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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

De volta ao trabalho, ou "lá e de volta outra vez"

De fato, ainda não voltei ao trabalho, retorno oficialmente no dia 03/09, mas já neste mês de agosto estamos todos em adaptações para a nova vida que se inicia. E foram tantas as alterações depois de 40 dias de licença médica + 6 meses de licença maternidade + 20 dias de férias que nem sei bem que vida é essa que eu vivo hoje. Ainda preciso de tempo (hoho) para me adaptar a ela também.

Firme no propósito de seguir com a amamentação do Pedro eu passei a ordenhar em casa ainda em julho. Fiz um estoque meia boca, porque parece não haver um consenço sobre quanto tempo o leite materno pode ficar no freezer -  se 15 dias, 1 mês ou 3 meses -, então, optei por deixar 1 mês e ir recolocando. O projeto de recolocar não deu certo em meio a um mês que está sendo bem atribulado, e a verdade é que eu já não tenho mais um estoque no meu freezer, mas sim míseras 4 mamadeiras congeladas. Essa quantidade de leite dá para dois dias, já que no esquema que eu montei ele vai mamar 2 vezes sem mim.

O leite materno está sendo dado em mamadeira. Copo não rola, minha gente! Se fosse uma eventualidade ainda vá lá, mas ele vai precisar mamar duas vezes ao dia. Na mamadeira ele toma todos os 150ml, no copo ele toma 50 ml e cospe/baba os outros 100ml. Sem condições!

Eu li muito o blog da Carol e segui todas as dicas dela para a volta ao trabalho (menos manter um estoque decente, hoho). Não me adaptei à bomba manual e como vou usar bastante a ordenha (que assim seja) resolvi bancar uma bomba elétrica. No início achei que tinha feito mal negócio, mas depois que me adaptei bem às regulagens e horários das ordenhas eu me sinto a própria mimosa! Confesso um prazer inconfessável de ver meu leite saindo branquinho e enchendo um bom pote! E confesso também a tristeza que é quando o Pedro não mama toda aquela mamadeira que deu tanto trabalho para ordenhar, ou quando tiro do freezer uma mamadeira cheia e por alguma razão ele não toma...tudo jogado fora!

Eu comprei também 4 potes para leite de até 150ml. Esses potes são de plástico, livre de bisfenol e são muito práticos, pois basta encaixar o bico de mamadeira para o bebê tomar. Também comprei saquinhos para alimento do tipo zip bag, mas eles são menos práticos, pois requerem manuseio. A vantagem deles é que são muito mais baratos! Acabo usando 1 ou 2 sacos por semana, porque no final de semana eu não ordenho, já que estou todo o tempo com o Pedro.

Depois da ordenha eu tomei meu próprio leite. Posso confessar que tinha um nojinho dele? E ó, coisa mais gostosa, viu? Leve, docinho, cheiroso! A Ísis também pediu e tomou um copinho cheio, desses de cachaça, uns 50 ml, e adorou! Espero que não queira muitas porções, ou terei de ordenhar em velocidade de produção certificada! :)

Começamos a introdução de alimentos pouco antes do Pedro completar 6 meses, mas sem compromisso. Ele aceitou muito bem as frutas dadas e os sucos. Eu evito os sucos e prefiro dar leite materno e água, mas de vez em quando rola um e ele toma muito bem.

Esta semana começamos a papa salgada na hora do almoço e ele aceitou maravilhosamente bem!

Uma parte boa dessa introdução de alimentos para o Pedro é que a Ísis se beneficia disto, pois voltou a comer frutas e legumes que já não queria mais, bem como voltou a tomar sucos naturais sem açúcar (ela já estava negando tudo que não tivesse muito, muito, muito açúcar!); e bom para nós pais também, pois estávamos meio relaxados no quesito alimentação saudável.

Falando nisso, nesses 6 meses mandei embora os 14 quilos engordados na gravidez e mais 3 de lambuja, ou seja, lá se foram17 quilos embora! Não sei dizer como ou porquê, pois sigo me alimentando muito bem, mas creio que a amamentação em livre demanda, os dias cheios de atividade e as noites idem contribuem para isso. Ainda não consigo me exercitar, do verbo malhar para ficar gostosa, vulgo projeto verão 2013, mas aí é querer demais na minha atual fase de vida, né? Dia desses fiz mentalmente um cálculo do meu dia de 24 horas quando retornar ao trabalho e a verdade é que em meio ao trabalho (8 horas), descanso (8 horas interrompidas), deslocamentos (1,5 horas), refeições (1,5 horas), banho meu, das crianças e arrumação rápida para o trabalho (2 horas) me sobram 4 horas livres. E o que fazer com elas? As crianças são prioridade, depois venho eu mesma e por último, mas não menos importante, vem o maridão.

Voltando ao assunto alimentação... Muito tenho pensando sobre a introdução de alimentos e fiz algumas observações, li alguns posts e artigos sobre o assunto. Diz-se (OMS) que a amamentação deve ser exclusiva pelo menos até os 6 meses de vida, sendo complementada pela introdução dos alimentos após este período. Pois bem...o que eu observei com meus dois filhos é que cada criança vai ter um tempo certo para a introdução, e quanto mais respeitarmos esse tempo certo, mais fácil ela será.

A Ísis, por exemplo, mamou exclusivamente até os 5 meses completos; depois disso eu comecei a introdução de alimentos (sucos e papinhas doces), pois queria que ela já estivesse comendo bem a papa salgada quando iniciasse no berçário um mês depois. Morria de medo dela não comer por lá e passar o dia a LA, já que naquela época eu havia decidido não ordenhar meu leite. A pobrezinha não sentava ainda, não tinha nem cacoete de dente nascendo (eles nasceriam apenas aos nove meses) e não demonstrava nenhum interesse pelos alimentos que eu ou o pai levávamos à boca. A introdução de alimentos foi difícil no início e eu estrelei algumas cenas típicas de mãe desesperada e que hoje viraram piada na boca do meu marido. Acho graça atualmente, mas na época foi bem estressante para mim, que já estava sofrendo com a volta ao trabalho.

Já o Pedro passou a demonstrar interesse pelos alimentos aos cinco meses, mesma época em que começaram a nascer seus dois primeiros dentinhos. Aos seis meses ele já senta sozinho (a Ísis sentou aos 7 meses). A introdução de alimentos foi muito fácil, mesmo a papa salgada (que nem é salgada nada, já que mal colocamos sal). Ele bate pratão de qualquer coisa!

O que eu concluí disso é que eu deveria ter amamentado a Ísis por mais tempo exclusivamente no peito. Ela definitivamente não estava pronta para se alimentar aos 5 meses, já o Pedro com pouco mais que isso já está super pronto para as garfadinhas dele, sem estresse.

Claro que isso não significa que ele passará a comer mais e mamar menos, ao contrário. O que a OMS recomenda hoje é que os alimentos sejam dados em complementação ao aleitamento materno e não o contrário. Pena que o que se vê nos consultórios dos pediatras é exatamente o inverso! O leite materno é que vira complemento da alimentação. Pelo esquema do pediatra o Pedro mamaria apenas 2 a 3 vezes ao dia e comeria no restante do tempo. Isso sem falar da cutucadinha básica para ir tirando a mamada da madrugada. Pouco, pois estamos falando de leite materno. Mesmo eu esclarecendo que ordenhava leite e que ele ainda mamava não houve mudança de postura. O jeito foi colocar a nutricionista aposentada aqui para pesquisar e montei um esquema meu. Ficou assim:

07:00:LM
09:00: Fruta amassada
11:00: Papa salgada
13:00: LM
15:30: Fruta amassada
17:30: LM
19:30: LM

E as madrugadas seguem firmes, então ele toma LM ainda mais 2 ou 3 (ou 4, ou 5...) vezes mais. O esquema acima foi montado levando em conta os hábitos de sono do Pedro e a nossa rotina familiar quando eu retornar ao trabalho. E, claro, os horários podem variar para mais ou para menos em meia hora, além de eu ainda respeitar a livre demanda do Pedro. Mesmo não sendo hora de mamar, se ele quiser, ele mama. Ah, ele toma água durante o dia, uns 100ml mais ou menos. Suco só de vez em quando.

E o sono? Ah...o sono...alguém sabe onde o danadinho foi se esconder? Porque por aqui as madrugadas estão INSONES. Pedro engatou numas de acordar a cada 2 horas, coisa que não fazia nem quando era recém nascido! Eu estou só o pó! Mas eu sei...vai passar!



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