tais trabalhinhos pedagógicos, outra estava no rodízio da troca de fralda e do banho...ou seja, sobravam em sala efetivamente 2 cuidadoras. Para 18 bebês!
 
E um belo dia a Ísis chegou super assada em casa. E em outro chegou com uma mordida na bochecha. Em outro chegou com a fralda suja de coco. Em outro vi ela com pouca roupa e o ar condicionado super gelado na sala, o que valeu uma chamada minha e a resposta mas mãe (odeio!) está muito calor aqui dentro. E em outro estava anotado na agenda que ela havia "comido super bem", sendo que a cuidadora que havia me entregado a Ísis havia dito que ela não havia se alimentado direito.E ainda haviam os alimentos que eu não gostaria que ela comesse, principalmente nos aniversários.
 
E o que dizer das tarefas enviadas para os pais em casa? Foto disso e daquilo, papel assim e assado, embalagem A, B, C...para quê, meodeos, se ali naquela turma estavam bebês que precisavam de cuidados e não de atividades pedagógicas!
 
Enfim...em menos de 3 meses de escolinha eu já estava convicta de que aquilo não era o ideal para minha filha. Tentei conversar com algumas pessoas, conversei muito com o marido, mas a outra solução, que seria ter uma babá em casa, não seria fácil de concretizar. Onde encontrar alguém que fosse cuidadosa com bebês alheios nos dias de hoje? Eu não tinha referências, eu não sabia por onde começar e foi ali que me arrependi de não ter contratado alguém para me ajudar quando ainda estava grávida, pois caso tivesse feito isso, depois de 7 meses em casa já poderia sair para trabalhar com mais segurança na pessoa com quem iria deixar minha filha.
 
A decisão estava tomada: a Ísis não ficaria mais numa escola, eu havia escolhido deixar ela em casa com uma babá e faria isso tão logo conseguisse alguém.
 
Infelizmente, devido a uma série de motivos nós não conseguimos irá-la da escola antes de irmos embora de Joinville. Passamos mais alguns meses ruins, eu, principalmente, que acabei ficando sozinha em Joinville enquanto meu marido tinha que viajar a trabalho.
 
A solução que encontrei foi mandar o trabalho às favas. Cada vez que a Ísis adoecia eu ficava em casa e não a levava para a escola. Nessa fase contei muito com a compreensão dos colegas de trabalho e do chefe, que nunca me cobrou nada por mais que, acredito, tivesse vontade.
 
Marido voltou de viagem, nossa mudança para os pampas estava marcada e eu segui convicta de que não colocaria mais a Ísis na escola, ao menos até a idade obrigatória.
 
Sobre a saga para encontrar uma (boa) babá eu escrevo amanhã.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Selinhos...os mais esquecidos

Ganhei 3 selinhos nos últimos tempos e sempre que ganho salvo para postar depois, mas aí a vida segue e eu esqueço deles na minha pasta de imagens. E um dia, na falta de inspiração, voilá, lá estão os selinhos lindos me esperando!

Hoje é um dia desses...eu gostaria de escrever tantas coisas, mas o tempo diante do computador, pensando livremente, é pouco, então acabo participando muito em outros blogs, mas escrevendo menos no meu.


Eu ganhei este selinho de duas mamães muito queridas que sempre comentam com muita atenção e carinho aqui no blog: Simone, do Minha Pequena Isabela e Angi, do Eu me Desenvolvo e Evoluo com Meu Filho.

O objetivo do selinho é falar um pouco sobre si mesma, dando a possibilidade de se conhecer mais quem escreve, como pessoa humana, e não como a mamãe babona por traz dos textos, né? Vamos lá:

1. Eu sou a irmã mais velha, mas sou a mais baixinha e gordinha, tenho o cabelo mais crespo, o rosto mais cheio de sardas.

2. Eu já quis ser professora, como minha mãe, tia e avó, já quis ser enfermeira por causa de uma série de TV, já quis ser astronauta, cientista e por muito tempo quis ser jornalista, mas na hora de marcar o "X" no curso para a faculdade mudei para Nutrição, me formei nutricionista, atuei 2 anos e meio na área e abandonei tudo para ser concurseira. Passei no concurso desejado em 2006 e desde então sou servidora pública.

3. Quando criança/adolescente escrevi muitas histórias e poemas em cadernos pautados e agendas anuais que ganhava da minha madrinha. Naquelas folhas eu desabafava todo o turbilhão de sentimentos que carregava comigo. Meu primeiro diário eu escrevi para desabafar sobre meu primeiro amor, mas um dia ele foi lido e eu não gostei, passando a falar de sentimentos meus em forma de poemas. Com 18 anos, numa ânsia de recomeçar e de me entender eu queimei tudo o que já havia escrito, sendo que durante muito tempo eu não me permiti escrever uma única linha. Eu queria me mudar, amadurecer e deixar de viver um pouco no mundo da fantasia, que foi meu refúgio durante anos difíceis. O futuro estava ali e eu queria vivê-lo e não apenas sonhá-lo.

4. Quando adolescente eu fui muito tiete do Menudo, do Dominó e do New Kids e eu sempre tinha uma quedinha pelo integrante mais novo e com cara de bebê. Dos amores eternos e namoricos da adolescência eu também sempre demonstrei uma preferência por meninos mais claros e com carinha de bebê. Ironicamente, anos mais tarde, eu conheci um cara que apesar de seus 19 anos exalava um ar de homem mais velho, responsável, seguro. Apaixonei, amei, namorei, noivei, casei.

5. Acho difícil responder a pergunta "você é de onde?". Eu fui/sou de vários lugares e de lugar nenhum. Eu gosto de conhecer lugares e pessoas, absorver suas culturas e valorizar cada maneira de viver. O fato de ter morado am algumas cidades diferentes e de gostar e viajar sempre que possível me faz mais tolerante aos estilos diferentes que existem por aí. Mais ironicamante eu já fui muito intolerante e em diversos momentos eu converso sobre a vida alheia dando minha opinião, mas no fundo eu sou capaz de compreender, ainda que não aceite, a maneira de viver de cada um.

6. Eu mudo de humor muito rapidamente, ou ao menos acontecia isso muito frequentemente antes do nascimento da Ísis. Eu acordava com uma felicidade extrema e do nada, meu mundo caía e eu só queria ficar quieta no meu canto. Hoje meu humor é mais constante, eu me irrito muito menos com o mundo que me cerca, com as pessoas com quem eu convivo. Ironicamente, mais uma vez, eu sempre tive facilidade em me dar bem com pessoas consideradas difíceis de conviver...vai ver que é porque também sou, né? :)

7. Eu choro quando ouço e canto algumas músicas, eu sempre choro quando vejo uma apresentação de dança ou de coral, eu choro lendo livros, eu choro imaginando coisas.

8. Eu sou uma pessoa calada da porta de casa para fora, não sou chegada a diálogos de educação, não lanço confete em ninguém, não fico constrangida no silêncio do elevador e nem me sinto impelida a conversar com estranhos (ou nem tão estranhos assim). Já em casa ou com amigos eu falo muito, eu adoro conversar sobre tudo livremente, teorizar, imaginar...mas ultimamente tem sido difícil encontrar pessoas que gostem de conversar mais profundamente, e não apenas trocar amenidades ou frases prontas do noticiário da TV. O mundo atual nos fez mais distantes. E os blogs tem me ajudado a permanecer pensante.

9. Eu adoro tricotar e crochetar e antes mesmo de ter este blog e vasculhar os blogs maternos, eu vivia antenada com os blogs de tricô e crochê. Essa é uma atividade que me dá muito prazer e das quais mais sinto saudades dos meus tempos antes da maternidade. Isso e dormir até cansar, sair com o marido para um bar legal e ficar batendo papo até o garçom nos expulsar sabendo que ainda teríamos todo o dia seguinte no conforto da nossa cama para descansar, namorar, comer...

10. Eu sempre pago a minha língua.

Por hoje é só pessoal!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Voltei: mamaço virtual!




Eu não tenho facebook, twitter e meu orkut (sou velha?) está desatualizado desde o ano passado, só esperando uma oportunidade para ser deletado. Mas aqui está a foto que ilustrou meu segundo post e um dos momentos que mais deixaram saudades da primeira fase da maternidade.

Amamentar é um ato natural. E lindo.



Amor de Índio


 Uma casinha no campo: às vezes sinto saudades de algo que não vivi...
 Nossos desenhos: tempo sagrado
Você pequetita de tudo...Um chão de flores para nós

Filha, aqui tens uma das letras de música mais lindas que a sua mãe já ouviu. Uma maneira de conhecer um pouco do que me emociona sempre: a vida acontecendo. Conseguir compreender que tudo e todos estão interligados, que sozinhos não construimos nada, que as coisas mais simples da vida são as que estarão para sempre gravadas na memória...é nisso que eu penso quando escuto esta música. E eu penso no seu pai e em você.

Tudo que move é sagrado E remove as montanhas Com todo o cuidado Meu amor

Enquanto a chama arder Todo dia te ver passar Tudo viver a teu lado Com arco da promessa Do azul pintado Pra durar

Abelha fazendo o mel Vale o tempo que não voou

A estrela caiu do céu O pedido que se pensou

O destino que se cumpriu De sentir seu calor E ser todo

Todo dia é de viver Para ser o que for E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado E o fruto do trabalho É mais que sagrado Meu amor

A massa que faz o pão Vale a luz do teu suor

Lembra que o sono é sagrado E alimenta de horizontes O tempo acordado de viver

No inverno te proteger No verão sair pra pescar No outono te conhecer Primavera poder gostar No estio me derreter Pra na chuva dançar e andar junto

O destino que se cumpriu De sentir seu calor e ser tudo

Sim, todo amor é sagrado



terça-feira, 10 de maio de 2011

Festinha de 2 anos, dia das mães: final de semana de emoção!

Sábado foi a festinha atrasada de aniversário de 2 anos da Ísis. Tudo muito simples, sem fricotes, mas com muita diversão! Teve de tudo! Até bolo despencando depois da meia noite e virando um delicioso pavê! Resultado do trabalho em equipe de papai e mamãe cansados, depois de um dia inteirinho de trabalho.

Durante a festinha eu me peguei pensando que muitas vezes a gente se estressa e compra brigas por nada. A festinha da Ísis não tinha absolutamente nada demais: compramos um kit festa daqueles de papelaria com motivo de cachorrinhos (aqueles que já vi muita gente achar "chinfrim"), balão colorido, brigadeiro (que aqui é negrinho), bolo de chocolate (que aqui é nega maluca), beijinho, canudinho (com receita da Gisele do Kids in doors), sanduiche, pão de queijo, suco e refrigerante (que aqui é só refri).

Para a criançada muita tinta guache (que agora chama tempera, ó céus), giz de cera (que agora chama crayon) e lápis de cor (esse continua o mesmo, ufa!). E quem mais fez sucesso na festa foi o bom e velho brinquedo "joão bobo" de plástico, que não custou R$ 5,00!

A vida é simples! Ser feliz é tão bom! Prá quê complicar?

 Ísis faceira e com a boca suja de brigadeiro
 Assoprar a velinha com os pais: foto clássica de aniversário! Adoro!
Feliz com os amiguinhos! Decoração? Prá quê?

E o dia das mães? Ressaca pós aniversário, almoço gostoso, passeio na Lagoa Mirim e o resto do dia em casa cafungando muito a Ísis e o papi da Ísis!

Aproveito para indicar o Mama is... maravilhoso! Ah se eu soubesse desenhar...

E um texto do Carpinejar sobre as mamães, mas especificamente sobre a mãe dele, mas que retrara um pouco cada uma de nós, né?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mãe transborda...

No começo eu era seu lar, seu alimento, seu parque de diversões, sua orquestra sinfônica, uma voz ao longe. Creio que ali, naquele comecinho, foi-se criando um laço, uma relação de dependência física, uma curiosidade mútua. O que você amava em mim? Podemos falar de amor quando o outro é nossa própria razão de existir? Ou melhor, não seria esse o significado do amor?

Um dia fui o caminho para o novo, o desconhecido, para a vida que te esperava. Será que chorastes de saudade do antigo lar? Ao me ver sentiste simpatia? alegria? medo? ansiedade? E será que ao me ouvires reconhecestes minha voz? O que você amou em mim? A sensação do colo quente, quando tudo parecia frio demais? Podemos falar de amor quando o outro é nosso porto seguro? Seria amor aquela sensação de calmaria experimentada ao ouvir o timbre da voz?

Houve um tempo em que eu fui o melhor alimento: o leite sagrado e abençoado, capaz de curar as dores da fome, do cansaço, do sono, das dores. Você amou em mim a possibilidade de ter alívio imediato para suas necessidades mais urgentes. Eu fui um ninho e um seio farto.

Agora eu sou a companheira, a fiel escudeira de todas as horas, aquela que cura uma ferida com um beijo mágico, que admira cada pequeno fato. E o que eu amo em você? Podemos falar de amor quando tudo o que o outro representa são suas melhores idéias, seus maiores desejos, os feitos mais admiráveis, a razão de cada escolha, a emoção de cada dia?

Seria exagerado o amor?

Os dizeres são que, bem, tudo muda, uma dia serás deixada de lado, haverá outros interesses...não será entrega demais para quem um dia se vai?

E alguém em sã consciência não escolheria transbordar de amor um único dia, mas sim permanecer condicionado, racionado uma vida inteira?

É assim, é assim. Eu já transbordei. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Depois das férias...

Depois das férias veio a Páscoa e com ela uma boa dezena de ovos que o colelinho touxe, não apenas para a Ísis, mas para os pais da Ísis, que não são mais crianças, mas que parecem ter se comportado muito bem no último ano, considerando a quantidade exorbitante de chocolates que trouxeram para casa...

E isso nos fez relembrar as nossas páscoas no caminho de volta, gerando um bom assunto para dois balzaquianos diante de muita estrada para percorrer. Concluímos que:
- OU ganha-se muito mais hoje em dia e por isso as compras de páscoa não pesam tanto no orçamento das famílias,
- OU os chocolates estão proporcionalmente mais baratos e com isso é possível comprar muito mais com muito menos,
- OU com os meios de comunicação de hoje, muito mais eficientes, muito mais apelativos, nos deixamos vencer pela onda de consumismo que impera neste mundo capitalista, abandonando nossos ideais sociais da adolescência, toda essa preocupação com o meio ambiente, e com a produção mundial, e com os recursos naturais escassos torna-se balela diante do coelhinho de chocolate, porque somos imediatistas, porque amamos chocolate, porque agora temos filhos/netos.

E não seria justamente por causa desses últimos que deveriamos repensar?

Eu me lembro que ganhava UM ovo da minha mãe, da minha avó eu ganhava UM coelhinho de chocolate ou uma daquelas cestinhas bem pequenas com balas, ovinhos, merendinha e um mandolate (delícia). Dos tios um bombom sonho de valsa, quando muito. Os adultos não ganhavam chocolates. No máximo uma caixa de bombons da mãe.

Hoje temos competição para saber quem ganhou mais ovos...bah!

E se antes eu acabava com a minha cestinha de páscoa na primeira semana, agora preciso esconder quilos de chocolate em cima do armário...tem lógica isso?

Nessa terra de gigantes

Eu sei, já ouvimos tudo isso antes

A juventude é uma banda

Numa propaganda de refrigerantes
(Engenheiros do Hawaii)
...

Em casa, depois de duas semanas de viagem o saldo foi de quilos a menos (no bebê, não na mãe) por conta da falta de apetite que sempre ocorre em viagens (no bebê, não na mãe) e uma virose que resultou em dez dias de diarréia (no bebê, não na mãe).

O tempo é de recuperar o tempo perdido e os quilos perdidos (do bebê, não da mãe) de maneira que tenho uma Pac Baby voraz!

Numa única tarde de sábado foram risonhamente consumidos, com direito a gritinhos de hum, delícia papazinho: 1 pote de iogurte natural, 8 biscoitos de trigo uruguaio, 1/2 cacetinho (calma, você continua no blog certo, não se assuste) com manteiga, 2 copos de suco e 1 ovinho de chocolate para arrematar!
...

A brincadeira da vez é acundê.

O lugar é sempre o mesmo: atrás da porta do meu quarto. Fica lá bem quietinha e quando eu pergunto "onde está a Ísis?", sai correndo de trás da porta rindo alto e gritando achou, para em seguida me empurrar para fora do quarto dizendo acundê mamãe.

Vinte vezes seguidas foi o récorde até agora!

Também podemos brincar de esconder com ela colocando alguma coisa sobre a própria cabeça. Daí sai andando com as mãos para a frente (feito Michael Jackson em Triller) e normalmente bate com ela em algum lugar.

Mas caso ocorra tudo bem, o resultado é o mesmo: muito riso e aquele achou no final. Esmago!
...

E ela é fã do Yanni, carinhosamente chamado de bigode ou bigus!

Começou assim: cansados do Cocoricó, Urso da Casa Azul e MPBaby, papai e mamãe apresentaram o "moço do bigode" para a pequena Ísis!

Nascia ali mais uma história linda de amor entre fã e ídolo!

Agora o bigus é pedido constantemente e ao ouvir a musiquinha ela ri satisfeita e solta gritinhos: bigus, bigus, bigus!

E eu era fã do Menudo, do Dominó e do New Kids...tsc...tsc...
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