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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando nascem os bebês?


Essa é uma questão que tem aparecido em nossas conversas: quem inicia o processo do nascimento? E em que momento? Até dois dias atrás estava com medo, aquele frio na barriga que antecede os momentos de mudança. Então me dei conta de que está tudo pronto: os livros foram lidos, os artigos revisados, os pontos de dúvida esclarecidos, os artigos necessários comprados, os planos alternativos traçados. O resto é conosco. Nossa simbiose vai chegando ao fim...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Birra? Aqui não!

Eu não gosto muito da palavra birra, nunca gostei, mesmo antes de saber seu significado real, porque sempre me pareceu algo que a criança fazia propositalmente para nos encomodar, nos aporrinhar, nos tirar do sério, assim, sem mais nem menos. Depois de pesquisar o significado procuro usar menos ainda!

Não sou sonhadora! Eu sei que as crianças nos testam, ou melhor, elas testam os seus próprios limites e aqueles traçados pela sociedade em geral, na figura do pai e da mãe. Eu tenho um exemplar infantil desses em casa e ela me testa o tempo todo!

Sou uma pessoa bem impaciente de maneira geral, mas com a minha filha eu sou bem paciente, tolerante com seus arroubos infantis, compreensiva com suas crises. Mas eu dou limites, aqueles que eu acho que devo dar, exercendo meu livre arbítrio e minha maternidade consciente, e não aqueles limites impostos pelo conceito geral, limites esses passados de geração à geração e que culminaram na nossa. Não somos um exemplo de perfeição, portanto nossos pais e avós erraram bastante tentando nos fazer boas pessoas. Não considero a educação de antes melhor que a de hoje, mas sim considero a que eu dou para minha filha muito melhor, é claro! :)

Aqui não teve o que se costumou chamar de terrible twos - outra terminologia que eu não gosto. Teve crise sim, todo dia tem uma, mas eu não as considero terríveis, mas sim normais. Os questionamentos são mais constantes, as negativas para fazer algo no momento que nós, os pais, achamos apropriado também. Isso requer muita criatividade e paciência para fugirmos da violência doméstica.

Aliás, paciência será o nome do ano 2012. Quando assistia aos fogos no dia 31/12, ao lado do marido e com os dois filhotes, foi isso que eu disse a ele: 2012 seria o ano para exercer a paciência!

Quando passei a ficar em casa devido à licença, a rotina da Ísis mudou, claro, mas eu não comuniquei isso a ela. Isso é um erro muito comum no trato com as crianças: nós as subestimamos! O resultado foram 2 dias em que ela não quis almoçar de jeito nenhum sentada à mesa comigo e com o pai, coisa que ela faz na boa aos finais de semana.

No primeiro dia de recusa eu disse que ela ficaria sem o tetinho da tarde, caso não almoçasse. Ela nem ligou e saiu correndo. Respirei fundo. A tarde ela me pediu o leite, eu neguei e ela, esperta, me pediu suco. Como o suco não havia entrado na jogada, tive que dar, e a tarde foi tranquila.

No segundo dia, eu mais esperta agora, expliquei que estava em casa de "férias" e que agora, quando o papai chegasse em casa seria a hora de almoçar e não de brincar como antes. Quando ela não quis comer avisei que ficaria sem tetinho e sem suco, ela nem ligou. E a tarde, quando o sono e a fome bateram ela chorou uns 15 minutos grudada em mim pedindo seu tetinho. Foi horrível. Ela chorando em mim e eu nela, mas essa foi uma briga que eu quis comprar porque ela já não almoçava direito há mais de uma semana.

Outra coisa que me fez seguir com o plano inicial, mesmo sabendo sobre a troca de rotina e tals, foi que aqui em casa decidimos educá-la com base na lei de causa e consequência, ação e reação. É assim que nós entendemos que o mundo agirá com ela no futuro.

No terceiro dia, quando ela não quis almoçar eu avisei a ela o que aconteceria. Ela sentou e comeu. E a tarde me perguntou toda fofa "hoje tem um tetinho prá mim, mãe?"

De lá para cá, na maioria dos dias ela come direitinho, mas tem dias em que eu preciso relembrá-la a tarde sem tetinho. Ela sorri e come. Quando está satisfeita ela diz que está de barriga cheia, não quer mais. Eu não forço.Só posso fazer isso porque sei que minha filha come bem e eu não crio expectativas de que ela vá comer como um adulto, o que evita o erro de achar que a criança não come, quando na verdade ela passa o dia comendo.

Muitas e muitas cenas já passaram e passarão por aqui. Mas para mim não são birras. São facetas de um ser humano (inho) aprendendo a viver e conviver nos dias de hoje.


Este texto será postado automaticamente.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Era uma vez uma depiladora...

Ela é depiladora. Temos encontro marcado, e eu gostaria imensamente de dizer que é a cada 20 dias, mas devo confessar que muitas vezes passo mais de 30 dias sem vê-la, periodicamente. Num desses encontros, para aliviar minha tensão antes da puxada cruel nas virilhas ela começou a me contar um causo, que envolvia seu filho pequeno e seu ex marido.


O filho tinha uma apresentação na escola perto do encerramento do ano letivo. Seria num sábado e a mãe deveria providenciar a fantasia da apresentação e um cento de salgadinhos para a confraternização. Isso veio anotado na agenda do guri.

Mas devido a muitos fatores a apresentação do filho havia sido adiantada para quarta feira da mesma semana e o guri não havia ido, pois a mudança de data não havia sido comunicada na agenda, sendo que a mãe/depiladora não levava nem buscava o filho da escola. A avó e o pai dele (ex marido) é que se incumbem desta tarefa.

Pois bem: ao saber que o filho havia perdido a apresentação na escola, o pai (ex marido) ficou possesso com ela, a mãe/depiladora, porque tal fato - a falta na apresentação de final de ano para a qual o moleque havia ensaiado dias a fio - haveria de traumatizá-lo. A solução encontrada pelo pai: inventar que tal apresentação não existiu, assim o guri seria poupado de saber que havia sido o único a não se apresentar.

A mãe/depiladora ficou possessa e entre palavras de baixo calão conseguiu dizer que ela não mentiria para o filho, que isso sim seria horrível e que o guri teria que se acostumar com o fato de que a vida real não é perfeita e que esse tipo de coisa acontece, por mais chato que seja. Pior seria ele descobrir depois que os pais haviam mentido. Né?

Cada um contou sua história ao filho. O menino, segundo a mãe/depiladora, preferiu a verdade e ao conhecê-la não se sentiu mal ou demonstrou qualquer tipo de trauma, apenas disse que nem queria mesmo ir naquela apresentação, que do jeito que as coisas aconteceram sobrou mais tempo para brincar na rua (as crianças não são sábias?).

"Esse meu ex marido e a família dele são assim. Ficam inventando história o tempo todo, nunca falam a verdade para as crianças, daí elas crescem e ficam 'que nem' esse traste, que não presta prá nada. Meu filho não vai ficar assim, não!"

Rasg!

Ahhhhh! A última coisa que eu me lembro antes de ter lágrimas nos olhos e metade da virilha depilada foi de ter pensado que essa depiladora FDP era muito, mas muito sábia...

Rasg!

Uiiiiii! Não consegui pensar em nada desta vez, mas estaria ela pensando no ex marido quando quase me arrancou as virilhas? em? em?

OBS: Texto publicado em outro blog meu, que foi excluído por total falta de tempo para atualizá-lo.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Carrapatinho, exames gravidez, criatividade



A Ísis sempre foi a filhinha da mamãe.

Nestes dias em que estou em casa com ela, pensei que ela fosse apaziguar essa necessidade de estar sempre comigo sob suas vistas, mas não, intensificou! Não posso ficar longe de seus olhos por mais de um minuto que ela já me chama. E tudo tem que ser feito com a mamãe, no colinho da mamãe, só a mamãe. Acho fofo demais, mas me esgota, tem horas que gostaria que ela fosse mais filhinha do papai...
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Essa minha gravidez aconteceu para me tirar de vez a vontade de um terceiro. Tive tudo de ruim da gravidez da Ísis e mais um plus! A novidade agora foi o exame positivo para Strepto! Caiu meu mundo! Falei com meu obstetra e ele me pediu para usar alho por uma semana e ver se negativa, caso contrário, vamos para o antibiótico...ou não, ainda preciso decidir sobre isso, porque mu primeiro parto foi rápido: foram 6 horas apenas; e já li que o antibiótico leva 4 horas para ser administrado no hospital...será que isso vai atrapalhar meu PD?
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E como se azar pouco fosse bobagem, ligaram do laboratório e terei de repetir o exame da gonorréia, pois a coleta de células foi insuficiente...como assim? Só vou repetir porque esse exame isenta o Pedro de usar o tal colírio no caso de uma internação, caso contrário...ô exame chato esse!
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Uma dica: se você está precisando exercitar sua criatividade, experimente passar os dias com seus filhos: 24hx7! Hoje já fizemos varinha mágica com cartolina, vareta e gliter; depois eu almocei e comi melancia com uma fadinha muito da ligeira, li historinhas mil, dançamos todos os CDs dela, tomamos banho na piscina de plástico, que virou um enorme caldeirão de bruxa lá pelas tantas, tomei banho de regador de plantas, e nesse exato momento, enquanto escrevo, tenho uma mini chef fuçando nas minhas panelas para fazer o nosso papá!

Por aqui nada de ócio criativo...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Enquanto o Pedro não vem...


37 semanas...12 kg...barriga baixando...umbigo querendo saltar, o que me rendeu uma mania boba de ficar futucando com o dedo indicador...
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O pum da mamãe!

Na última consulta com a obstetra daqui, estou eu deitada na maca e a Ísis de pé na escada de apoio. Faço um movimento na maca, que com o atrito reproduz o som de um pum...ela me olha safada e risonha e larga com todas as letras:
- A mamãe fez um pum!
A médica olha, ri e eu explico que não foi pum, foi o som da maca. Ela fica indignada e retruca:
- Não, não foi a maca! A mamãe fez pum! Pum da mamãe!
E se mata de rir!
Eu fico quieta pensando e lembrando de todas as vezes que soltei pum em público - grávidas, vocês entendem bem, não grávidas, vocês também entendem, ainda que os episódios possam ser mais raros - e me fingi de morta...
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A carnavalesca

As "escolas de samba" de SVP começaram seus ensaios, que podem ser ouvidos todas as noites, entre 21:00 e 00:00 horas de todas as residências da cidade. Ontem não foi diferente e a pequena quis saber o que era. Eu expliquei, ela se empolgou com o carnaval:
- Você me avisa quando o cainaval chegar?
- Sim, filha, te aviso.
- Você me leva no cainaval? Eu quero dançar no cainaval!
- Aham, eu levo, pode deixar.
Um minuto de silêncio e ela recomeça:
- Onde tá o cainaval? Eu quero dançar! Você me leva no cainaval?
Qualquer semelhança com a história da "Motela" não é mera coincidência...
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A sambista

Enquanto nós duas lavávamos a louça o pai arrumava a sala ele disse que ia colocar uma música para a gente. Colocou o CD do Jorge Aragão. Ela ouviu e soltou:
- O papai colocou samba prá zente! Eu adoro samba!
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A prática

Na semana do natal ela me olha, passa a mão na barriga e larga:
- Mamãe, abre a portinha pro Predo sair?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Preparativos...



Ainda estamos aqui...Pedro na barriga, ainda mexendo bastante. Ísis fora da barriga, também mexendo bastante, mas demandando muita atenção minha. Tento suprir o máximo possível, mas nessa reta final, e estando ainda longe de POA achei melhor pegar leve com os colos, porque sempre que passo mais tempo com ela no colo sinto contrações, não de parto, obviamente, mas são incômodas.

Poucas pessoas sabem da nossa idéia de ganhar o Pedro em casa. Tem quem ache loucura, tem quem ache corajoso de nossa parte. E eu fiquei pensando nisso após uma conversa com uma amiga que também espera seu filhote para esses dias.

Não acho que seja coragem. Acho sim que é muito medo. Medo do que a gente não sabe que acontece conosco quando não deixamos nosso corpo trabalhar da maneira como foi programado para fazer. Medo do que passa o bebê, o filho tão amado e esperado, numa cirurgia desnecessária. Porque a gente sempre quer o melhor para os nossos filhos, e o fato deles serem tão pequenos e indefesos ao ponto de não poderem dizer o que sentem nos faz ainda mais responsáveis pelo seu bem estar.

Pesquisas sérias vem ampliando o conhecimnto médico sobre as consequências futuras do nosso não uso do parto para nascer. É pena que mesmo com todas as evidências apontando para o parto natural como sendo sempre o melhor para mãe e bebê - salvo alguma anomalia - a sociedade caminha em sentido contrário.

Se alguma família resolver abrir seu coração e te contar que pretende ganhar seu filho num parto natural, seja hospitalar ou domiciliar, fica a dica mais que importante de não levar esse assunto na brincadeira, não lembrar das cenas ridículas das telenovelas sobre nascimento, e pior, nunca comenar sobre filmes de comédia sobre o assunto. O que pode ser uma piada para você é assunto muito sério para essa família, fruto de muito estudo. São sonhos, desejos, lutas internas e externas. Se você não tiver nada legal para dizer, fique quieto!
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Quarto do Pedro está pronto. Ficou lindo! Este final de semana vou montar tudo para as famosas fotos do quartinho. Não fiz isso com o quarto da Ísis, e depois que ela nasceu ele nunca mais ficou daquele jeitinho arrumado, da espera.

O quarto de menininha da Ísis também está quase pronto. Faltam a cabana para a cama beliche, cortina, prateleiras e cestos para os brinquedos.

Aliás, de diferente entre o quarto de bebê da Ísis e do Pedro é que no do Pedro não usei um tema específico, porque no da Ísis eu usei - fundo do mar - e com o passar do tempo achei bem pouco prático. Dessa vez trabalhei com cores e tecidos no da Ísis (rosa, vinho, verde, bege e um pouco de laranja e amarelo). No do Pedro também escolhi as cores (bege, verde, marrom, azul e um pouco de rosa, há).

No quarto da Ísis os brinquedos, livros, quadros e almofadas dão o toque infantil. No do Pedro também. Sem tema.

O bom do segundo filho é que  gente fica mais esperta e sabe exatamente o que vai usar e o que é supérfluo. Daí basta escolher se você quer o supérfluo ou não. Alguns são essenciais :)
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Obrigada por todo o carinho recebido até aqui! Vou passar em cada blog para dar aquele alô para todos!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Punta del Diablo - Uruguai. Dica de viagem com crianças!

Punta del Diablo foi uma bela descoberta num final de semana ensolarado de fevereiro/2011. Esta praia fica bem pertinho do Chuí/Chuy, cerca de 40km pela Ruta 9.

 A praia me lembrou muito um reduto hippie e é bem comum vermos moças de longos cabelos, saias compridas e faixas na cabeça, todos com muitas tatuagens, piercings e prancha de surf a tiracolo.



Playa de los Pescadores - Lanchas e Construções peculiares


Playa de Riveros


Playa de la Viuda

De fato, há duas praias bem propícias para se pegar uma onda (praias Riveros e Viuda), mas se você não faz parte dessa turma não se preocupe que também tem uma praia para você: a do centro (Playa de los Pescadores), que é a menor e a mais calma, pois fica entre dois molhes que amenizam a quebra mar.

A comunidade de Punta del Diablo formou-se a partir de 1935, com uma família (Rocha) que se mudou para lá no verão para curar a asma de um dos dez (!) filhos. Passado algum tempo vários pescadores foram chegando à região e a praia formou-se basicamente pesqueira. Na praia do centro estão as peixarias e na areia ficam os barcos dos pescadores. Se você mora perto, não deixe de levar para casa as bandejas preparadas para Paella, que toda peixaria tem, por R$ 10,00.

Na praia ainda tem diversos ateliês de artistas locais, um inclusive é ourives de jóias artesanais.

Algo que eu recomendo muito é pedir pasteles em algum kiosko próximo à praia. Você vai se surpreender! São pastéis super crocantes, com uma massa caseira, sin sal e ultramega recheados. Eu comi de queijo com azeitonas e veio muito queijo e muita azeitona, por R$ 4,00.

As contruções da praia são peculiares, pois o terreno não é plano. Muitas construções são de madeira e parecem caixas de madeira com janelas e telhado de palha. Quase todas tem varanda com vista para o mar, onde se pode deitar numa bela rede e fazer la siesta após o almoço.

Aliáss, os nomes dos restaurantes são uma atração a parte: tem o diabo deitado, diabo feroz, diabo tranquilo...tem diabo para tudo que é gosto! Um problema é que muitos estabelecimentos só abrem na alta temporada e não aceitam cartão de crédito, mas você pode pagar em reales, com troco em peso, se for o caso.

A praia ainda sedia um encontro internacional de dança e o que não falta são opções para a vida noturna: bares, restaurantes, danceterias e, claro, muitos luais à beira mar.

E para quem curte tem muita yoga também à beira mar e em talles (oficinas) durante toda a alta e média temporadas.

Então, não esqueça de na sua próxima viagem a Punta del Este, passar em outra punta, a del Diablo!













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