Páginas

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O golpe

Ísis, lindafofamaravilhosabicholindo da mamãe! Há 1 ano e 4 meses, ainda em Joinville, direto do túnel do tempo. A foto nada tem a ver com o post, mas estou num momento saudosista...

Obrigada pelos recados carinhosos nesses últimos dias.

Estou meio alheia, mas estou bem, meus enjoos passaram finalmente, estamos com 18 semanas, ainda não sabemos o sexo do filhote que me habita, ainda não temos idéias para nomes, salvo se for menino, enfim...sem muitas novidades, né?

Minha pequena Ísis está linda, ainda mais fofa do que nunca (como isso é possível, meodeos??), agora brincamos horas e horas de "conversar". Tudo para ela vira um bonequinho e a brincadeira preferida é conversar, sempre. Adoro!

Como ando sem muita inspiração, ou melhor, até tenho muita, sobre várias coisas, mas não é só um bebê que me habita, a preguiça também, então não consigo passar para o papel, ops, o computador e as palavras acabam se perdendo na memória. E quem sabe não seja melhor mesmo que elas permaneçam por lá, né?

Para piorar, ou melhorar, sei lá, estamos de mudança para nossa casa nova e estou totalmente envolvida com a arrumação do quartinho de menina da minha primogênita! Coisa mais gostosa! Tem muita coisa legal na internet...ai,ai... Teria que fazer um quarto novo por ano para colocar tudo que acho lindo no quartinho dela...

Para tirar os paranhos do blog vou usando a mais renomada técnica bloguística para momentos como esse, estou reblogando um texto, que foi publicado no outro blog antes que ele seja extinto.

Já de antemão gostaria de avisar a minha mãe que minha auto estima está ótima! Nada de me ligar preocupada depois de ler isso, em? São pensamentos, idéias, um pouco de exagero, licença poética...

...

O mar estava lindo, água bem clarinha, o único e eterno porém era a temperatura: gelada de adormecer os pés; mas naquele dia valeu meu primeiro banho de mar.


Não consegui deixar de comparar certas coisas, que vez por outra afligem o coração de uma mulher.

Olhei para ela: os pés estavam hidratados, as unhas delicadamente bem feitas, com um tom clarinho. Olhei para o meu, que apenas naquela manhã havia recebido a "poda" das unhas e se livrado de um esmalte descascado há mais de um mês. Hidratação só a do sabonete, e quando dá tempo de chegar até lá embaixo.

O corpo dela bem delineado pela academia, com aquela pele firme, mas sem ser torneado demais. Do jeito que eu queria ter um dia...noutra vida talvez. Já tive meu momento academia, agora estou mais para garota propaganda da Royal.

A pele dela estava bronzeada harmonicamente, sem pedaços brancos entre as pernas, nas lateriais ou com manchas mais escuras onde faltou o protetor na semana passada porque foi passado às pressas na beira da praia.

Enquanto conversávamos, não pude deixar de notar a cor do esmalte: vermelho. Faz quanto tempo mesmo que não faço as unhas? Vermelho então...descasca muito rápido. E os dedos das mães não podem ser escondidos em meias e sapatilhas.

Na bolsa de praia dela, um livro. Na minha baldinho de plástico, manta, bico e restos de bolacha de nem sei quando.

Perdida nos meus pensamentos, nas minhas comparações, decido pelo banho de mar, ainda que a desfilada de biquini até a a água me cause algum constrangimento.

Depois do mergulho gelado, melhoro de humor, e saio da água sacudindo os cabelos, mesmo movimento feito há alguns bons anos...pena que do cabelo para baixo o movimento corporal não seja mais o mesmo. Balança demais...

Enquanto caminho em direção às cadeiras visualizo a garotinha, pernas rechonchudas, braços estendidos, sorriso no rosto e aquele chamado cheio de dengo. Nos poucos segundos que a seguro no colo, consigo pensar que, sim, existe um bom motivo para todas as marcas que a maternidade me deixou.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O limite da fúria

Eu respiro fundo enquanto observo aquele bumbum branco, gorducho e sacolejante, mais parecendo os ponteiros de um relógio cuco: direita-esquerda, direita-esquerda. Ouço os gritinhos, as risadas e a musiquinha sacanamente cantada no ritmo do tic tac: LÁ-LÁ, LÁ-LÁ.

Ela tá de sacanagem, né? Alguém por favor me diga que eu não estou vendo aquele ser minúsculo me provocando sarcasticamente enquanto eu tento colocar as fraldas.

Ela mal sabe o que me passa pela cabeça! Se soubesse não ficaria rindo da minha cara desse jeito, mas sim deitava bem quietinha, comportada e com a bunda pregada na cama para eu poder colocar as fraldas! Ah, se ela soubesse quantas boas palmadas ela já levou nas minhas alucinações, quantos beliscões e puxões de orelha! Ah! Se ela soubesse...não ficava me provocando dessa forma ardilosa e irônica, batendo pernas como se fosse um bebê polvo, pulando de um lado para o outro e esfregando a bunda cheia de pomada em cada canto da cama, como se fosse uma pulga e na maior das sacanagens cantando essa musiquinha irritante quando eu seguro firmemente suas pernas, arqueando a bunda lambuzada de pomada e cabelo e farelos de biscoito de um lado para o outro!

Essa é a cena do caos!

Depois de satisfazer meus mais primitivos anseios, ainda que mentalmente, de esquentar aquele rabinho branco eu parto para o ataque: jiu jitzo fraldal! Em minutos estamos as duas enroscadas, ela tentando se desvencilhar de minhas mãos e braços e eu tentando mantê-la parada para finalmente conseguir fechar aquele maldito velcro!

Após a luta estamos ambas arfando. Ela com aquela cara safada que Deus (ou será que foi o pai dela?) lhe deu e sorrisão de orelha a orelha. E eu só mentalizando: muito bem, Janine, você conseguiu! Venceu mais uma e sem apelar para golpes baixos, torturas, amarrações e mordaças!

Respiro fundo, desanuvio a expressão e a pego no colo cheia de amor para dar. Ainda bem que, ao que parece, ela não lê pensamentos...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ligeirinha


Ainda faltam uns 10 anos para a adolescência começar a dar as caras por aqui, mas as respostas na ponta da língua já começaram a dar o ar da graça... 

Ísis detesta meia nos pés, mesmo num inverno polar com temperaturas abaixo dos 5 graus. Ela arranca meias assim que eu as coloco e chora desesperadamente se eu a obrigo a vestí-las.

Teve uma noite que resolvi ser mais linha dura e a bichinha chorou por mais de 1 hora, até finalmente arrancar as meias com um suspiro de alívio! Depois desse dia, e depois de ter me xingado mentalmente de tirana, autoritária, má, fizemos um acordo: pode tirar as meias quando está sobre algo: sofá, cama, cadeira, almofada; mas não pode ficar com os pés descalços no chão. Se for descer de onde está tem que colocar as meias, tênis, pantufa, fim de papo!

Desde esse dia o acordo tem funcionado muito bem: é um tal de tira e põe as meias o dia todo, que cansa...mas trato é trato e não posso voltar atrás no combinado.

Tal combinado tem rendido algumas cenas hilárias, como a vez que ela calçou os sapatos do pai ao contrário para poder pegar um brinquedo no chão e outra que ela "calçou" os próprios tênis de uma maneira singular e ficou ali se equilibrando neles para não descumprir com o nosso acordo.

Dois dias atrás ela estava sobre o sofá, sem as meias, e quis ir para o chão pegar uns brinquedos. Ao invés de pedir pelas meias ou pela pantufa/tênis, ela empurrou o edredon que estava sobre o sofá para o chão e começou a descer. Quando eu disse Ísis, não pode descer sem meias; ela prontamente me respondeu com a cara mais safada do planeta:

- Eu tô no cobertouro (cobertor)!

Fiquei sem resposta. De fato, ela estava sobre "algo".

...

Outra coisa que não gostamos é que ela fique com objetos na boca, pois pode escorregar e engulí-los ou machucar seriamente a boca. Sempre que a vimos com algo como lápis, bolas, bastões, colheres avisamos para que ela tire da boca, pois pode machucar.

Ontem ela estava brincando com um lápis de escrever na mão e disfarçadamente colocou na boca. Eu, que desde que virei mãe tenho olho nas costas, já chamei a atenção: não pode! E ela, que é ligeira, respondeu prontamente:

- Mas eu tô tocando flauta!

E passou a "dedilhar" sobre o lápis.

2x0 pra ela!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lógica Isística


Se para ela vassoura é bassôra, nada mais lógico que varrer ser charmosamente denominado de imbassorá!
:)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ísis e o Galo


A criatividade e a imaginação andam em alta por aqui!
Nosso apartamento e a maioria das casas antigas de SVP possuem piso de madeira. A madeira tem suas formas, seus desenhos, partes mais claras e escuras, que por vezes, com a ajudinha da imaginação infantil, formam desenhos: pessoas, animais, cenários inteiros que nós adultos temos dificuldade em identificar.

Eu me lembro que quando era pequena tinha um armário em madeira, bem como as portas da minha casa eram de madeira escura, com várias manchas. Estas se transformavam em diversos pernonagens - alguns até bem assustadores -  e bastava bater o olho naquela parte do guarda roupa ou da porta para que o personagem saltasse aos meus olhos!

Pois bem, por aqui um galo de estimação apareceu num taco do piso, que fica debaixo de uma cadeira, na nossa sala. Faz alguns meses que ele foi identificado pela Ísis e devidamente apresentado ao restante da família, mas depois de um dia ou dois falando no assunto, o mesmo nunca mais foi visto.

Parece que o bichano resolveu se aquecer neste inverno e reapareceu num dia desses, cheio de novidades, gostos e sustos! Primeiro veio o susto:
- Mamãe, mamãe! Tem um galo ali!
- Onde filha?
- Ali!
E ela me apontou aquela mancha do taco debaixo da cadeira. Lembrei da história e resmunguei um "ah, que legal, oi seu galo!"

Mas a pequena passava longe daquele taco! E por vezes saía correndo e dizendo:
- Tem medo do galo!
Aí tive que dar mais atenção ao fato, levar ela ali perto, dizer que o galo era amiguinho, que ele morava numa toquinha (?) debaixo da cadeira, que ele fazia cocoricó, que gostava de brincar. As frases dela mudaram para:
- Num tem  medo do galo, ele é amiguinho, canta cocoricóoooo!
Muito bem!

Mas eis que a brincadeira ficou legal e ela quis fazer absolutamente tudo com o galo: trocou fraldinha (ela anda nessa obssessão com troca de fraldas!), deu papá, cobriu com a mantinha, levou a Panterinha e o Gato Rosa Mimoso para cunveiçá (conversar) e me fez ficar longos minutos conversando com ela em "galês". Dividiu seu pé de moleque com ele colocando um pedacinho sobre o taco e dizendo:
- Come, come galo! É pé de moleque! É totoso!

E tudo ia bem até que ela quis jogar bola com o galo. Pegou sua bolinha cururida (colorida) e jogou para ele. Ficou olhando para o galináceo e esperando que a bolinha voltasse. Eu prontamente fiz as vezes de galo, mas fui repreendida:
- Não, mamãe não, é o galo que joga!
Aiaiai! Senti cheiro de imaginação fértil demais no ar.
Ela jogou novamente a bolinha e ficou esperando, esperando, até que ela se virou para mim com a carinha mais desapontada do mundo e disse:
- Ele não joga! O galo num qué jogar comigo!

Saiu profundamente desapontada com seu novo amigo carregando a bolinha na mão. Levar uma esnobada dessas...Pensei em argumentar e dizer que não era um galo de verdade, que era só uma mancha num taco de madeira, que não dá para jogar bola com manchas em tacos de madeira, etc...Mas não disse. Apenas defendi o Sr. Galo dizendo que ele estava muito cansado, pois acordava pela madrugada para cantar seu cocoricó matinal, que mais tarde ele jogaria com ela, mas que enquanto isso ela teria que jogar com a mamãe.

Depois disso, não sei porquê, o galo se mandou lá de casa. Mas ainda é possível ouvir seu canto madrugada à fora.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um pouquinho dela


Ô fase mais gostosa essa! Passo longos minutos te ouvindo brincar conversar com seus brinquedos. Você é muito carinhosa, filha, até de uma garrafa de refrigerante um dia desses você cuidou como se fosse o mais frágil dos bebês: ninou, fez carinho, trocou a fraldinha, enrolou na mantinha para que ela ficasse bem "quentinha e potegida". Fofa demais!

...

Sobre o bebê na barriga e o irmãozinho ou irmãzinha que já se anuncia ainda estamos devagar. Você já sabe que tem um bebê na minha barriga e na última consulta você viu um ultrassom (e dia desses disse que a mamãe estava com um barrigão!) . Creio que não entendeu muita coisa, mas atualmente temos aproveitado para reforçar a idéia de irmandade para você sempre falando que algo ou alguém é irmãozinho de outro. Você ouve, dá uma risadinha, e só.

...

Já percebemos que você herdou a veia debochada do seu avô e do seu pai. Um dia desses estávamos eu, seu pai e a V. no nosso quarto, todos sentados ouvindo você brincar, quando do nada você diz:
- Coco. Já vai sair o coco.
Nós ficamos frações de segundo olhando e você quando se viu cercada de olhares começou a cantar, com a carinha mais safada do planeta:
- Aaaaalequim, lequim dorado cmsngfkjuroed...
A gargalhada foi geral! 

...

E você também desdenha da gente na cara dura, principalmente quando está fazendo algo com alguém e não quer ser interrompida ou mudar a brincadeira. Se você está comigo e seu pai chega, você prontamente dispara:
- Num qué o papai!
E faz o gesto com a mão para afastá-lo.
Eu já levei dois "num qué a mamãe", doeu, viu? Mas quem mais leva é a L. Um dia desses você falou a temida frase para ela, ao que ela respondeu que tudo bem, mas que era ela quem cuidava de você quando a V. não está, que ela faz o seu papazinho, faz tetinho, brinca com você e que ela te amava muito. Ao que pareceu você pensou um pouco e disparou:
- Qué a L!
Esnobenta sim, boba não!

...

Quando chegamos em casa e você nos vê dispara logo um "a mamãe chigou!" e vem correndo para perto de mim, para segundos depois sair correndo, pulando e falando feito uma matraquinha, provavelmente querendo me contar as novidades!

...

Você está muito carinhosa e nos inunda com tantos beijos, abraços e massagens! Adoro!

...

E você começou a "ler" os seus livrinhos. Olha as figuras e vai narrando o que vê entre uma frase e outra que você lembra do que contamos para você, é muito engraçadinho!

...

Das palavras preferidas da vez continua o memelo (vermelho), cururido (colorido), iaiaaaate (chocolate, que você até sabe falar corretamente, mas aqui em casa já institucionalizamos o uso dessa palavra), potegido (protegido), galfo (garfo), colerinha (colherinha), açúcara (açúcar), gute (iogurte), corbra (cobra).

...

Você já conta os objetos: vai pegando de um lado e colocando no outro e numerando: um, duis, tês, cato, cinco, seis, sete, oto, novi, deeez! E está se aventurando nos números de 11 a 20.
Você já reconhece algumas letras em meio a palavras, principalmente a letra do seu nome. Quando identifica um "I" diz:
- Olha, um I de Ísis!

...

Adora brincar de cabaninha, que agora pode ser até debaixo do ededon. E adora que o papai faça o "show da Panterinha" na cabana. O show consiste de uma pantera cor de rosa de pelúcia e um papai cantando a música tema do bichano.
Um dia desses, no consultório médico, você estava inquieta e eu pedi que você sentasse no tapete e brincasse um pouco com a Panterinha, ao que você mesma começou o show, com sua vozinha fofa. Não houve quem não se derretesse por você naquela sala!



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...