tag:blogger.com,1999:blog-58698152154135167162024-03-14T07:39:28.066-03:00Sessões de MaternoterapiaUm dia isso foi sobre minha filha. Hoje é sobre minha filha, meu filho, eu, meu marido, meus amigos, minha cidade, meu estado, meu país, meu mundo...Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.comBlogger306125tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-9799940851942902462014-05-09T10:14:00.003-03:002014-05-09T10:14:52.652-03:00Duas dicas para salvar a sua vida!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Essa semana, durante meus estudos, eu assisti uma mulher brasileira que mora na Austrália falar um pouco sobre a história de vida dela, sua caminhada até o momento pleno que vive hoje.<br />
<br />
Tínhamos várias coisas em comum.<br />
<br />
Ela disse dias coisas que me balançaram, porque esse é o momento que eu estou vivendo agora. Buscando novos rumos, vivendo cada dia de uma vez. Estar presente no tempo presente. Só a ponta do dedo lá no futuro.<br />
<br />
Essa brasileira me disse duas coisas:<br />
<br />
- não perca tempo! a vida é hoje, é agora! não adie seus sonhos, comece a realizá-los. não viva uma vida pela metade, uma vida menor do que aquela que você merece. comece agora o futuro que você deseja.<br />
<br />
- pare de assistir televisão! a televisão de massa não vai te fazer realizar seus sonhos. invista em conhecimento de qualidade. desligue a televisão! muitas vezes ela vai te fazer acreditar que você tem uma vida melhor que a dos outros, outras vezes ela vai te fazer acreditar que você tem uma vida pior do que a dos outros, mas a questão é: você está tendo a vida que quer?<br />
<br />
Eu estou mergulhada no empreendedorismo e empreendedorismo associado com missão de vida é revolucionário!<br />
<br />
Eu já achei o meu porquê, aquilo que me move. E você?<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwipcSsxsR0o8sKxZCX7FedLWnKmlkfeGNXDMXaNJ7m3L6f8mqC5HqNn3AhPmAjmnfMjB5-_O63BC1Upmpplz-EuEP9YRzonzAWSVSg48aTcGmaJgHQIgYTge43Bq1olWrMtrkiShc6ZY/s1600/images+(27).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwipcSsxsR0o8sKxZCX7FedLWnKmlkfeGNXDMXaNJ7m3L6f8mqC5HqNn3AhPmAjmnfMjB5-_O63BC1Upmpplz-EuEP9YRzonzAWSVSg48aTcGmaJgHQIgYTge43Bq1olWrMtrkiShc6ZY/s1600/images+(27).jpg" height="265" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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Eu sei que o começo da mudança pode ser difícil. Eu já vivi e estou vivendo isso. Por isso eu também conheço a importância de estar unida com outras pessoas da minha tribo. Mesmo que essa ribo fique a quilômetros de distância.</div>
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<br /></div>
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A internet tem essa magia: se você souber como usar, ela pode ser um agente unificador!</div>
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<br /></div>
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O tempo passa tão rápido!</div>
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<br /></div>
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O bebê que deu origem a esse blog acaba de completar cinco anos! E quantas mudanças nesse espaço de tempo!</div>
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<br /></div>
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Não espere!</div>
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<br /></div>
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E...desligue a televisão!</div>
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<br /></div>
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Tá?</div>
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:)</div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-79727815514563420552014-04-26T09:57:00.000-03:002014-04-26T09:57:35.250-03:00Onde houver poluição, que eu enxergue nuvens de algodão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>O Lírio do Pântano</b><br />
<br />
Ela olhou pela janela do carro e sorriu para mim, enquanto falava empolgada:<br />
<br />
- Mamãe, olha ali! Olha! São aquelas máquinas que fazem as nuvens! Descobri!<br />
<br />
Eu olhei, mas vi outra coisa. Fechei os olhos. Abri novamente. E nos segundos seguintes eu pude ver onde nascem as nuvens.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Q7ig_Bk5qOPxkr0zbUMZXy-nUubPW6aR7jop8NGJh-85yIiy1FuTSJkoa9gYnrwY8_iDczccbJjST1DB0TwN-_O2t_s8GHwtZ0QA5pOephGIrPychu8nq7Ub8YaGLbIpLfhG46EhL3g/s1600/images+(10).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Q7ig_Bk5qOPxkr0zbUMZXy-nUubPW6aR7jop8NGJh-85yIiy1FuTSJkoa9gYnrwY8_iDczccbJjST1DB0TwN-_O2t_s8GHwtZ0QA5pOephGIrPychu8nq7Ub8YaGLbIpLfhG46EhL3g/s1600/images+(10).jpg" height="406" width="640" /></a></div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-1370237445524763052014-04-14T10:23:00.002-03:002014-04-14T10:23:48.794-03:00O médico e a síndrome do dentista mergulhador<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Vocês já assistiram ao desenho <i>Procurando Nemo</i>?<br />
<br />
Eu já assisti algumas vezes. A primeira vem em que o vi ainda nem sonhava em ser mãe. Meu marido havia viajado por alguns dias e eu passei na locadora para ver todos os filmes que eu gostaria de assistir, mas que ele não tinha vontade de ver comigo. Desenhos animados eram alguns deles.<br />
<br />
Cabe ressaltar que hoje, pelos filhos, ele assiste a vários desenhos animados. Re-pe-ti-da-men-te! Não posso deixar de sentir uma certa satisfação sarcástica com isso. :)<br />
<br />
Mas voltando ao Procurando Nemo...<br />
<br />
Semana passada minha filha pediu para vermos esse desenho novamente e uma cena me chamou a atenção: a cena em que o dentista mergulhador retira o Nemo das redondezas do coral e o leva num saco plástico para seu aquário particular.<br />
<br />
Ao falar sobre o peixinho a um paciente ele explica algo como isso: <b>o pobrezinho estava morrendo no coral e eu o salvei</b>.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVtLpbEeU92GUyZDzi8bqGLAYV6UWFt6EqvMfwn72DVrjTZvOZr4sRbY-jSwNGofHKdESMOlvprNXNM-nkKOSXvslKU_rrHKLAcXTi1UAqfLmQW0tXtNV-YplbNaY-SjAr4o_Ua7r_qsc/s1600/nemo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVtLpbEeU92GUyZDzi8bqGLAYV6UWFt6EqvMfwn72DVrjTZvOZr4sRbY-jSwNGofHKdESMOlvprNXNM-nkKOSXvslKU_rrHKLAcXTi1UAqfLmQW0tXtNV-YplbNaY-SjAr4o_Ua7r_qsc/s1600/nemo.jpg" height="358" width="640" /></a></div>
<br />
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<br /></div>
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<span style="text-align: left;">No mesmo instante eu me lembrei dos médicos com quem tive a oportunidade de conversar sobre o nascimento do Pedro - o atual pediatra dele é um deles - e alguns médicos que se manifestam em entrevistas sobre parto natural, principalmente o domiciliar.</span></div>
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<br /></div>
Em todas as oportunidades eu ouvi diversas falas sobre os muitos problemas relacionados com o parto normal, desde risco de morte até traumatismos e problemas psicomotores. O médico e a medicina estão ali para salvar aquela mulher e aquele bebê desses males.<br />
<br />
Eu, como uma pessoa apaixonada pelo assunto e estudiosa do parto desde o nascimento da minha primogênita, entendo perfeitamente essa postura médica, principalmente em obstetras e pediatras. Durante sua formação médica eles passam anos da vida aprendendo sobre as anomalias, sobre tudo o que pode dar errado - e dá algumas vezes - durante o evento parto.<br />
<br />
Em todas as vezes, a fala que mais me chama a atenção é o medo que eles sentem de não poder controlar o parto. O parto é um evento imprevisível, ainda que possa gozar de alguma previsibilidade. O parto é algo que acontece no corpo da mulher, interno, silêncio, penumbra.<br />
<br />
Então, diante de toda essa incerteza, ainda que se saiba através das evidências científicas que cerca de 85% das mulheres são gestantes de baixo risco e teriam seus filhos saudavelmente sem intervenções, o médico não consegue simplesmente observar, acolher, assistir. <b>Ele tem que agir.</b> E na sua ação, tal qual o dentista mergulhador do desenho do Nemo, acaba piorando uma situação que estava sob controle e que terminaria bem, sem a necessidade de intervenções.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpHt3vTHQz3aibHYYVua6f3-FqviwCj0bjmN2_EYW_0gpZp-yQVOlWT8BgT7e76JBwoKO6vtJkLOSDcmEMQ6XAvJGB8brzSmaywCpC1C_uXviXdwMtqy85B6HeWSqxJlNRojYK2d238c0/s1600/images+(19).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpHt3vTHQz3aibHYYVua6f3-FqviwCj0bjmN2_EYW_0gpZp-yQVOlWT8BgT7e76JBwoKO6vtJkLOSDcmEMQ6XAvJGB8brzSmaywCpC1C_uXviXdwMtqy85B6HeWSqxJlNRojYK2d238c0/s1600/images+(19).jpg" height="274" width="320" /></a><br />
<br />
Caso o dentista mergulhador fosse um bom observador e tivesse a paciência de contemplar algo que ele desconhecia - a vida marinha no coral - muito provavelmente ele teria visto o pequeno Nemo, após sua crise de afirmação de independência, retornar para perto do pai, no coral. São e salvo. O pai lhe daria uma bronca por ter se afastando e fim da história.<br />
<br />
O que vimos no desenho, porém, foi a <b>ação </b>do dentista. Uma <b>intervenção </b>no curso natural dos acontecimentos, uma péssima observação sobre o que estava a sua frente. Ele não fez por mal, acreditava com todas as suas forças que estava salvando aquele peixinho da morte!<br />
<br />
O dentista, tal qual médico intervencionista, acredita que está agindo em prol do bem estar. Mas, na maioria das vezes, <b>está salvando alguém que não precisa ser salvo.</b> Os médicos acreditam piamente que salvam as mulheres e seus bebês quando agem de forma intervencionista, sem a menor necessidade.<br />
<br />
No caso do pequeno Nemo, a intervenção do dentista deu origem a uma jornada perigosa de seu pai para encontrá-lo. Felizmente, tudo acabou bem.<br />
<br />
No caso das mulheres que sofrem intervenções desnecessárias, a jornada é igualmente perigosa e pode terminar com a morte da mãe, do bebê, ou de ambos. Felizmente, em muitos casos, tudo termina bem.<br />
<br />
Mas e quando não termina?<br />
<br />
O obstetra humanizado Ricardo Jones, em seu livro <i>Memórias de um Homem de Vidro</i>, narra uma cena de parto que acontece no Centro Obstétrico e que, segundo ele, é um divisor de águas na sua atuação médica de assistência ao parto.<br />
<br />
No fim, quando ele se encontra sozinho na sala onde uma mulher pariu sem perceber sua presença, como se ele fosse feito de vidro, uma enfermeira lhe pergunta: <b>Já pensou o que aconteceria se o senhor não estivesse por perto?</b><br />
<br />
E ele responde para si mesmo que <b><u>provavelmente aquela mulher teria seu filho com maior tranquilidade.</u></b><br />
<br />
Nesses dias em que todas as pessoas intimamente ligadas à causa da humanização dos nascimentos no Brasil estiveram mobilizadas devido à intervenção da justiça durante o trabalho de parto de Adelir, na cidade de Torres-RS, esse capítulo do livro do Dr. Ric Jones não me saía da cabeça.<br />
<br />
E se não tivesse acontecido essa intervenção judicial?<br />
<br />
Muito provavelmente Adelir teria parido com mais tranquilidade. Talvez a cesariana estivesse mesmo em seu caminho, já que <b>a maioria dos obstetras hoje não sabe assistir um parto, apenas realizar cirurgias.</b><br />
<br />
Mas assim como a intervenção do dentista mergulhador deu origem a uma jornada de auto conhecimento, de superação de medos e de fortalecimento de vínculo, quem sabe as intervenções desnecessárias pelas quais passam diversas mulheres durante o trabalho de parto Brasil afora, com Adelir representando o <b>ápice da violência obstétrica no Brasil</b>, não saiamos todas mais fortalecidas em nosso vínculo com nosso corpo, que inclui a escolha da via de parto.<br />
<br />
Eu vivi a minha jornada em busca de um parto digno, respeitoso, seguro, íntimo. Tive duas oportunidades de parir nessa vida. Trilhei meu caminho e durante esse percurso tive muita ajuda. Felizmente me cerquei de pessoas que pensavam como eu, afastei aquelas que não entendiam minhas escolhas. Para minha sorte, a vida me levou para longe de Torres-RS, minha cidade da infância. Mas eu poderia ter sido Adelir.<br />
<br />
Como você deseja parir quando for a sua vez?</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-13488100052277259752014-04-04T11:36:00.002-03:002014-04-04T11:36:39.326-03:00Percebendo o parto como marco de transformação<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-TqM8PZ1iaA8x2b8S3eHG2cWagYNc-te29Tfkg6oULAwYSWtWc9ZLmnXMJMetYRwJMxXU7ED0UNo1vs79_UOxOJMDwF2uqA1tXULbmvZB5Z1uOqF_GXmf4E_SDtoBQvkLrixEyQjdgs/s1600/gestante+na+grama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih-TqM8PZ1iaA8x2b8S3eHG2cWagYNc-te29Tfkg6oULAwYSWtWc9ZLmnXMJMetYRwJMxXU7ED0UNo1vs79_UOxOJMDwF2uqA1tXULbmvZB5Z1uOqF_GXmf4E_SDtoBQvkLrixEyQjdgs/s1600/gestante+na+grama.jpg" height="400" width="640" /></a></div>
<br />
Eu sei que falar de parto é um assunto delicado. Eu, no começo da minha vida na blogosfera, li muitos artigos sobre parto. Alguns considerei bem agressivos (hoje já não penso mais assim), mas a verdade é que todos eles foram importantes na desconstrução da imagem que eu tinha sobre gestar e parir no Brasil, gestar e parir no nosso sistema obstétrico.<br />
<br />
O que eu não sabia naquela época era que o processo de busca pelo direito de parir com respeito e dignidade também seria um processo de auto conhecimento. Mais ainda: seria um processo de quebra de paradigmas, de desconstrução de teorias apreendidas pela minha vida afora.<br />
<br />
Se você, como eu, está na casa dos trinta anos, há uma grande possibilidade do seu nascimento ter sido por via vaginal, dentro de um ambiente hospitalar e repleto de intervenções.<br />
<br />
Se você tem menos de trinta anos, então é muito provável que você tenha chegado ao lado de cá da vida através de uma cirurgia de extração fetal: a cesariana. Hoje, mais da metade dos nascimentos brasileiros são feitos através de uma cirurgia. Planos de saúde potencializam esse número para quase a totalidade dos nascimentos.<br />
<br />
Neste ponto do texto vamos esquecer um pouco as vantagens e desvantagens, os prós e contras. Não é disso que quero falar hoje.<br />
<br />
Hoje eu quero te propor uma conversa sobre como o parto, esse evento fisiológico e da sexualidade feminina, pode ser um marco de transformação na sua vida, um agente potencializador da sua humanidade, da sua evolução como ser humano e, também, da sua própria visão do feminino, da sua feminilidade.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eK5-UrnF2wRQYojfE2Mwu1SAdlFDYIK3cRkru3KJ2-eZSvKfpAeEfTDsd-Oc1Gw4d6ccS38DNOA7sMrURWIuySE7Rf1WA3T4eXOyCyrQBZX5N7rH7v9IQwcoJ_2vUtPxoUbGXna0hHo/s1600/olho+no+ziper.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eK5-UrnF2wRQYojfE2Mwu1SAdlFDYIK3cRkru3KJ2-eZSvKfpAeEfTDsd-Oc1Gw4d6ccS38DNOA7sMrURWIuySE7Rf1WA3T4eXOyCyrQBZX5N7rH7v9IQwcoJ_2vUtPxoUbGXna0hHo/s1600/olho+no+ziper.jpg" height="248" width="400" /></a></div>
<br />
Eu sou uma mulher comum. Nasci de um parto vaginal hospitalar cheio de intervenções. Venho de uma família de mulheres que, em teoria, não conseguem ou não podem parir. Ou ganham seus filhos com muito sofrimento.<br />
<br />
Em determinado momento eu quis romper com esse estigma. A partir dessa decisão, <a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2014/01/porque-eu-devo-seguir-o-meu-coracao.html" target="_blank">minha maneira de enxergar o mundo nunca mais foi a mesma.</a> Então, a partir desse ponto, eu só posso te dizer uma coisa: se você está satisfeita com a maneira como você vê o mundo, se você acha que tudo está onde deveria estar, ou se você acha que você, uma mulher, uma simples mulher, não pode fazer nada para mudar a sua vida, abandone esta reflexão agora. Paramos aqui e seguimos juntas em outras esferas.<br />
<br />
Mas se você seguir, tenho certeza que você será capaz de enxergar o parto, não como um flagelo feminino, um flagelo impingido por ninguém menos que <i>Deus</i>, veja bem; tenho certeza que você enxergará o parto para além do evento fisiológico que ele é. Um véu cairá e você entenderá alguns dos motivos pelos quais o parto é um agente potencializador da vida, para além da possibilidade de trazer um filho à luz!<br />
<br />
Todos nós queremos buscar o melhor para nós, certo? E para além de nós mesmos, queremos sempre o melhor para aqueles que amamos. Para conseguirmos esse melhor fomos dotados da capacidade de raciocínio e, porque não, do instinto.<br />
<br />
Então quando eu estava gestando minha primeira filha, meu instinto me dizia que parir por via vaginal era o melhor. O raciocínio fez com que eu fosse em busca de informações. Achei muitas na internet. Tive convicção de que faria todo o meu possível para ter um parto normal, caso não houvesse riscos.<br />
<br />
E como eu estava dentro da estatística que preconiza que cerca de 85% das mulheres são gestantes de baixo risco, eu tive um parto normal hospitalar, com todas as intervenções de praxe, inclusive uma episiotomia indesejada, um parto talvez melhor do que o da minha mãe, porque tive analgesia sem complicações.<br />
<br />
E depois do parto, uma constatação: parir assim é uma guerra. Uma inquietação surgiu, mas eu ainda não havia retirado totalmente o véu.<br />
<br />
Assim como no parto, minha maternidade nos primeiros meses após o nascimento da minha filha foi cerceado por informações desencontradas, teorias sem fundamento e foco no desapego, na independência daquele bebê que nasceu para ser apegado, acalentado, cuidado e protegido.<br />
<br />
Aquela inquietação inicial se transformou em desejo de fazer diferente. E numa segunda oportunidade eu não me deixei enganar ou esmorecer. Eu busquei o melhor para mim e para o meu bebê.<br />
<br />
Após o parto, impossível não me embriagar no coquetel do amor, que nos inunda as veias e nos faz sentir capazes de transformar o mundo. O amor e sua química são mesmo agentes de mudança poderosos! Eu me senti uma guerreira, eu havia lutado e vencido, eu havia vivido o melhor e nada menos que isso me contentaria depois.<br />
<br />
Por desejar o melhor eu fiz escolhas diferenciadas, não nego. Escolhas apoiadas. Sem apoio, nada se consegue.<br />
<br />
Após o parto eu nunca mais me conformaria com o senso comum, com a vida seguindo seu curso sem que eu percebesse os dias passando, com os dias e noites surgindo e sumindo sem que eu estivesse realizando um propósito. O tempo fluindo, sem que eu estivesse plenamente consciente da sua importância.<br />
<br />
Com o processo de escolha do parto humanizado e domiciliar, veio também o pacote bônus: amamentação em livre demanda, prolongada, visando ao desmame natural; criação com apego e o desejo forte de educar sem castigos, sem gritos (<a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2014/03/o-grito-e-o-grilo.html" target="_blank">ainda falho aqui, como vocês sabem</a>) e educar com foco na legitimidade infantil, legitimidade de seus anseios, necessidades, desejos, incapacidades.<br />
<br />
E para além dos filhos, o processo de parir também me empoderou de maneira tal que eu passei a ser importante em todo o processo. Eu passei a legitimar minhas vontades, minhas não vontades. Passei a ser agente da minha transformação, passei a viver com consciência de mim mesma.<br />
<br />
E é sempre importante lembrar: não quero dizer como você deve viver a sua vida. Eu não tolero que façam isso comigo. Eu quero que você saiba que, se algo te incomoda, se você sente que algo está fora do lugar na sua vida, é porque está. E você sempre pode mudar isso.<br />
<br />
E, também é sempre bom dizer: eu não quero que você faça as minhas escolhas. Eu quero que você faça as suas escolhas! E eu e você estaremos trilhando o nosso caminho, seguindo a nossa jornada, vivendo a nossa verdade. E não a verdade que nos dizem para viver.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFkdN0sP7qO-62L8e2xvog5OS10u_l_aJC1B-0lx6Nr9x1VORbwtn3feq8lKieDNrLVjFN1QECCMC-VVFADxyn6kj-0UeB4mWOYR_jDBm7Q4ZmnOFYQu7vla2o-ZI4Sod61lnjCv0Qx8M/s1600/p%C3%A9+de+pedra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFkdN0sP7qO-62L8e2xvog5OS10u_l_aJC1B-0lx6Nr9x1VORbwtn3feq8lKieDNrLVjFN1QECCMC-VVFADxyn6kj-0UeB4mWOYR_jDBm7Q4ZmnOFYQu7vla2o-ZI4Sod61lnjCv0Qx8M/s1600/p%C3%A9+de+pedra.jpg" height="248" width="400" /></a></div>
<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-29209537658030885172014-03-31T14:08:00.003-03:002014-03-31T14:59:04.436-03:00Ser só mãe: existe isso?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Um dos textos mais lidos aqui do blog é o <a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2011/05/escolinha-x-baba-parte-i.html" target="_blank">"Escolinha X Babá"</a>, escrito no ano de 2011. Nele eu contava um pouco das minhas experiências com uma creche, onde minha filha ficou dos 6 aos 15 meses, e com uma babá, dos 18 meses até nossa saída de SVP-RS, quando ela já estava com quase 4 anos.<br />
<br />
A quantidade de pessoas que chega a esse texto através da busca pelo termo "escola X babá", "creche X babá" demonstra a realidade de boa parcela das mulheres brasileiras: o retorno ao trabalho após o término da licença maternidade.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPCQpPUE9E7le-L1mEP1or_6bQI88esNCj7pwobd4FRwZnBSg6rG-dA5OLPnkqaNkyyzOZ2xCXB6moZYGp6RnCB6VD3AE47oDq2JqUO7ibd4LIRzEQLp_-Y3zIV9W8cAiwOHhthrjgy-g/s1600/a+parlamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPCQpPUE9E7le-L1mEP1or_6bQI88esNCj7pwobd4FRwZnBSg6rG-dA5OLPnkqaNkyyzOZ2xCXB6moZYGp6RnCB6VD3AE47oDq2JqUO7ibd4LIRzEQLp_-Y3zIV9W8cAiwOHhthrjgy-g/s1600/a+parlamento.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<span id="goog_1294125220"></span><span id="goog_1294125221"></span><br />
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Eu vivi essa realidade por duas vezes e ainda me lembro como doíam os momentos de separação dos meus bebês. Eu ainda me lembro daquele sentimento de inconformidade com a necessidade de ter que me separar dos meus filhos para trabalhar.<br />
<br />
Eu venho de uma família de mulheres que trabalham. Eu nunca fui educada para casar e ter filhos, mas sim para estudar, trabalhar, ser independente. Casamento e filhos era algo desejado, mas nunca foram um objetivo. Aconteceria, se fosse para ser assim.<br />
<br />
Já estudo e trabalho não. Eram um objetivo. Terminar a escola, entrar para a universidade, formar-se, trabalhar. Não depender do marido. Nunca depender.<br />
<br />
E então chega a maternidade. A fusão que acontece com o bebê que acaba de chegar é algo que nos tira o pé do chão. Nos arranca de nós mesmas. Muitas dizem até que perdem sua identidade.<br />
<br />
Para mim também aconteceu essa perda de identidade. O meu objetivo era garantir que aquele pequeno ser teria tudo o que precisasse, quando precisasse. Garantir o bem estar da minha filha (e depois do meu filho) era tudo que o meu ser conseguia fazer.<br />
<br />
Mas...existe um final para a licença maternidade, muitas nem mesmo possuem esse período. E muitas de nós mulheres abandonamos nossos empregos nesse momento. Outras tantas o abandonam já na gestação. Outras, como eu, não querem deixar seu trabalho, mas também não querem deixar seus filhos - surge aí um dilema que acompanha boa parte das mães que trabalham fora de casa. E algumas estão onde desejam estar. Sentem-se ajustadas.<br />
<br />
O mundo surge com a solução para as mães que, como eu, não querem deixar seus filhos, mas querem voltar ao trabalho: terceirizar. Seja numa creche, seja com uma babá, a ordem que recebemos é deixar nossos filhos com terceiros. A regra é clara: se você quer trabalhar, terceirize. Se não quer terceirizar, abandone seu trabalho. Afinal, o que mais pode ser feito, não é mesmo? Você não tem o direito de trabalhar E maternar nos dias de hoje.<br />
<br />
Se antigamente não se ouvia falar em creches e as poucas que existiam eram muito mal vistas, atualmente as creches ou escolinhas são altamente recomendáveis como solução para nossa ausência. Das mais amplas e modernas às mais alternativas, ou que tentam imitar o ambiente familiar, passando por pedagogias e filosofias diferentes, o que todas querem é que deixemos nossos filhos ali e saiamos tranquilas para ganhar o mundo cão que nos aguarda. Afinal, precisamos pagar nossas contas, precisamos garantir, mais uma vez, que nossos filhos terão tudo que quiserem, tudo que precisarem. Precisamos garantir nossa independência. Será mesmo?<br />
<br />
E se você vai deixar seu filho num ambiente hostil com pessoas estranhas, para que eles passem de 8 a 12 horas por dia longe do ambiente familiar e dos pais, lembre-se: sinta-se segura! Afinal, se o seu filho sofre na escola, não é porque é totalmente antinatural ele estar longe da família e do ambiente familiar, é porque a sua insegurança de mãe passa para ele! Mas não se preocupe! Ele chora só enquanto você está lá, depois que você sai ele chora mais uns cinco minutos e para! Fique tranquila!<br />
<br />
Quem sabe você tenha escolhido deixar seu filho com uma babá. Eu já deixei. A maior parte do tempo, foi uma ótima experiência, muito melhor que a creche. Mas ainda assim há contras. Se a babá possibilita um cuidado mais afetuoso, presencial, constante e no ambiente familiar, ela também pode ser um problema, simplesmente porque não é o pai ou a mãe. A relação que se estabelece com uma babá e uma criança geralmente não visa ao crescimento e ao aprendizado dessa criança, mas sim, apenas ao carinho e à aceitação. Pode ser uma boa ideia nos primeiros meses, ou nos primeiros 2 anos. Mas e depois?<br />
<br />
E sempre haverá o risco de não dar certo. A última babá que eu tive chegou e foi embora em 30 dias. A partir dali eu jurei que nunca mais iria deixar para terceiros aquilo que me era mais precioso. Nem que fosse necessário recomeçar, ou revolucionar meu micro mundo.<br />
<br />
Mas, antes disso, cansada dessa discussão e dessa falsa competição que o mundo jura que existe entre mulheres que trabalham em casa e mulheres que trabalham fora de casa (eu sei, essa rixa pode ser bem real muitas vezes, mas não caia nessa armadilha de ver outra mulher como sua concorrente, como sua rival), <a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2013/06/sou-mamifera-nao-sou-maezinha.html" target="_blank">eu escrevi outro texto, ressaltando que nós mulheres não deveríamos ter que escolher entre nossos sustento e nossa maternidade.</a> Que deveríamos poder exercer com qualidade as duas coisas, as duas facetas de nossa existência. Afinal, ninguém quer uma vida pela metade - ou nem isso - todos nós desejamos uma vida integral. Ninguém é só (e esse só, notem que sempre vem de forma pejorativa) mãe. Ninguém é só profissional. Ou esposa. Ou só qualquer coisa. Somos seres multifacetados. E devemos querer viver bem todas as nossas facetas. Não deveríamos nos contentar em viver menos. Afinal nossa vida deve valer alguma coisa para além do nosso cartão de crédito e do nosso financiamento da casa própria. Sim ou não?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvb5pvNQ_L6s8mveAUTmAtNp26D0TcHfo_iHp0gKZ9UKRI6LyabHUzUPC1lsRyFw5281oS6KpdpWWk1_NUfJ3FyYeUab4L7VUUc-ewDwXQ5VmAVDhADPNXUWlNmGtMOT2GavQkilevc8I/s1600/mulher+de+sapa+trabalhando+com+filho.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvb5pvNQ_L6s8mveAUTmAtNp26D0TcHfo_iHp0gKZ9UKRI6LyabHUzUPC1lsRyFw5281oS6KpdpWWk1_NUfJ3FyYeUab4L7VUUc-ewDwXQ5VmAVDhADPNXUWlNmGtMOT2GavQkilevc8I/s1600/mulher+de+sapa+trabalhando+com+filho.JPG" height="424" width="640" /></a></div>
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E hoje eu estou numa fase nova. Estou numa fase que muitos creem ser a de só mãe. Só que eu nunca serei só mãe, apenas mãe. Serei mãe. Sempre, desde 2009. Mas eu quero ser outras tantas coisas. Não me contento em ser menos. Quero ser tudo que eu tenho o direito de ser.<br />
<br />
Olhe para seus filhos e filhas: vocês não acham que eles podem ser tudo o que quiserem ser?<br />
<br />
Eu estou trilhando. E, como tenho aprendido em minhas aulas sobre empreendedorismo - área que sempre amei, desde a época em que trabalhei numa empresa júnior de nutrição - o sucesso não é o final da jornada. O sucesso é a jornada! O caminho, a trilha, o prosseguir. Por isso, ninguém será pleno sendo só isso ou só aquilo. Não há caminho percorrido, mas sim caminho a percorrer e aquele que já ficou para trás.<br />
<br />
Escola, babá, creche, família. Onde deixar nossos filhos? Não há resposta certa aqui, há aquela resposta que vai te satisfazer por muito ou pouco tempo. Não se iluda: os filhos precisam dos pais. Tenha isso em mente ao fazer escolhas. Nenhum caminho "está escrito". Somos todos protagonistas de nossas vidas.<br />
<br />
E, no lugar de pensar que existe apenas uma solução, pense que somos nós quem exigimos ou não soluções para nossos dilemas. Se não o fizermos, a vida seguirá, e trilharemos caminhos que não são nossos.</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-78501269368486308172014-03-27T07:00:00.000-03:002014-03-27T07:00:01.068-03:00O início do querer: uma nova abordagem para os meus dilemas antigos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIqyoRxYPvHL56qcfeXKbgx-28ZTimOY1Et7J3C5xQV1VYteTB8nDdzgBISsEHTpALDsut1z1yKXURy7Dw-Awydm1PCsNKC0-mNJbiSiVscUJjUQnfvwfZdrgmjbBijjsePxsF6o304es/s1600/050220111177.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIqyoRxYPvHL56qcfeXKbgx-28ZTimOY1Et7J3C5xQV1VYteTB8nDdzgBISsEHTpALDsut1z1yKXURy7Dw-Awydm1PCsNKC0-mNJbiSiVscUJjUQnfvwfZdrgmjbBijjsePxsF6o304es/s1600/050220111177.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Céu azul com poucas nuvens na SVP de fevereiro de 2011.</div>
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Hoje eu vou reblogar um texto publicado em fevereiro de 2011 - <i><b><a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2011/02/os-diferentes-momentos-do-querer.html" target="_blank">Os diferentes momentos do querer.</a></b></i> Lá atrás, nesta época, a Ísis ainda não havia completado 2 anos, o Pedro ainda não era um desejo real, nós estávamos morando no sul do sul, eu havia começado a experiência com a babá há pouco mais de 2 meses e ensaiava mudar mais concretamente minha maneira de enxergar muitos atos e pensamentos meus, como mãe.<br />
<br />
Do questionamento surgiram as dualidades, duas forças e formas de encarar situações da vida pós filhos. Aquilo que eu achava que seria o meu caminho, e por isso o certo para mim, e aquilo que o meu coração começava a gritar.<br />
<br />
A necessidade de mudança começava a dar seus sinais confusos, sinais esses que ficariam ainda mais intensos meses depois, quando eu finalmente <a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2011/05/quando-uma-imagem-fala-por-si.html" target="_blank">carregaria o Pedro no ventre</a>.<br />
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Eu tenho carinho por este texto. Nele é fácil retratar a mãe que eu havia sido até então e ele marca o começo da minha rebeldia com o caminho pré fabricado.<br />
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Engraçado que eu falei do desejo de pedir uma licença remunerada. Um desejo bem tímido ainda, mas que hoje se tornou realidade.<br />
<br />
Interessante ler que eu chamei a Ísis de minha pequena infante! Não lembrava de tê-la chamado assim, achei que era um jeito carinhoso e exclusivo de chamar o irmão.<br />
<br />
E eu falo da cama compartilhada! Nossa, como as coisas mudaram neste ponto! No final daquele ano eu estaria comprando uma cama maior para justamente poder fazer cama compartilhada com meus filhos. Fiz muito com a Ísis logo que o Pedro nasceu. Fiz muito com o Pedro (na verdade, ele mal dormiu no berço) e ainda faço hoje. A diferença hoje é que eles aparecem na minha cama no meio da noite! É o famoso motim da madrugada! :)<br />
<br />
O dilema creche-babá dava seus sinais mais uma vez. Dois anos depois eu passaria por uma situação muito difícil no meu ambiente de trabalho que teria como tema central essa dupla. No final, nenhuma das duas opções me satisfazia. Cansada de não escolher, resolvi fazer a escolha de não ter nenhuma dessas duas opções e assim será!<br />
<br />
A solidez com que eu fui galgando os degraus dessas mudanças de paradigma só foi possível graças à blogosfera materna. Hoje eu percebo que há muitos brios, muitas reclamações, muitos dedos em riste. Mas de verdade, eu não acredito nisso. Eu acredito na construção de conhecimento coletivo. O que você vai fazer com esse conhecimento é problema seu. Mas ele está aí. E ainda é gratuito!<br />
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Então, se tiverem um tempinho, leiam esse texto e depois me contem sobre as mudanças que vocês sentiram em vocês após a entrada na blogosfera materna: afinal, vocês se sentem ajudadas por esse círculo de mulheres ou não?<br />
<br />
PS: Saudades de muitos blogs antigos e extintos, como o Mamãe Antenada! Como esse blog não existe mais, você não conseguirá ler o maravilhoso texto da Adriana, que me inspirou a escrever o texto abaixo. :(<br />
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***<br />
<br />
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: normal; margin: 0px; position: relative;">
Os diferentes momentos do querer</h3>
<div class="post-header" style="background-color: white; color: #93c47d; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6795555378922959424" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; color: #3b3b3b; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 1.4; position: relative; width: 798px;">
<div dir="ltr" trbidi="on">
Um tempo atrás eu li <a href="http://mamaeantenada.blogspot.com/2011/01/cama-compartilhada-um-olhar-uma.html" style="color: #6aa84f; text-decoration: none;">este texto da Adriana Guimarães no blog da Pérola</a> e fiquei cativada pela maneira como ela descreve uma experiência que eu, antes radicalmente contra, obviamente antes de ser mãe, hoje admiro e apoio quem consegue, ainda que tenha plena consciência de que esta prática não se encaixaria no meu dia a dia como rotina.</div>
<div dir="ltr" trbidi="on">
<br /></div>
<div dir="ltr" trbidi="on">
<span style="line-height: 24.948001861572266px;">Acho que vivemos essas dualidades durante a maternagem desde que nos descobrimos grávidas. Aliada à emoção do teste positivo, vem a insegurança e o medo do novo (ser) que está por vir. São dois sentimentos antagonistas e complementares, como todos, ou quase todos, os outros sentimentos que teremos dali para frente.</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">Eu costumava me achar bem resolvida antes da minha primeira filha (digo primeira porque sei que há ainda mais um ou dois filhos me esperando em algum lugar, mas não estou grávida) nascer. Decidia algo e realizava, simples e aritmética como uma boa planilha de excel consegue (?) ser.</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">Depois da maternidade </span><strong style="line-height: 24.948001861572266px;">eu vivo em conflito</strong><span style="line-height: 24.948001861572266px;">, como no começo do aleitamento, quando eu não podia me ausentar de casa por mais de 2 horas, passando a me sentir enjaulada, solitária; mas em contrapartida não podia ouvir falar em dar mamadeira para a Ísis que virava onça e saía de dedo em riste do </span><strike style="line-height: 24.948001861572266px;">marido</strike><span style="line-height: 24.948001861572266px;"> primeiro que me sugeria tal coisa! Ou, ainda sobre aleitamento, quando ia dormir implorando para que a pequena dormisse a noite toda porque estava cansada, acabada mesmo de tanto levantar nas madrugadas para dar de mamar de 2h em 2h, mas ao mesmo tempo sempre sorria quando minha filha mamava com vontade, de fazer barulhinho de </span><em style="line-height: 24.948001861572266px;">gut-gut</em><span style="line-height: 24.948001861572266px;"> e me pegava pensando que seria muito bom se eu conseguisse manter a amamentação até meus peitos baterem no pé.</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">Da série conflitos ainda posso falar do trabalho x dedicação exclusiva! Na época da licença maternidade me pegava pensando que seria bom voltar a trabalhar, colocar a cria na escolinha, ter mais tempo para mim, falar de outras coisas que não </span><em style="line-height: 24.948001861572266px;">filhopumcocoxiximamadagolfadapapinha</em><span style="line-height: 24.948001861572266px;">durante todo o dia; mas, OH!, eis que crio um blog para falar justamente disso nos meus intervalos do trabalho e ainda me pego cogitando seriamente em pegar licença não remunerada por anos a fim de grudar na filhota durante todo o dia!</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">A dualidade escolinha X babá também rondou, ronda e rondará a minha mente durante o período antes da escola pré-primária. Desejo de que ela se socialize, que me dê um tempo, que aprenda a falar gato em inglês só para eu dizer "ai que lindo!", ainda que ela fique mais doente, que fique fora de seu habitat, que tenha que aguentar 10 professoras em trocas de turno e colegas mil birrentos e de nariz escorrendo como ela; em contrapartida ao medo de que ela fique com uma louca sádica, ou uma gente boníssima que fala errado e vai ensiná-la a dançar <i>Rebolation </i>e falar <i>mortandela</i>, mas que vai pegar no colo, colocar para dormir na sua caminha, dar a comidinha fresca que eu compro toda semana...</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">Terminando, copio e colo o final do meu comentário lá no </span><a href="http://mamaeantenada.blogspot.com/2011/01/cama-compartilhada-um-olhar-uma.html" style="color: #6aa84f; line-height: 24.948001861572266px; text-decoration: none;">Mamãe Antenada</a><span style="line-height: 24.948001861572266px;"> (porque apesar de eu ser totalmente contra chupinzar/copiar/repetir/falta de criatividade, também sou super a favor do reaproveitamento/citação/enaltecimento/reescrita com melhor abordagem:</span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">"Essa história de "tem dias que quero isso" e "tem dias que quero exatamente o contrário" acho que faz parte da maternidade, porque ao mesmo tempo em que sentimos </span><strong style="line-height: 24.948001861572266px;">saudades do nosso EU</strong><span style="line-height: 24.948001861572266px;">, da nossa vida mais privada, também sabemos que essa fase em que somos os </span><strong style="line-height: 24.948001861572266px;">eternos companheiros e heróis</strong><span style="line-height: 24.948001861572266px;"> de nossos filhos </span><strong style="line-height: 24.948001861572266px;">passa rápido</strong><span style="line-height: 24.948001861572266px;">, e então desejamos fervorosamente que </span><span style="color: red; line-height: 24.948001861572266px;"><strong>dure, dure, dure!</strong></span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;"> </span><br style="line-height: 24.948001861572266px;" /><span style="line-height: 24.948001861572266px;">Inspiração: </span><a href="http://mamaeantenada.blogspot.com/2011/01/cama-compartilhada-um-olhar-uma.html" style="color: #6aa84f; line-height: 24.948001861572266px; text-decoration: none;">http://mamaeantenada.blogspot.com/2011/01/cama-compartilhada-um-olhar-uma.html</a></div>
</div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-38948359549666400022014-03-25T08:00:00.000-03:002014-03-25T08:00:06.896-03:00Atividades com as crianças: como passar o dia todo com elas sem surtar (muito!)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Uma vez, num vídeo da Ana Thomaz (eu sei, sempre falo dela, mas é que admiro demais os conceitos dessa mulher), ela contava que algumas amigas não entendiam como ela conseguia passar o dia todo com as filhas pequenas, sem ao menos um meio período de escola para dar aquela folga.<br />
<br />
Ela explicava que não era fácil mesmo, mas que ia ficando cada vez mais fácil com o tempo. E também dizia algo como: se não socializamos com nossos próprios filhos, nossa própria família, como fazer isso com os demais?<br />
<br />
Na época eu não entendi toda a dimensão do ela dizia, muito menos o que diziam as amigas: como assim não conseguir ficar o dia todo com os filhos em casa?<br />
<br />
Eu, que ficava fora de casa cinco dias da semana no horário comercial, sabia que queria muito ter mais tempo com os meus filhos e nunca, nunquinha mesmo seria capaz de desejar não estar com eles. Na minha experiência de então, a escola ou era uma necessidade dos pais ou era obrigatória. Nunca havia pensado na escola como uma maneira de fugir do convívio familiar.<br />
<br />
E a gente deseja tanto uma coisa que ela acaba acontecendo, ou a gente acaba indo em busca do que deseja, sendo protagonista da própria vida, como diria a Ana (ó ela).<br />
<br />
E cá estou eu com meus filhos o dia todo, todo dia, sem terceiros envolvidos nessa relação. Sem babá e sem escola. Sem empregada também! E como eu ando me virando com isso?<br />
<br />
Com criatividade, desapego e senso de oportunidade!<br />
<br />
Facilidades não há. O dia é árduo e se antes eu já achava que descansava no trabalho e trabalhava em casa, bem, hoje tenho certeza de que meu marido passa férias no trabalho e trabalha em casa. Já eu, estou sem férias por tempo indeterminado. :)<br />
<br />
Há inúmeras vantagens no processo, mas é preciso estar de mente e coração abertos para a conexão, porque o mundo a nossa volta nos chama à distração. De nós mesmos, da realidade a nossa volta e muito constantemente dos nossos filhos.<br />
<br />
Mas como conciliar tudo sem ceder à televisão sempre, sem ficar apático diante da vida, e ainda promover auto conhecimento e conhecimento dos filhos? Ah..., continue lendo.<br />
<br />
O primeiro passo é exercitar o desapego. Desapega da casa arrumada, da louça lavada e do tão falado 5S. Em casa com crianças não há um lugar para cada coisa e muito menos cada coisa tem o seu lugar. O mundo infantil é muito dinâmico e não raras vezes eu canso só de acompanhar com os olhos tanta euforia pela vida (e pelos brinquedos espalhados em todos os cantos).<br />
<br />
Você pode não desapegar, mas a chance de você estressar com muita frequência, <a href="http://minhapequenaisis.blogspot.com.br/2014/03/o-grito-e-o-grilo.html" target="_blank">como naquele dia em que meu Grilo Falante me visitou</a>, será enorme. E em casa onde há muita exigência, muita briga e pouca brincadeira, pouca leveza, não há vínculo, pois não há um bom convívio.<br />
<br />
A criatividade deve ser seu lema. Ela aliada ao senso de oportunidade fazem a dupla que vai te salvar o dia, e ainda promover momentos legais para você e os filhotes, quer ver? (Lembrando que eu tenho filhos com 4 e 2 anos).<br />
<br />
<b><u>Fazendo o almoço:</u></b><br />
<br />
Essa é a hora mais crítica do dia na minha casa. Preciso de pelo menos 40 minutos com as crianças longe de mim porque não cozinho com eles ao meu redor por segurança. A brincadeira preferida no verão foi lavar os brinquedos no tanque! Nos apartamentos a lavanderia costuma ficar ao lado da cozinha. Colocar os pequenos para brincar de lavar os brinquedos no tanque disponibilizando detergente neutro e esponja garantem muitos e muitos minutos de sossego para você cozinhar sem precisar recorrer à televisão.<br />
<br />
Mas já sabe: desapega, porque vai molhar, vai ensaboar tudo, eles vão ficar molhados. Sim, você terá trabalho depois, mas ao menos os brinquedos sairão limpos - e a comida feita em 40 minutos!<br />
<br />
<b><u>Hora da ginástica com a mamãe!</u></b><br />
<br />
Vamos malhar com as crianças? Essa brincadeira é altamente recomendada para quando eles estão bem irritados, com tédio mesmo, sem brincarem com nada direito.<br />
<br />
Eu deito na cama e faço piruetas e cambalhotas com eles. Também brinco de "cair no buraco" colocando cada um na sua vez sobre minhas pernas levantadas (como num abdominal com pernas levantadas) e aí pergunto "você vai cair aonde?", quando eles respondem eu abro as pernas e eles caem sobre a cama. Risadas garantidas, pernas e abdômen malhados também!<br />
<br />
Os campeões da "Buraco Airlines" são "princesa do gelo" e "país das maravilhas". :)<br />
<br />
Outra brincadeira aprendi com minha irmã que fazia aulas de pilates. Coloco cada um na sua vez grudados nas minhas pernas dobradas e levanto, de maneira que eles fiquem de cabeça para baixo. Eles adoram! Agora já evoluímos e eles viram uma cambalhota no ar. A Ísis adora, o Pedro nem sempre. Radical!<br />
<br />
O outro exercício aprendi com <i>maridón</i>. Coloco meus pés nos peitos deles e levanto segurando-os pelas mãos, jogando as pernas (e eles) de um lado para o outro como um avião.<br />
<br />
E a última e mais pedida é pular na cama! Eles adoram. Variamos comigo ajudando com as mãos para eles pularem mais alto e comigo girando o corpo deles enquanto pulam, com as mãos.<br />
<br />
Desapega da cama arrumada, desapega das molas...são pelo menos 60 minutos de diversão e atividade física!<br />
<br />
<b><u>Circuito na sala:</u></b><br />
<br />
Essa é divertida e foi proposta pela Ísis. É basicamente fazer tudo o que as crianças gostam mas mamãe e papai não deixam!<br />
<br />
- Pular do braço do sofá para o sofá (certifique-se de proteger a queda com almofadas, travesseiros)<br />
- Pular do sofá para o chão<br />
- Subir e descer de mesas e cadeiras<br />
- Engatinhar debaixo da mesa<br />
<br />
<b><u>A hora do baile</u></b><br />
<br />
Esta atividade é ótima para dias de chuva e tédio. Consiste em colocar uma música qualquer e dançar, dançar e dançar! Mas ó, nada de danças certinhas e coreografadas: dançar desengonçadamente rende muitas risadas! E o tédio vai embora!<br />
<br />
Se os filhotes tiverem fantasias, é a hora de colocá-las. E você também pode caprichar no visual para entrar no clima. Só a arrumação já rende muitos momentos divertidos!<br />
<br />
Gostaram das dicas?<br />
<br />
E vocês, quais brincadeiras vocês costumam fazer com os filhotes em casa para fugir da televisão? Compartilha aí, que estou coletando ideias!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3nro6DkCIiQwa1twZoRBHiP60Bxd5aKXQfewj1a8TNURTdbxTv0MtMZ-n0UUyQtiLnafzJVbCOGEZjL3ZLecTKneN31RcoybBneymyvpK_RDR7IEjWHcnctwhsRMQX87rqP0YDKpxNg8/s1600/DSCN7015.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3nro6DkCIiQwa1twZoRBHiP60Bxd5aKXQfewj1a8TNURTdbxTv0MtMZ-n0UUyQtiLnafzJVbCOGEZjL3ZLecTKneN31RcoybBneymyvpK_RDR7IEjWHcnctwhsRMQX87rqP0YDKpxNg8/s1600/DSCN7015.JPG" height="480" width="640" /></a></div>
s!<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-42858035324271520312014-03-19T08:00:00.000-03:002014-03-19T08:00:04.618-03:00O tamanho do apoio faz diferença: como uma simples troca de rodinhas de apoio fez a felicidade de uma garotinha!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Neste domingo levamos você para andar de bicicleta na rua XV. Seu pai havia trocado as rodinhas de apoio por um modelo maior, que desse mais equilíbrio a você.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faz quase um ano que você ganhou a sua primeira bicicleta, mas nunca conseguiu andar bem nela. Caía muito, desequilibrava, derrapava, mesmo com rodinhas de apoio. Frustrada, acabou desistindo de pedalar ainda no ano passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano você quis voltar a usar a bicicleta. No primeiro domingo, mesma coisa: você caiu, desequilibrou, derrapou e desanimou. Pediu uma bicicleta menor. Eu e seu pai cogitamos a ideia, porque por nossa culpa e teimosia acabamos comprando um modelo com aro maior do que deveria, naquela ideia que nós por vezes temos de que as crianças "crescem rápido". E nessa rapidez com que imaginamos que o amanhã chega, deixamos de viver o hoje com a plenitude almejada. O resultado: nada de você andar de bicicleta! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No outro domingo, fomos andar novamente. Você é obstinada! Queria aprender! E foi bem melhor, mas ainda não era o ideal. Percebemos uma garotinha andando num modelo de bicicleta igual ao seu e com idade aproximada da sua. E ela andava bem com as rodinhas de apoio. As rodinhas dela eram maiores!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Filha, não há como descrever a sua emoção ao conseguir pedalar sua bicicleta por longos metros sem cair, sem derrapar, sem desequilibrar! Por toda a rua XV, neste domingo, todos os passantes podiam ouvir você gritar a cada 10 metros:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"UHUUU! EU APRENDI A ANDAR DE BICICLETAAAA! VIVAAA! EU TÔ ANDANDO DE BICICLETAAA! VOCÊ TÁ VENDO, MAMÃE?"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, filha querida, eu estava vendo. Um pouco mais atrás eu seguia andando, sorrindo de felicidade e, claro, chorando emocionada com mais essa sua conquista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E perdoa filha, perdoa a pressa dos seus pais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, no meu aniversário de 35 anos eu só te peço que continues a nos ensinar a viver bem o agora, a sentir essa alegria contagiante diante da vida, diante das conquistas vividas! Nos ensina a não desejar que o amanhã chegue tão depressa para que não deixemos de viver bem o hoje, tá?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Te amo, meu Bicho querido!</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw6mJX_BNGpvHOrvmdAG7yOTgZ6q-fixr8OfwYEQx7kQGgCwPhG4qKQwVKeO43jRnPCtw71pdByfuqjvzBtNKrwwAozDHCZlMKyVn2xYN460az520hmJBHw83E0qyc5U6V9FJTIp2w2fo/s1600/DSCN7014.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw6mJX_BNGpvHOrvmdAG7yOTgZ6q-fixr8OfwYEQx7kQGgCwPhG4qKQwVKeO43jRnPCtw71pdByfuqjvzBtNKrwwAozDHCZlMKyVn2xYN460az520hmJBHw83E0qyc5U6V9FJTIp2w2fo/s1600/DSCN7014.JPG" height="640" width="480" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Minha Pequena Grande Ísis!</div>
<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-55689608091675701282014-03-17T08:00:00.000-03:002014-03-17T08:00:06.944-03:00O Grito e o Grilo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Eu estava com pressa para sairmos, não lembro bem o motivo, se é que havia algum. O mais provável era que era apenas aquela pressa típica dos adultos, idêntica ao do coelho branco do País das Maravilhas. Estamos sempre atrasados!<br />
<br />
Minha filha resolveu abrir e fechar uma porta sanfonada que temos entre a sala e o corredor dos quartos. A porta é de madeira com vidro, bem pesada. Eu pedi que ela parasse, pois poderia trancar o dedo dela ou o do irmão, que já estava ali rondando a irmã.<br />
<br />
Óbvio que ela não fez o que eu pedi. Continuou a mexer na porta como se o assunto não fosse com ela. Eu pedi que ela parasse. O irmão começou a reclamar, pois agora ele me remenda: se eu chamo a atenção da irmã ele vem na cola reclamando com ela também! Com isso instalou-se o caos, porque ela não aceitou as reclamadas do irmão. Brigou com ele. Ele bateu nela.<br />
<br />
E eu?<br />
<br />
Eu surtei assim:<br />
<br />
CHEGAAAA! ÍSIS EU JÁ NÃO PEDI UM MILHÃO DE VEZES PRÁ VOCÊ PARAR DE MEXER NESSA PORTA? MAS QUE DROGA, MINHA FILHA! VAI JÁ SE SENTAR NO SOFÁ E FICA QUIETA ATÉ A GENTE SAIR!<br />
<br />
Quando ela tentou revidar a bronca eu dei mais um grito: SENTAAAA! AGORA!<br />
<br />
O caçula sentou no sofá rapidinho, o esperto. Ela foi sentar com os olhos cheios de água. Foi um susto me ouvir gritar daquele jeito. Felizmente, isso é raro, mas acontece ainda.<br />
<br />
Claro que eu me odiei no exato segundo em que parei de gritar. Mas aí, as palavras já haviam sido urradas. Lembrei mais uma vez da Ana Thomaz: sentir, não antagonizar de volta, deixar fluir o sentimento. Mas não consegui, não.<br />
<br />
Saí de cena por uns cinco minutos (ué, eu não estava atrasada até bem pouco tempo atrás?) e comecei a conversar comigo mesma.<br />
<br />
"Ok. Chutei o pau da barraca. Ferrou. Deixa eu me acalmar. Mas que droga, porque ela não pode fazer o que eu peço só uma vez na vida? Não, tinha que mexer na porta sem parar! Mas como está desobediente, pelamor! Até parece que eu não educo! E o outro? Agora deu para remendar o que eu digo, o danado! E bate, ainda por cima!<br />
<br />
Tá, calma. Eu errei. Sou a adulta aqui. Eu não precisava ter gritado. Eu poderia ter falado com firmeza, mas sem gritar daquele jeito. Que droga! Odeio gritar! Me sinto horrível e ridícula! Mas agora já foi."<br />
<br />
E então, depois disso, eu saí do banheiro onde fui me esconder depois do ataque e pensei em sairmos como se nada houvesse acontecido. Talvez fazer uma cara de <b>brava</b>, para que <b>eles </b>entendessem que haviam <b>me </b>chateado. Sim, é isso, sou a mãe, eles <b>tem que me obedecer</b>, me <b>respeitar</b>, fazer o que eu <b>mando</b>!<br />
<br />
Só que...eu tenho um grilo falante sobre os meus ombros. Já contei? Não? Pois é. Pelo jeito, depois de ter emendado o tal do Pinóquio, ele resolveu emendar a mim. Ai, ele me cansa! No mesmo instante em que eu pensei em sair de fininho pela porta fazendo ares de ofendida, sem nem dirigir o olhar àqueles pequenos meliantes mirins que atendem pela alcunha de meus filhos, o grilo, o chato do grilo começou a falar no meu ouvido assim:<br />
<br />
"Mas em? Não é você que vive dizendo aos seus filhos que <b>não se deve gritar</b> com as pessoas? Que não se deve <b>falar </b>desse jeito com os outros, porque é <b>desrrespeitoso</b>? E não é você que vive dizendo a eles que devem <b>pedir desculpas</b> quando machucam alguém? Não é você que vive repetindo que <b>a educação se faz pelo exemplo</b>? Belo exemplo, em? Gritar daquele jeito com duas crianças e nem pedir desculpas? Qual é a <b>frase </b>que você mais <b>odeia </b>mesmo? <span style="color: red;"><b>Faça o que eu digo, não faça o que eu faço</b></span>?"<br />
<br />
Eita grilo chato!<br />
<br />
Respirei fundo mais uma vez e desci do auto do meu autoritarismo. Ajoelhei na frente dos dois. Olhei dentro daqueles olhos que eu amo tanto, e que estavam tão assustados comigo!<br />
<br />
Eita grilo!<br />
<br />
"Ísis, Pedro, a mamãe gostaria de pedir desculpas por ter gritado com vocês antes. A mamãe não acha certo ficar gritando e não gosta de gritar com vocês. É que eu estava com pressa e vocês estavam mexendo naquela porta, que pode machucar, enfim, perdi a paciência. A mamãe não gosta de gritar, muito menos com vocês. Vocês me desculpam?"<br />
<br />
Sim, eles me desculparam. E a Ísis pediu desculpas por ter mexido na porta. E o Pedro pediu desculpas por ter batido na irmã.<br />
<br />
Eita grilo bão!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7aVhzw1N0qUDuszKcpJ3Cy6-6kQgvvcbVbztzF5d4g1TeGYZaB_lF_y1soG2ysbjUDJhFLTWdfei_JMJwTZjJUdL0MxBsT93zHZBzXFpXukrlPKLTObMLgKJBMc01x8n3a3MLIK13syQ/s1600/DSCN6448.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7aVhzw1N0qUDuszKcpJ3Cy6-6kQgvvcbVbztzF5d4g1TeGYZaB_lF_y1soG2ysbjUDJhFLTWdfei_JMJwTZjJUdL0MxBsT93zHZBzXFpXukrlPKLTObMLgKJBMc01x8n3a3MLIK13syQ/s1600/DSCN6448.JPG" height="480" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Eles são aqueles que jurei amar e respeitar, proteger e orientar. Com exemplos. Não com blá blá blá.</span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-76266594056155676332014-03-12T12:00:00.000-03:002014-03-12T12:00:01.229-03:002 anos! É tempo de festa!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
É tempo de celebrar!<br />
<br />
Eu sei, já escrevi isso nesta semana. Mas é que quem tem dois ou mais filhos, celebra mais! Ou ao menos celebra duplamente as mesmas coisas, ainda que de maneiras diferentes!<br />
<br />
Fevereiro é o mês de celebrar o nascimento do Pedro!<br />
<br />
Eu sei, fevereiro já foi, mas sou dessas que não consegue deixar prá lá, sabem? Ficou martelando na minha cabeça que vai ficar faltando essa postagem de aniversário se eu não escrever nada! E não é que eu tenha que me obrigar a escrever sobre o aniversário dele, nada disso, mas é que o tempo, esse danado, está escasso por aqui.<br />
<br />
Mas para o meu já nem tão pequeno infante assim, fica aqui registrado o seu segundo aniversário!<br />
<br />
E você, meu bebê misterioso<br />
Deixou o mistério de lado e se fez dengoso<br />
Do dengo e do chamego, nasceu o Infante<br />
Que de tão galante, sorri manhoso<br />
Revira os olhos, mostra o dentinho<br />
Dança na sala, pula na cama, voa como um avião<br />
Fala ezonta, coquega, quenhoca, popóta<br />
Tem olhos de jaboticaba e cabelos de trigo<br />
Ganhou novo apelido: agora és o alemão!<br />
<br />
Te amo! Te quero sempre "no lado meu"!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUX0Xs7atJz3ZCyDQ_b1wtY9H4DUsgIWjrXdoJQbnwRg23zvwE-EEDxabVozFkzUvc1vLa-Fe8pd2DUEwc1BA2uvM3gxbYVF-D6S6a4bIDmaycE98HhZ_VcUsZ6174LWUuchfjDrEIys/s1600/DSCN6661.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUX0Xs7atJz3ZCyDQ_b1wtY9H4DUsgIWjrXdoJQbnwRg23zvwE-EEDxabVozFkzUvc1vLa-Fe8pd2DUEwc1BA2uvM3gxbYVF-D6S6a4bIDmaycE98HhZ_VcUsZ6174LWUuchfjDrEIys/s1600/DSCN6661.JPG" height="480" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQxat1zpwfGCMA7wYAUfrxKu9IRAuwIvSL77irE2_TV9Ikb1qe_AqJQz14BnsfkVycM9DZtkN_ynqhGmKfMVNRiJhnhxT8VSwu6-yHD2d0gTHDkfYIrjzDKs1bpp6J9qHER98x1Tfl_8/s1600/DSCN6726.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQxat1zpwfGCMA7wYAUfrxKu9IRAuwIvSL77irE2_TV9Ikb1qe_AqJQz14BnsfkVycM9DZtkN_ynqhGmKfMVNRiJhnhxT8VSwu6-yHD2d0gTHDkfYIrjzDKs1bpp6J9qHER98x1Tfl_8/s1600/DSCN6726.JPG" height="480" width="640" /></a></div>
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-72087235139644234082014-03-10T08:00:00.000-03:002014-03-10T20:52:10.149-03:00Fadas carregadoras de mamadeiras usadas existem!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
É tempo de celebrar conquistas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O quinto ano da minha eterna pequena Ísis começou com um amadurecimento importante: o téti, sempre amado téti, salve, salve, ficou para a história. E foi tão simples, tão simples mesmo! Sem dor, nem sofrimento, nem choradeira. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A entrega das mamadeiras foi tão singela e ao mesmo tempo tão recheada da magia que ela tanto gosta! Não pude deixar de pensar que, de fato, quando deixamos a criança segura e quando respeitamos o seu tempo (e, porque não, o nosso tempo) tudo acontece de forma mais tranquila. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou contar como foi:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Relembrando: ela tomava de duas a três mamadeiras de leite de vaca com achocolatado desde que terminou minha licença maternidade. No começo era leite em lata, de marca conhecida, sem achocolatado, depois leite de caixinha de procedência desconhecida e com achocolatado. Foi sendo carinhosamente chamado de tétinho. E ela amava! E eu amava o fato dela amá-lo e isso compensava meu desgosto por ter acreditado que ela havia se auto desmamado tão cedo (8-9 meses). Essa história já foi contada diversas vezes em vários textos por aqui, com a tag "amamentação".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ano passado trocamos o leite de vaca por leite vegetal, e diminuímos as três mamadeiras para uma mamadeira apenas devido às inúmeras crises de bronquite que ela teve desde que chegamos em Blumenau.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então saímos de férias em dezembro e combinamos com ela que não levaríamos a mamadeira de téti nas primeiras duas semanas, pois estaríamos fora de casa e seria inviável fazer o leite vegetal. Ela aceitou bem e não pediu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando chegamos na casa dos avós, ela pediu o téti, mas como não havíamos comprado coco ou castanha para preparar o leite vegetal, ficou sem a mamadeira alguns dias, que foi substituída por suco natural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em janeiro, logo nos primeiros dias, resolvi conversar com ela. Falei que, quando as crianças estavam perto de completar cinco anos, como ela, normalmente já se sentiam seguras e preparadas para deixarem de tomar o tétinho na mamadeira. Já tinham a habilidade necessária para usar o copo ou a xícara.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ela ouviu atentamente, mas respondeu categoricamente que não estava preparada para deixar de tomar o tétinho. Depois de alguns minutos ela me disse que poderia deixar de tomar o téti da noite, que na verdade era suco natural na mamadeira, mas não o da manhã, que era o leite vegetal com achocolatado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certo. Ela não estava preparada. Vamos adiar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até que...ela viu um dia no supermercado um copo rosa com tampa e bico, tipo esses de treinamento, mas mais para criança maior, e quis um. Nesse momento, eu aproveitei o gancho e disse que aquele copo era apenas para crianças que já estavam preparadas para deixarem de tomar tétinho na mamadeira. Quando ela estivesse preparada, ela ganharia um. Disse isso e segui com o carrinho no supermercado. Ela veio correndo e me disse que já estava preparada, que eu podia levar o copo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejam, eu já havia tentado essa tática de comprar um copo ultra mega blaster legal para que ela deixasse de tomar leite na mamadeira, pelo menos umas 3 vezes, sem sucesso. Mas eu senti que dessa vez seria diferente. Sabem por quê? Porque pela primeira vez a proposta de trocar a mamadeira pelo copo havia partido DELA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Levamos o copo para casa e o primeiro dia foi um sucesso. Preparamos uma caixa bem bonita para ela entregar as mamadeiras dela e do irmão (o Pedro entrou de gaiato na história e aproveitamos para dar fim às mamadeiras de água e suco que ele ainda usava) para as fadas (ela AMA fadas), mas esqueci de fazer o ritual de colocar as mamadeiras na caixa e dar sumiço durante a noite. O resultado? No dia seguinte as mamadeiras ainda estavam sobre o meu forno, fora da caixa enfeitada. Ela viu e pediu tétinho na mamadeira. "O último, mamãe, para eu me despedir dele!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certo. Dei. Ela tomou, batemos fotos e foi realmente o ÚLTIMO. A caixa das mamadeiras para as fadas ainda ficou muitos dias sobre o meu forno, mas ela nunca mais pediu para tomar leite na mamadeira. E não foi apenas isso que mudou: ela decidiu que não queria mais tomar leite com achocolatado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos dias depois deixamos a caixa com as mamadeiras dos dois na lavanderia, numa noite de lua cheia, para que as fadas viessem buscar. Ninguém viu como isso aconteceu, mas no dia seguinte, a caixa havia desaparecido e as mamadeiras simplesmente deixaram de existir nas nossas vidas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O <a href="http://www.ebalivros.com.br/produto/id:32488">livro da Beth Bip</a> não conta, mas eu tenho certeza que existem fadas carregadoras de mamadeiras usadas em algum lugar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPw26UDXv7935-M-pDYGKx5_Q_6AMxn1YOpfGW45FASHBZmZt6H7Jo40q579cNK0e4LFRA5iJEPM6Wrkw-olvVIgpA7Czwg-retYk1qq21xazJGBDDsYpxrb2pKHYdw1OnKwSuatmjno/s1600/DSCN7039.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPw26UDXv7935-M-pDYGKx5_Q_6AMxn1YOpfGW45FASHBZmZt6H7Jo40q579cNK0e4LFRA5iJEPM6Wrkw-olvVIgpA7Czwg-retYk1qq21xazJGBDDsYpxrb2pKHYdw1OnKwSuatmjno/s1600/DSCN7039.JPG" height="480" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
Flus Hauss - Vargem dos Cedros - São Martinho/SC: certeza que existem fadas aqui!<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Update: A Martha, mãe da Laís, e autora do blog <a href="http://pequenalais.blogspot.com.br/2014/03/post-vip-100-mil-um-breve-relato-sobre.html">Minha Pequena e Eu</a>, me fez um convite que me deixou muito feliz: escrever um guest post em comemoração aos seus mais de 100 mil acessos! Passa <a href="http://pequenalais.blogspot.com.br/2014/03/post-vip-100-mil-um-breve-relato-sobre.html">lá</a>!</div>
</div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-16528850917483433092014-01-20T15:37:00.000-02:002014-01-20T15:37:07.343-02:00Porque eu devo seguir o meu coração<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
2014.<br />
<br />
Faz quase um ano que nos mudamos para Blumenau. Fazem alguns meses que eu ando escrevendo coisas meio melancólicas por aqui, meio reflexivas, meio sombras.<br />
<br />
Eu adoro a sombra. Sou amiga dela. Mas quando passamos muito tempo juntas podemos nos tornar bem chatas, nós duas! Eu e a sombra: duas velhas corocas a caminhar com braços cruzados nas costas, a reclamar do mundo, a refletir sobre ele, sobre nós duas e sobre a luz.<br />
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Eu adoro a luz. Sou admiradora dela, sabe? Daquelas fãs querendo ser amiga? Pois é...Seria algo assim como eu, Janine, fã de carteirinha da <a href="http://www.minhamaequedisse.com/">Roberta</a>, da <a href="http://www.pequenoguiapratico.blogspot.com/">Mari</a>, da <a href="http://www.superduper.com.br/">Anne</a>, da <a href="http://www.fotocecilia.blogspot.com/">Paloma</a>, da <a href="http://www.gama.com.br/">Ana Cris</a>, do <a href="http://www.facebook.com/ricjones">Ricardo </a>e tantas outras pessoas, que considero luz, mesmo com suas sombras. Daí fico boba, admirando, querendo me aproximar, querendo conviver mais. E fico paralizada. Não faço nada para conseguir o que desejo.<br />
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Ano passado foi assim.<br />
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Então, um belo dia, a minha amiga sombra, cansada talvez da minha companhia, resolveu sair de fininho, sem me avisar, foi se ausentando aos poucos e quando foi embora de vez me deixou um presente! Foi o melhor presente que eu recebi até hoje, depois do meu marido e dos meus filhos lindos.<br />
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Esse presente foi coragem! Coragem de decidir seguir em direção ao caminho que o meu coração estava pedindo.<br />
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E o que dizer? Desde então meus dias tem sido fantásticos! E eu vivo uma espécie de <i>brainstorm </i>pessoal. Coitado do marido que fica ouvindo minhas ideias mirabolantes. Feliz de mim que tenho quem ouça minhas loucuras e ainda me ame!<br />
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Mas tudo isso para contar, resumidamente, que desde novembro do ano passado estou licenciada para tratar de assuntos particulares. Este tipo de licença não me dá direito a nada (salário, benefícios, tempo para aposentadoria), mas me permite o vínculo, ou seja, não necessitarei de um novo concurso para retornar, se eu assim decidir, dentro de um prazo pré estabelecido e autorizado por lei. Durante a licença é como estar desempregada, com todas as desvantagens (e vantagens) que isso traz.<br />
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Filhotes estão comigo, pela primeira vez desde que terminaram as minhas licenças maternidade. O dia inteiro. Todo dia.<br />
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Uma decisão tomada foi a saída da Ísis da escola. Este ano, o último antes da obrigatoriedade, ela ficará sem a escola tradicional. E por escolha dela, com minha total aprovação e um certo desconforto do pai.<br />
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E se os primeiros dias foram de festa, de muita alegria e descontração, agora já estamos no nosso ritmo, as crianças estão vivendo seus dias mais tranquilamente (eu também), menos doentes e menos ansiosas da minha presença.<br />
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Eu, por minha vez, estou vivendo uma maternidade mais pé no chão, sabe? Sem aquela aura de saudade e nostalgia, de sonho e idealizada. Agora é o dia a dia, todos os dias. E se no começo eu achei que pudesse acontecer de eu me enganar sobre mim mesma e não querer essa convivência assim, tão diária, tão hora a hora, agora eu vejo que meus dias são ótimos, são aventura pura, são aprendizados mil, e são sempre uma oportunidade de auto conhecimento, empoderamento e reconhecimento de mim mesma e do outro.<br />
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Quase 3 meses de licença...quase 3 meses de foco em mim mesma, na minha família e na construção da realidade que eu quero para mim e para os meus.<br />
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Eu ainda tenho medo. Eu me sinto perdida muitos dias. Bate aquela insegurança, sabe? Será? Será mesmo que é esse o caminho que eu quero seguir?<br />
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Por enquanto a resposta tem sido sim.<br />
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E quando não for mais sim, que venha o não e toda a transformação necessária para uma vida plena, ativa e consciente.<br />
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E vocês? Como vocês caminham em direção àquilo que faz a vida de vocês mais plena?<br />
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Bom início de ano para vocês!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjwo-UhMI9JLBRNmNjeLSNrt5OGqDsHxJsKytDodGWCh_58Hefk1_Qoa91ix-ZBOntSI54owu23eqHQEjb-7AIAvd2RTLmsqbigzUyxPRH0q9RIsavTcaPoUod75oyANAFhLLEGx5zOm0/s1600/DSCN5926.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjwo-UhMI9JLBRNmNjeLSNrt5OGqDsHxJsKytDodGWCh_58Hefk1_Qoa91ix-ZBOntSI54owu23eqHQEjb-7AIAvd2RTLmsqbigzUyxPRH0q9RIsavTcaPoUod75oyANAFhLLEGx5zOm0/s1600/DSCN5926.JPG" height="640" width="480" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Arquivo pessoal. Praia de Carneiros-PE</span></div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-60303924351734827732013-12-16T08:00:00.000-02:002013-12-16T08:00:05.483-02:00Fechado para balanço!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAepQM_dfmcAxfBWHA6ocqmKyKGx32j_pj5Qy18fxSlF_yKWwb-PN9kyAnjP02uyWulQbL0AcDE4QF06VBpA9rL5qDQ60L8RaQA98vpPVksQ-aCVMRzuViZsvxhl3CeO2-Yusqmrm-gc/s1600/DSCN6025.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAepQM_dfmcAxfBWHA6ocqmKyKGx32j_pj5Qy18fxSlF_yKWwb-PN9kyAnjP02uyWulQbL0AcDE4QF06VBpA9rL5qDQ60L8RaQA98vpPVksQ-aCVMRzuViZsvxhl3CeO2-Yusqmrm-gc/s640/DSCN6025.JPG" width="640" /></a><br />
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<span style="font-size: x-small;">Praia de Carneiros-PE</span></div>
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Eu lembro daquelas frases nas portas das vendas, padarias, açougues de antigamente: fechado para balanço. O ano ia chegando ao fim e logo seria necessário fechar tudo, reavaliar, descansar.<br />
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Por aqui, ainda estamos de férias. Essas foram as maiores férias que tiramos desde que terminei o colégio! Passaremos as próximas semanas com a família e o blog vai ficar fechado até que 2014 seja parte do dia a dia.<br />
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Eu gostaria de agradecer imensamente a todos os visitantes.<br />
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Meu coração será sempre grato. A Ana Thomaz diz que é no antagonismo que crescemos. Eu sei que isso é verdade e este ano eu vivi isso na pele. Mas ela também diz que é no semelhante que buscamos forças para o nosso crescimento. Eu precisei muito de semelhantes este ano.<br />
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Por isso, por tudo de bom que vocês me trazem com suas visitas e, principalmente, com seus comentários e emails, recebam meu abraço carinhoso, recebam as flores que eu gostaria de ofertar a cada um de vocês.<br />
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E, com todo o amor que essas palavras podem carregar através de bites e bytes, meu carinho eterno a você <a href="http://www.minhapequenalais.blogspot.com/">Martha</a>, que compartilhou sonhos de um futuro melhor e as desavenças do horário comercial; a você <a href="http://www.maederna.wordpress.com/">Natalie</a>, que escreve tudo o que eu penso! Quase me sinto vc! <a href="http://www.cantodoconto.blogspot.com/">Betty Melo</a>, minha querida, obrigada por todo o carinho, pelos presentes para as crianças e por mais um convite para o curso de histórias sapecas...será que um dia eu consigo terminar? <a href="http://www.daniparideira.blogspot.com/">Dani Garbelini</a>, minha amiga virtual que virou real neste ano! Coisa boa contar sempre com seus pensamentos! <a href="http://www.superduper.com.br/">Anne Rami </a>e <a href="http://www.vidativa.blogspot.com/">Ana Thomaz</a>, minhas musas! Eu me sinto muito mais a vontade comigo mesma desde que conheci vcs! <a href="http://www.viagensdeprimeiraviagem.com.br/">Dani Rabelo</a>, obrigada pelos emails, pelos comentários, pelo compartilhamento de vida! Mauricio Curi, obrigada pelo maravilhoso "<a href="http://www.youtube.com/dialogos">Diálogos</a>" e a série sobre educação livre! <a href="http://www.feministacansada.com/">Feminista Cansada </a>e <a href="http://blogueirasnegras.org/">Blogueiras Negras</a>, obrigada por me fazer entender sentimentos e por traduzirem meus pensamentos e me auxiliarem a compreender o diferente.<br />
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A gente se vê em 2014! E que esse ano nos traga muito mais do que a Copa do Mundo de Futebol!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ6xrcmu7OOPwhLJrfAWQPEIQgYeAHqPoeS39uxa0FKaFQOQhc6ofjHGjQg91bykbmePvRPzbq6OxeKTPSyfPcA_-YpDPXL1Hb6I8VgEO8ZXC1p0pUXpdLFKdz317mQCzI-fvDut23aKc/s1600/DSCN6343.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ6xrcmu7OOPwhLJrfAWQPEIQgYeAHqPoeS39uxa0FKaFQOQhc6ofjHGjQg91bykbmePvRPzbq6OxeKTPSyfPcA_-YpDPXL1Hb6I8VgEO8ZXC1p0pUXpdLFKdz317mQCzI-fvDut23aKc/s640/DSCN6343.JPG" width="640" /></a></div>
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<span style="font-size: x-small;">Extremo oriental das Américas e eu ganho uma frase para terminar o ano</span></div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-68762410986494275712013-12-10T08:00:00.000-02:002013-12-10T08:00:12.288-02:002013: o ano em que eu parei!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Havia rumores de que o mundo acabaria em 2012, mas ele não acabou. E como a Terra continuou girando feito bola lá no céu, eu escrevi um texto de resoluções, sabem?<br />
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O interessante em textos e listas de resoluções é que a gente pode visitar as ideias que teve um dia, quando o hoje era ainda o futuro inesperado. E quantas surpresas os desejos revelados podem nos trazer!<br />
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Em 27 de dezembro de 2012 eu estava em clima de encerramento de ano com muita esperança pelo 2013 que já se anunciava. Muitas vontades! A maioria eu consegui realizar, vejam só que coisa boa! Outras ainda estão em processo, mas já estão seguindo o rumo certo, o caminho estreito dos sonhos que se tornam realidade! Querem ver?<br />
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No final de 2012 eu queria me REENCONTRAR! Quando escrevi isso não sabia bem o que significava. Era um desejo forte, difícil de traduzir em palavras. E em 2013 eu me reencontrei! Creio que somente o período puerperal das minhas duas gravidezes foi tão intenso no encontro comigo mesma, com minhas sombras e luzes! 2013 foi mágico, foi difícil, foi longo, foi solitário, dolorido. Foi verde, cinza e termina multicor!<br />
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Eu andei mais, consumi muito menos, mas não consegui manter minha horta no apartamento. A horta vai ficar para 2014!<br />
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Continuo ótima em bolos, mas, apesar de fazer algumas receitas de pão, apenas um pão de centeio ficou bom. Os outros ficaram passáveis...Ainda há muito que aprender! Biscoitos ficaram horríveis, devo dizer, e eu descobri que não tenho saco para moldá-los. Ano que vem comprarei forminhas, vamos ver se ajuda!<br />
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Eu deixei de consumir refrigerantes, suco de caixinha, vegetais enlatados. Aumentei o consumo de frutas e vegetais orgânicos. Ainda tenho potes de plástico na cozinha, mas eles são poucos e servem para levar o lanche frio nos passeios. Potes de vidro de geleia e molho de tomate são meu novo vício. Só para eu morder mais uma vez a minha língua! (Eu costumava reclamar que a minha mãe guardava esses potes sem nunca usá-los. A diferença é que eu os uso em casa e para presentear! A vida é um eterno retorno com melhorias.)<br />
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Aprendi a fazer geleia, requeijão, ricota. Voltei a fazer maionese caseira. Abolimos o leite de vaca de caixinha, mas consumimos iogurte, manteiga e queijo.<br />
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Orgulhosamente diminuímos a quantidade de carne consumida e a maioria dos dias da semana já são vegetarianos! Consumimos muito menos industrializados e eu virei <i>expert</i> em refeições completas em 30 minutos! Se cuida Jamie Oliver!<br />
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Abri mão da empregada e desisti da babá depois de algumas tentativas frustradas. Mantive o Pedro fora da escola e a Ísis em meio período. Ano que vem, a Ísis sairá da escola (eles querem alfabetizá-la com 5 anos!) e o Pedro se manterá fora dela por mais um ano.<br />
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Eu não mudei muito o blog. Descobri que gosto mais de tatuagens na pele do que de brincos na orelha. Descobri também que gosto mais de <i>piercing </i>no nariz do que de colar no pescoço. Preciso recolocar o meu, que caiu quando o Pedro ainda era recém nascido.<br />
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Faz 1 mês que voltei a fazer atividade física regular! E que bem ela me fez! Melhorou a dor nas costas, a disposição!<br />
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Não revi a família tanto quanto gostaria, mas reencontrei amigas queridas.<br />
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2013 foi o ao de sair da teoria e de dar o primeiro passo rumo à mudança de realidade. Foi o ano de dar valor ao menos, ao silêncio. Dar valor ao hoje. Hoje é o que eu tenho, o resto, ou é passado, ou ainda não chegou, é ilusão!<br />
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E em 2014? O que será que ele me reserva?<br />
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Eu só tenho 1 desejo para 2014: a cada dia, em cada ato, em cada palavra, fazer com que o meu tempo aqui valha à pena!<br />
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E vocês? Já pensaram qual a realidade que vocês querem para o próximo ano?<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixIb9x4S57vL2-rcugBujQdXQebBV3NuoJ1kmbDNqN4Cdur-28Q_Kk_U1QJbu2Cy4QcQI0J3vUGYUeFsqqUgFTFQVBmBLJV_9RX6FuB70boZmOYVU1oLsf9WW6v4G7hdjZhXHKUWbD-Ho/s1600/DSCN5646.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixIb9x4S57vL2-rcugBujQdXQebBV3NuoJ1kmbDNqN4Cdur-28Q_Kk_U1QJbu2Cy4QcQI0J3vUGYUeFsqqUgFTFQVBmBLJV_9RX6FuB70boZmOYVU1oLsf9WW6v4G7hdjZhXHKUWbD-Ho/s640/DSCN5646.JPG" width="640" /></a></div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-78061144208759029542013-12-02T08:00:00.000-02:002013-12-02T08:00:07.655-02:001 ano e 9 meses e o ano que entra na reta final<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia_8NM4z3gAmtUoTgz642jiX5oN-QP2y1lP-nMt0K4vdDwykRMy5hDei_SAVzK13s_1L_KMy8B4NiKvSabgUX4Bh5pZ97GOjgLRPDB-9QDXQchf-WmH8293JAFA1Gzb9W5dTOT3KnJias/s1600/DSCN5572.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia_8NM4z3gAmtUoTgz642jiX5oN-QP2y1lP-nMt0K4vdDwykRMy5hDei_SAVzK13s_1L_KMy8B4NiKvSabgUX4Bh5pZ97GOjgLRPDB-9QDXQchf-WmH8293JAFA1Gzb9W5dTOT3KnJias/s640/DSCN5572.JPG" width="480" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b style="font-size: x-large;">Dezembro </b>começou e as férias chegaram para nós! Viva! Não voltaremos à rotina antes do natal e a internet vai ficar meio de lado nesses dias, blog inclusive, mas não posso deixar de registrar pequenas gostosuras do Pedro, do alto de seus 1 ano e 9 meses!<br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">Palavrinhas, para não esquecer de lembrar...</span></b><br />
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- cucute: cocuruto (nuca)<br />
- papai ioiéu: papai noel<br />
- atal: natal<br />
- palalisso!: para com isso!<br />
- pafalá: para de falar!<br />
- num picisa: não precisa, que significa "não quero"<br />
- papato: sapato<br />
-ivo: livro<br />
- inhá: desenhar<br />
- apitá: apertar<br />
- putinha: frutinha, que é melão, uma de suas frutas preferidas<br />
- puta: fruta<br />
- fijão: feijão<br />
- vavoi: por favor<br />
- bigada: obrigada<br />
- culate: chocolate<br />
- dilícia: delícia<br />
- capelo: cabelo<br />
- siguiu: conseguiu<br />
- cola: escola (da mana)<br />
- tabalá: trabalhar<br />
- audá: ajudar<br />
- aua: água<br />
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<br />
<b><span style="font-size: large;">Comportamentos diários e a rotina doce:</span></b><br />
<br />
<b>Querendo mamar:</b><br />
Ele pede "mamá" e faz um barulhinho com a boca que lembra um beijo, mas é imitando o movimento da boca enquanto está mamando. Antes ele apontava com o dedo, agora ele aponta com a boca fazendo bico.<br />
<br />
<b>Querendo muito alguma coisa:</b><br />
Ele estende as mãos para a frente e sacode para cima e para baixo, pedindo mesmo, e dizendo "vavoi". Se a gente não ouve, ele não hesita em gritar "vavoooooiiiiiii".<br />
<br />
<b>Comendo bem:</b><br />
Ele bate fácil pratos maiores que o da irmã e pratos mais diversificados. Como muito bem e hoje pesa 11,4 quilos. Demorou um ano para engordar 1,4 quilos. Mesmo comendo super bem e mamando. Adora beterraba, banana, melão, feijão, ovo, biscoito de cacau e de nata, bolo caseiro da mamãe, pipoca, pão com manteiga, queijo, mamão, tomate, ervilha e milho, azeitona, castanhas em geral, macarrão alho e óleo, sopa de ervilha, risoto, chocolate, bala de canela (qualquer bala na verdade), farofa.<br />
<br />
<b>Não come:</b><br />
Abacate, folhas cruas em geral, pizza, carnes em geral, peixe, repolho cru.<br />
<br />
<b>Sono:</b><br />
Ele nunca dormiu uma noite inteira mas agora costuma acordar apenas uma vez na madrugada (por volta das 03:00 horas. Dorme tarde, é bem difícil dormir antes das 22:00 horas. Faz apenas uma soneca a tarde, entre 1,5 e 2 horas.<br />
<br />
<b>Bicota:</b><br />
Faz quase uma semana que perdemos a bicota numa padaria e como ele só usava para dormir, deixamos sem. Pediu um dia e não pediu mais. Não alterou o padrão de mamadas, mas o pai sofre para acalmá-lo de madrugada, ou seja, sobrou para mim!<br />
<br />
<b>Atividades:</b><br />
Adora desenhar sol e caracol. Fica imaginando formas na pipoca. Quando está vendo um livro de que goste quer entrar nele e fazer parte das imagens. É difícil fazê-lo entender que aquilo é só um desenho. Ele chega a fazer o movimento correto, como se de fato estivesse lá dentro. Adora brincar com carrinhos e aviões. Adora qualquer coisa que tenha rodas e brinca mais com o carrinho de bonecas da irmã do que ela própria. Adora bola e cabelo de bonecas. Gosta de pular e dançar.<br />
<br />
<b>Fofurices:</b><br />
Adora deitar na minha cama e quando faz isso exclama "que dilícia". Quando estamos deitados ele sempre fica grudado e se estamos longe dele pede para chegarmos mais perto com um lindinho "chega mais". É beijoqueiro ao extremo! Adora receber e dar beijinhos. Adora o cabelo das pessoas e a cosquinha que ele faz!<br />
<br />
<b>Comunicação:</b><br />
Fala pelos cotovelos, ainda que seja levemente na dele. Forma frases muito bem e sabe expressar o que quer e o que não quer. Quando contrariado, chora, se joga para atrás, se joga no chão e arremessa longe o que estiver na sua mão. E ainda diz "zogô lonze", jogou longe!<br />
<br />
<b>Ferinha:</b><br />
Gosta de provocar a irmã e está sempre tentando chamar a sua atenção, seja chamando, beijando, alisando ou puxando o cabelo, dando tapas, beliscando. Se pedimos que não faça algo, ele faz (ou tenta fazer mesmo assim) com a cara mais malandra e safada desse mundo.<br />
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-67204395117168250362013-11-26T08:00:00.000-02:002013-11-26T08:00:11.257-02:00O meu machismo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxO0i5m3_vCUEIW6N8diSxa-GtbMqO3dI2bYzJKTapYqJIA29gW87Uvq8m_SjbVrUEZj9DT33P-D6NJ5OkD8yzTeTWMT9h51xjPeOBfC4VhJO_0tSwPpAlsA6QmqfZ4nteWK1jV9HmIB0/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxO0i5m3_vCUEIW6N8diSxa-GtbMqO3dI2bYzJKTapYqJIA29gW87Uvq8m_SjbVrUEZj9DT33P-D6NJ5OkD8yzTeTWMT9h51xjPeOBfC4VhJO_0tSwPpAlsA6QmqfZ4nteWK1jV9HmIB0/s640/large.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="http://weheartit.com/entry/62844091/search?context_type=search&context_user=LuizaFLima&query=menino+com+gaiola">Imagem</a></span></div>
<br />
Hoje pela manhã eu estava passando um creme hidratante no rosto (que é também anti rugas e filtro solar, porque os 35 anos estão ali virando a esquina) quando o Pedro me pediu para passar o "quême". Olhei para ele e coloquei um pouco do hidratante infantil que as crianças usam após o banho na sua mão. Ele passou no rosto, como eu, depois olhou para mim e disse "cheôso".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem a Ísis estava brincando com suas presilhas de cabelo, suas piranhas e tic-tacs. O Pedro chega na sala com um tic tac na mão e pede "mamãe, qué butá titac a cabelo". No cabelo dele. Não no meu, nem do da irmã. Eu coloquei nos quatro fiapos que ele tem sobre a testa. Ele disse "olá a espêlo" e saiu em direção ao espelho que tem no nosso corredor, onde ficou alguns minutos admirando a própria imagem com o tic tac no cabelo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Semana passada eu estava fazendo o almoço e os dois estavam num silêncio...eu estava prevendo alguma picaretagem daqueles dois, porque silêncio de criança é lambança na certa, quando eles aparecem na cozinha completamente maquiados! A Ísis já alcança nas minhas maquiagens e ela maquiou-se e ao irmão. Eu disse que estavam lindos, claro, mas pedi que ela não usasse as minhas maquiagens, que eram de adulto. Eu compraria uma de criança para eles. Para ELES, não para ela somente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando eu me ouvi dizendo que compraria uma maquiagem para eles, assim, naturalmente, eu me dei conta que havia vencido uma etapa importante no meu machismo. Eu havia ultrapassado a linha imaginária que separa as brincadeiras em brincadeiras de meninos e de meninas. Eu havia vencido em mim mesma esse preconceito.<br />
<br />
Porque a minha filha, ao ver o irmão com um tic-tac no cabelo, logo dizia que ele não poderia usar, pois não era coisa de menina. Juro que ela não ouviu isso aqui em casa, mas ela sempre diz algo assim quando o irmão quer brincar com as coisas dela. Eu sempre digo que não existe isso, de coisa de menina e de menino, que brincadeiras são para os dois, que ele está curioso e quer experimentar e tals. Que assim como ela gostava de jogar futebol e brincar com os carrinhos, ele também poderia querer brincar com as bonecas e os apetrechos de cabelo. No fundo eu me esforçava para agir assim, mas sentia uma ponta de desconforto com a cena. Eu precisava me livrar desse preconceito e amar, de fato, a liberdade que eu queria para mim e para meus filhos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Houve um tempo em que o meu machismo exacerbado me dizia que homem não usa produtos cosméticos, não usa brinco, não se veste assim ou assado. Não usa cabelo comprido. Sério. Essa era eu, machistazinha do carai do alto dos meus vinte e poucos anos. Ainda bem que passou!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ter um casal de filhos em casa me faz rever muitos conceitos na prática. Eu sempre tive o discurso de que a minha filha poderia fazer o que quisesse. Se ela quisesse jogar futebol, brincar de carrinho, cursar artes marciais, usar cabelo curto e se vestir como um menino, ela poderia. Sem problemas. Ela seria criada livre para poder escolher o que quisesse. Sem estereótipos.</div>
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<br /></div>
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Mas o meu discurso de liberdade logo teve que ser testado quando meu filho nasceu e alguns meses depois nos deparamos com diversas situações como as que descrevi acima. E eu resolvi deixar a hipocrisia de lado, vencer meu machismo enraizado e discursar igualmente em prol de liberdade para o meu filho: ele pode usar as presilhas da irmã, usar hidratantes, brincar de bonecas e panelinhas, usar maquiagem, fazer aulas de artesanato e balé. Sem estereótipos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem sido difícil e ao mesmo tempo libertador. Tem gerado algumas discussões em casa sobre machismo, alguns ensinamentos para minha filha, que já vem trazendo o discurso "de menino", "de menina" da escola e da convivência com outras pessoas, com a família ou filhos de amigos e vizinhos.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De lá para cá eu aprendi que não posso exigir liberdade para eu ser quem eu quiser ser, usar o que eu quiser usar, ser dona do meu corpo, e ao mesmo tempo não conseguir usar esse discurso com meu filho.</div>
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<br /></div>
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Eu penso que o fato dele ter liberdade para fazer e experimentar as cores, as brincadeiras, as fantasias infantis, fará com que ele tenha mais respeito pelo universo feminino. Esse universo fará parte dele, será integrador de sua personalidade. Assim como usufruir das brincadeiras do irmão fará parte da personalidade da minha filha e ela poderá, realmente, se sentir em equidade com ele. Afinal, ambos vivenciarão brincadeiras e fantasias semelhantes.</div>
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<br /></div>
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Saber que você pode ser quem quiser sem se preocupar com o julgamento do outro é libertador. É um encontro íntimo consigo mesmo. Ao mesmo tempo, quando através das vivências, que são as brincadeiras da infância, conseguimos nos colocar no lugar do outro, experimentar, criar, isso nos fará adultos com maior empatia, maior capacidade de aceitar aquilo que difere de nós, até porque esse diferir será apenas uma questão de escolha e personalidade. Será aquilo que nos faz únicos no mundo.<br />
<br />
Quando permitimos que as crianças vivenciem a infância sem esterótipos estamos permitindo que esse encontro consigo mesmo ocorra desde sempre, facilitando o processo de autoconhecimento, que é o grande propulsor das mudanças que queremos para nós, para eles e para o mundo.</div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-87020921494631966592013-11-19T12:00:00.000-02:002013-11-19T12:00:03.101-02:00 Des-desmamar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gyGNSM2sNgmubGzgBwa5MFuPqjt4e5k9v5J7Dmx3JI23c496mHWTzkbMgjha2imiJiAhEFjiHcBeV3PQcjKh3y2LbPtCKeH4a0aVRct7oFOJgRvRyCMCidQn7xnS9b0BW8kr1snEDfs/s1600/DSCN5545.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gyGNSM2sNgmubGzgBwa5MFuPqjt4e5k9v5J7Dmx3JI23c496mHWTzkbMgjha2imiJiAhEFjiHcBeV3PQcjKh3y2LbPtCKeH4a0aVRct7oFOJgRvRyCMCidQn7xnS9b0BW8kr1snEDfs/s640/DSCN5545.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Parque Ramiro H., Blumenau-SC</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Desmamar dá a ideia de que a criança é ser passivo no processo lento e gradual de abandono da via de alimentação materna para as vias alheias ao leite materno. Um processo que corre lento e gradual desde o momento em que o bebê coloca a primeira comida na boca.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por aqui estamos nos aproximando dos 24 meses de amamentação. E o processo de desmame já está bem visível, bem paupável. Mas eu não tenho nada a ver com isso. O Pedro, penso, vai se autodesmamar. Vai cumprir o seu tempo - assim como o fez para nascer - ao seio e vai deixá-lo quando estiver pronto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De minha parte fico mega feliz por estar ultrapassando em muito a marca da irmã mais velha, que não chegou nem aos 12 meses de amamentação, meta modesta que eu tinha lá nos idos de 2009. Durante alguma tempo eu acreditei que o demérito pela marca da Ísis era todo meu. Hoje eu sei que não é bem assim. O mérito de eu ter conservado a ilusão de que a amamentação dela foi no tempo dela, quando ela não quis mais, é dela, afinal, ela ainda não falava, já usava chupeta, tinha colo e mantinha para o aconchego e leite de vaca na mamadeira. Ela se adaptou muito rápido e isso fez com que eu vivesse na ilusão de que era o tempo dela. E a linha de pensamento sobre amamentação nos tempos da mamadeira que corre hoje também é merecedor de medalha na minha doce ilusão.</div>
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<br /></div>
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Hoje, liberta desse véu, eu sei que não foi. Mas não posso mudar o que já passou, só melhorar o que está por vir. Neste sentido, tive que trabalhar em mim a minha própria visão do aleitamento artificial dela. E vou te dizer: sou dependente da mamadeira dela. Tenho num processo muito enraizado na minha mente que só conseguirei desmamá-la da mamadeira quando desmamar o Pedro. Não faz sentido, eu sei, já que os dois tem 2a9m de diferença. O normal seria que ela desmamasse primeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eu já dei um passo. Mudamos o leite de vaca para leite vegetal, e como dá trabalho e é caro, ela agora só toma pela manhã. À noite é suco. Mas, na mamadeira. Tenho planos mais recentes de tentar desmamar da mamadeira - já não tanto do leite - ano que vem. Veremos. Preciso trabalhar melhor esta questão em mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ser que o fato de eu ter amado amamentá-la, mas não ter tido forças, coragem, informação, empoderamento suficientes para bancar essa amamentação pelo tempo mínimo desejado na época - 1 ano - tenha feito com que eu me sinta muito mal por tirar dela aquilo que eu mesma lhe impus em detrimento do meu próprio peito: a mamadeira. Muito mais que o leite em si. A minha mente sacana pode estar me mandando a mensagem de que eu recusei o meu peito a ela quando ela ainda não tinha voz para dizer o que queria, então, agora que ela me diz que quer o tétinho, não posso simplesmente não dar. Difícil, né?</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que eu sei que a culpa não é minha somente. Eu sei e entendo todo o poder da indústria, do capitalismo selvagem, da mecanização da vida, do esquecimento de vivências de processos tão antigos e naturais como amamentar os próprios filhos. Eu sei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nas minhas sessões de autoterapia - ou maternoterapia, hoho - eu estou melhorando, um dia de cada vez. Chegarei lá com ela, eu sei.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando ao Pedro, bem, ele já iniciou seu processo de desmame, lá atrás, quando começou a ter curiosidade sobre os alimentos sólidos. Porque o desmame começa assim: quando a criança-bebê começa a se alimentar com outras fontes de alimento que não mais somente o leite materno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O leite materno continua como fonte principal da alimentação por muitos meses ainda, depois passa a ser complementar - fase em que estamos agora - para somente depois, bem depois, deixar de ser necessário.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quem diz quando não é mais necessário o aleitamento? A OMS diz que por 2 anos OU MAIS a criança poderá ser amamentada. Todos os dias são descobertos novos fatores nutricionais no leite que são excelentes para a criança mais velha - e que uma empresa já artificializou em lata! Então, se o leite continua ótimo mesmo muito depois dos 2 anos, ao contrário do que reza o senso comum, quando seria a época certa para desmamar a criança?</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para MIM a resposta foi óbvia: é a criança quem decide o momento em que está pronta para desmamar totalmente. É ela quem ultrapassa a linha da maturidade necessária, seja emocional, seja fisiológica, para dar <i>adeus</i>, <i>obrigada pela força aê</i>, <i>a gente se vê numa outra vida irmão</i>, ao seio materno.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu passei a acreditar depois de muito ler e meditar que, obviamente para MIM, assim como é o bebê quem deve decidir o momento certo para o seu nascimento, é a criança quem decidirá o momento certo para o seu desaleitamento. É ela, pequeno serzinho criador de realidade, quem decide. Não sou eu nem ninguém, ainda que eu possa dar umas incentivadas aqui e ali, como no desfralde.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje o Pedro quase não solicita o peito. Creio que em dias normais - entenda-se na rotina de casa e sem doenças paralelas - ele peça para mamar umas 2 vezes no dia. Eu ofereço o dobro disso, e ele recusa educadamente, ainda incorretamente do ponto de vista da língua portuguesa: "não, bigada". Sinal de que não há o famoso vício de peito, afinal quem é viciado em alguma coisa, não a recusa tantas e tantas vezes seguidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu seguirei oferecendo, mesmo sem ele pedir. Já pensei nisso também. Oferecer, ou não? Daí um dia eu me dei conta de que ofereço várias vezes várias coisas, mesmo que ele recuse. Água, por exemplo. Eu ofereço, ele recusa, mas sigo oferecendo porque sei que é importante para ele. E estabeleci um prazo para meu oferecimento: os dois anos. Ou mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De qualquer maneira, a certeza que eu tenho é que não importa muito o que eu vou fazer. A escolha sobre o desmame completo será do ator principal desta história de amamentação e que atende pelo nome e alcunha de Pedro, o Infante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Pedro, o Infante: nascendo e mamando a seu tempo."</div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-69339059802604792212013-11-12T14:59:00.000-02:002013-11-12T14:59:14.033-02:00Escolha, consciente, vida, ativa.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkeVNiylNkdYzZy6VbZ7ld0EyUV4SJ7zCxAg54VR03MyLtxIwBtGNC0uI6jpFCBOpVXMkIuuLa5O-xrgkFlAS5PU3MLZ3ArboXhjaOMIYAJjMX76oiH4c43a9rx_P-_c_bsiV9Cy_HL2g/s1600/DSCN5660.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkeVNiylNkdYzZy6VbZ7ld0EyUV4SJ7zCxAg54VR03MyLtxIwBtGNC0uI6jpFCBOpVXMkIuuLa5O-xrgkFlAS5PU3MLZ3ArboXhjaOMIYAJjMX76oiH4c43a9rx_P-_c_bsiV9Cy_HL2g/s640/DSCN5660.JPG" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Crepúsculo, Praia do Forte, Floripa-SC</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">Eu já acompanhei muitos blogs desde 2009, quando a Ísis nasceu e eu entrei, sem querer, no blog da Mari, do Pequeno Guia. De lá para cá, é clichê e real dizer que muitas coisas mudaram. Em mim e na blogosfera materna.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
A grande maioria dos blogs maternos da época em que eu comecei já não estão mais ativos. Ou estão fechados, ou estão em stand by.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A grande maioria das mães que eu acompanho (ava) desde 2009, já tem filhos da idade da Ísis, algumas tem filhos um pouco mais velhos, muitas tiveram um segundo filho. Raras tiveram mais de 2 filhos. E eu percebi nelas o que vem acontecendo em mim: os textos rareiam na proporção em que os filhos crescem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há muitas explicações para isso, eu tenho as minhas próprias justificativas para escrever bem menos por aqui. Não há um único motivo, mas hoje eu sinto na pele o que já era discutido nos posts das mães dos pequenos lá em 2009: a privacidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu descobri que uma coisa é você compartilhar textos fofos, que falam sobre o desenvolvimento dos filhos enquanto estes são bem pequenos. Por mais complexo que isso fosse para mim quando eu era mãe apenas da Ísis, nem se compara às questões de hoje em dia, quando tenho uma meninota de 4 anos e um menininho que já já faz 2 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Falar abertamente sobre as noites em claro, sobre a chupeta, a mamadeira, a amamentação, o parto, a alimentação, as gracinhas, as escatologias, enfim, tudo que se refere ao dia a dia com bebês é muito mais fácil e leve do que falar abertamente sobre a maternidade depois dos 2 anos de vida dos filhos. Falar da maternidade com foco apenas na criança é muito mais leve que falar com foco na mãe, no pai, na vida profissional, na sociedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando os filhos são ainda bem pequenos e quase sempre seguem um rito meio linear de passagem dos meses rumo aos 2, 3 anos, é tudo muito similar na minha, na sua casa e na de tantos outros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E depois...bem, e depois você descobre que existe um mundo lá fora que precisa urgentemente de pessoas mais generosas vivendo nele. Para falar apenas uma palavra. E pior...você descobre que as teorias todas, das melhores às piores, são só isso mesmo: teorias. Funcionam hoje e podem (e provavelmente não vão) funcionar amanhã. E finalmente, a junção de palavras como: escolha, consciente, maternidade, ativa, finalmente faz sentido. E você precisa atravessar a linha que separa a linda teoria da prática. Das duas uma: ou você se mantém no campo das teorias, que é ótimo e eu adoro porque não exige muito esforço; ou você atravessa a linha imaginária rumo à prática. É aí que o gigante adormecido (hoho) acorda em você.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é que haja uma teorização lá atrás e uma prática aqui na frente. Não. Mas o exato momento em que eu decidi bancar minhas escolhas fez com que uma avalanche de acontecimentos, sentimentos, vivências, eclodisse na minha vidinha pacata de mulher, mãe, esposa, profissional.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não é fácil bancar escolhas. A gente sai do lugar comum, sai da zona de conforto e, sem querer, confronta muitas pessoas, muitas organizações sociais, relações de trabalho. Sem querer. Apenas porque agora a escolha é consciente, e nem sempre vai ao encontro - na maioria das vezes vai de encontro - ao que reza o senso comum.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se aqui na blogosfera é fácil encontrar listas de famílias que se pautam pelos mesmos conceitos que eu trago comigo, na vida real é bem difícil. Ainda mais quando a forma como você vê o mundo vai de encontro ao mundo que você habita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que fazer então? Mudar de mundo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo isso para dizer que eu sumi por razões bem pessoais. Sumi pela necessidade de privacidade, já que, infelizmente, muito do que eu escrevo não atinge apenas positivamente as pessoas. Quando essas pessoas estão distantes, é uma coisa, mas quando elas estão ali do lado, bem, fica muito difícil escrever livremente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que me faz lembrar do hábito que algumas pessoas adquiriram de escrever um texto e colocar logo abaixo a interpretação do texto, no melhor estilo "aqui neste texto você leu que:"; "aqui neste texto não está escrito que:". Pode ser uma alternativa, mas ficaria muito cansativo e menos poético. Tenho uma leve tendência a poetizar boa parte dos meus textos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que me faz lembrar do motivo pelo qual eu desisti de jornalismo no vestibular de 1996 e encarei a nutrição: eu gosto de me sentir livre, não tolero subordinação e servilismo. Não me considero melhor do que ninguém. De verdade. Mas, importante lembrar, que também não me considero pior. Não toleraria ter que escrever sobre coisas que nada significam para mim, ou escrever sem alma. Ou escrever com medo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"A minha alma tá armada e apontada para a cara do sossego, pois paz sem voz, não é paz, é medo".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXV-11yDQGvghmTC-HNz4ghmatfhpva4-UqWqMCUNk_g_ZmHaU38VuHk3j2bOEGvfYquSeCGzhz2DMMfzGegPGfzEkRLRiREA4DdaZGtxXXKzCkwfCavgpc2LgHne6EM7EvR_jVuDJS7Y/s1600/DSCN5510.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXV-11yDQGvghmTC-HNz4ghmatfhpva4-UqWqMCUNk_g_ZmHaU38VuHk3j2bOEGvfYquSeCGzhz2DMMfzGegPGfzEkRLRiREA4DdaZGtxXXKzCkwfCavgpc2LgHne6EM7EvR_jVuDJS7Y/s640/DSCN5510.JPG" width="640" /></a></div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Aqui também há rosa para meninas e azul para meninos. Mas isso não é uma regra.</span></div>
</div>
<div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-80550809966624553652013-10-04T10:44:00.001-03:002013-10-04T10:44:21.790-03:00Das coincidências e dos sinais. E do medo.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Existe uma coincidência no nascimento dos meus dois filhos. Ambos nasceram sob o número 503.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
503 era o número do quarto do Centro Obstétrico do Hospital da Unimed em Joinville, onde eu e a Ísis ficamos por duas noites após seu nascimento.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGg_yDcsQOtmonvg2QFOzJJ3zZJj55zyiIXv0W8DnVlLL6Pl95zC6nhvxhlfWMcgYNwdo3vMAvZxcVMKIdExwqOS36tF2GKjhIM44Xa5Um2yto-qjemWj4oSe-PM6etBe3F6YIgbV6ldE/s1600/PB050123.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGg_yDcsQOtmonvg2QFOzJJ3zZJj55zyiIXv0W8DnVlLL6Pl95zC6nhvxhlfWMcgYNwdo3vMAvZxcVMKIdExwqOS36tF2GKjhIM44Xa5Um2yto-qjemWj4oSe-PM6etBe3F6YIgbV6ldE/s320/PB050123.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
503 era o número do apartamento que nós alugamos em Porto Alegre, para torná-lo nosso lar temporário, aquele onde o Pedro nasceria.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnFib3Bnt6AMzGJ1caOJa7YlG_t6u9MTJs0zpSIjYI1x_i7YbG1fyz7yzEXXu1sF7M1JZjqQwSZxm2trdFQ55BA92PA-UXfe7UpiZPbvUmQjZbtxS_Z_vHb3-kSQdLHPPHZnEB_SdO5Qk/s1600/DSCN1547.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnFib3Bnt6AMzGJ1caOJa7YlG_t6u9MTJs0zpSIjYI1x_i7YbG1fyz7yzEXXu1sF7M1JZjqQwSZxm2trdFQ55BA92PA-UXfe7UpiZPbvUmQjZbtxS_Z_vHb3-kSQdLHPPHZnEB_SdO5Qk/s320/DSCN1547.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E neste hiato, entre o 503 de 28/04/2009 e o 503 de 09/02/2012, muita coisa aconteceu em mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por vezes eu me descobri perdida da minha essência, como se estivesse vivendo uma vida que não era a minha. Creio que quando se foge de si mesmo, não há como não se sentir longe de casa. E longe de casa é um lugar estranho demais para se ficar por muito tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora é tempo de retornar, e como o viajante mochileiro, eu retorno muito cansada, muito saudosa e trago na bagagem muitas experiências vividas, muitas pessoas conhecidas, muitos calos nos pés. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano de 2013 começou com alguns desejos, ainda lá na fronteira com o Uruguai. Alguns deles eu consegui realizar. Mas o que este ano de 2013 me trouxe de presente foi a capacidade de dar valor ao tempo presente. A esperteza infantil de ser capaz de viver o dia de hoje, da maneira mais plena possível, entre o despertar e o adormecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ano de 2013 ainda não acabou, mas eu sinto como se eu fosse entrar novamente num hiato. Eu não sei como sairei dele, mas levo comigo a certeza de que meu tempo neste mundo é muito raro, e por isso mesmo, é muito caro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensando sobre o tempo que tive e o que ainda hei de ter, descobri uma coisa importante: eu sou uma péssima investidora do meu tempo, porque eu uso a maior parte das minhas horas de vida para fazer coisas que não fazem sentido para mim, para conviver com pessoas que não me conhecem, para defender causas que não são as minhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta simples descoberta explodiu dentro do meu peito e eu chorei. Chorei cada minuto sem sentido que eu já vivi. Chorei cada momento perdido devido a minha incapacidade de viver no tempo presente. Chorei a ausência dos que me são caros. Chorei o medo dos que estão diante da necessidade de escolher.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o meu pranto não diminuiu, mas alcançou outras descobertas, outras não vivências, outras ausências, outras desconexões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E foi preciso nascer de novo. Foi necessário reviver em poucos dias toda a minha infância para buscar novamente a minha essência. Foi necessário rever decisões e descobrir, dolorosamente, que eu vivo de ilusões. Eu estou na Matrix.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu quase me senti como uma pessoa com dupla identidade: a verdadeira e a fachada. E doeu muito descobrir que a minha vida se transformou numa incoerência segura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o medo se transformou em coragem e da coragem surgiram as ideias e as ideias esbarraram no medo. Medo. Eu me sinto a própria Chapeuzinho Amarelo, com medo do medo do medo do medo...nem eu mesma sei nomear o medo do medo que eu tenho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E à noite, no silêncio da casa, minha alma se liberta do medo e eu sonho. E pela manhã eu me inundo da coragem que me abandona à noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em algum momento eu deixei de me ouvir, eu me desconectei de mim mesma porque tive medo. Ainda tenho. E somente eu poderei vencê-lo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O chineses acreditam na força do número 8. Eu acredito nos sinais da vida. Os dois juntos apareceram para mim no dia 28/04/2009 e no dia 09/02/2012.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É hora.</div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-8064491985795241552013-09-24T12:00:00.000-03:002013-09-24T14:19:04.130-03:00Mais, menos, melhor, pior, culpa, não culpa<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJFflsSbLt01SErFNUzTwQ0hn35-60VhOIj2qqpkzoS0rv9Up0nYwP1jiW3EzRGZiwARTYxZg_CJCPwKeuNxDlrqgh0IUZEAwHqmewXToSnq326-VYGcM73lLtO_kmA2bj_OaJW2QUYA/s1600/Celular+193.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJJFflsSbLt01SErFNUzTwQ0hn35-60VhOIj2qqpkzoS0rv9Up0nYwP1jiW3EzRGZiwARTYxZg_CJCPwKeuNxDlrqgh0IUZEAwHqmewXToSnq326-VYGcM73lLtO_kmA2bj_OaJW2QUYA/s640/Celular+193.jpg" width="640" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Estou gostando muito dos textos que estou lendo esta semana. O que eu acho uma pena é que não possamos sentar num boteco animado, pedir umas biritas (quem bebe), uns sucos naturais (quem não bebe), umas guloseimas de boteco e colocar tudo no diálogo, sem os meandros e mal entendidos da palavra escrita. Porque ao vivo, se a pessoa não te entendeu, você tem a chance de explicar logo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O problema de textos sobre maneiras de se cuidar dos filhos é que tendemos a polarizar tudo que está escrito e a ver quem escreve como um juiz de nossos próprios atos, ainda mais se o que a pessoa descreve como melhor, mais, não é bem o que fazemos em casa. Problema maior é se esse texto vem de outra mãe. Desastre na certa se temos uma <i>culpinha </i>ali, um assunto mal resolvido acolá.</div>
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<br /></div>
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Quando comecei a ler os blogs sobre maternidade eu era bem mãezinha, tadinha de mim! Na minha ingenuidade eu achava que tinha que ser cuidada na gravidez, que os outros decidissem por mim porque eu já estava ocupada demais em gerar o meu bebê. Eu entraria fácil fácil para o esquema cesárea agendada, leite artificial, chorar até dormir, colo não, embalo não (tá, esses eu ainda fiz um pouquinho), esquema militar de rotina para um bebê recém nascido (esse eu entrei de cabeça).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daí eu comecei a ler sobre partos, não partos. Nossa! Que ridículo! As pessoas brigam por isso? Cada um na sua, vai. Amamentar, leite artificial? Nossa, nunca mamei e tô aqui, viva e saudável. Sobrevivi! :) E assim por diante.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas os textos borbulhavam em mim, linkavam, mostravam artigos, livros, depoimentos. E a informação abriu o véu sobre meus olhos. E um maravilhoso mundo novo, apesar de solitário, ao menos na vida real, se abriu para mim. E eu cresci, e mudei, e aprendi e tenho a chance de trabalhar culpas, sombras e aspectos da minha vida pessoal que teriam ficado largados enquanto eu sorriria para o mundo que me chamava de mãezinha!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a filha nasceu, mamou, cresceu e vieram outros aspectos para se trabalhar. O cuidado, a alimentação, a atenção, o apego, a disciplina. Mas agora eu já estava sem o véu. E tudo ficou mais DIFÍCIL. E eu concluí no início da minha maternidade de dois que ser mãe é a coisa mais difícil da vida toda, de toda vida (já disse isso antes, eu sei)!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não raras vezes eu quis bater a porta da responsabilidade às minhas costas e sair correndo, de preferência com marido, para uma praia deserta e que alguém, por favor, me desse aquela pílula que faz a gente esquecer tudo! Porque ir para uma praia deserta só com marido mas lembrando que os filhos ficaram em algum lugar, não é divertimento, né? Não nessa minha fase atual. Um dia será, mas não hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ter sob sua responsabilidade seres em formação é de uma carga tamanha que com certeza faz fraquejar qualquer um. Eu fraquejo todo dia! E é aí, nessa fraqueza, que mora o perigo, o perigo de delegar a outros uma responsabilidade que é minha (e do pai).<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">(Só a frase acima já me faz pensar muito e há pouco tempo ela vem ganhando variações. A responsabilidade da criação dos filhos é sim, em primeira instância, dos pais, mas também existe, ou deveria existir, uma responsabilidade que é da coletividade, tenha essa coletividade filhos ou não, queira-os essa coletividade, ou não. Mas isso fica para depois, outro momento, se um dia conseguir tempo para escrever.)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente não estou falando que não podemos aliviar a carga com a ajuda de outras pessoas, mas não podemos nos iludir: a responsabilidade de toda e qualquer coisa que aconteça com seu filho, é sua, é da mãe E do pai dos bacuri. Ainda mais se o resultado esperado não for satisfatório. Todos perguntarão: e onde estava a mãe desse menino/menina? Quase ninguém pergunta pelo pai, avó, tio, pediatra, professora, aiai.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, arregacemos as mangas, respiremos fundo e sigamos juntas, ainda que por caminhos diferentes!<br />
<br />
<br /></div>
<br />
<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-41297002896723889222013-09-19T08:00:00.001-03:002013-09-19T10:35:10.834-03:00Como deixar momentos vividos, ou Carta aos Avós<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPVgCu6Y6Mi85LnTa_vw-eUod9RJgNbaA1_HysumMIR-759Vlado121boONpoj-93GyH0xowM7eLfhwwGtODB72kUdw-lAHYLIqxRW_fGzTo1vXvmNwxnwgpvlLMqOOGn-I_Xyv0E1FUQ/s1600/olhocapaperfil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPVgCu6Y6Mi85LnTa_vw-eUod9RJgNbaA1_HysumMIR-759Vlado121boONpoj-93GyH0xowM7eLfhwwGtODB72kUdw-lAHYLIqxRW_fGzTo1vXvmNwxnwgpvlLMqOOGn-I_Xyv0E1FUQ/s640/olhocapaperfil.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Hoje eu quero falar de presentes. Não daqueles comprados nas lojas, alguns muito modernos e que prometem mil e um resultados, outros mais simples, prometendo a volta do lúdico à infância. Eu os considero importantes, mas não mais importantes que o melhor dos presentes: histórias para contar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acho muito legal quando vejo meu caçula brincando com a moto que monta e desmonta que ganhou dos avós. Acho lindo e o considero o bebezico mais inteligente da face da terra, como só toda mãe e todo pai são capazes de pensar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu também acho fofo quando minha primogênita brinca alucinada com o jogo de canetinhas que saem na água (obrigada tecnologia!) ou com as bonecas que ganhou, também, dos avós. Acho lindas as garatujas que brotam coloridas no papel branco e quero emoldurar cada uma delas para decorar meu hall de entrada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os meus filhos ganham muitos presentes, muitos mais do que eu costumava ganhar quando era criança e, com certeza, muito, muito mais do que os meus pais e os pais do marido costumavam ganhar na infância.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembrando do contexto de cada vivência não é difícil compreender o motivo pelo qual @s av@s e ti@s adoram presentear nossos filhos. Mesmo quando pedimos encarecidamente a eles que não o façam, pois não temos mais onde guardar tantos brinquedos. Eles estão dando aos nossos filhos aquilo que não puderam dar aos seus próprios filhos e, muito mais, aquilo que não puderam ter. É uma realização no outro. E todas as propagandas estão aí para nos dizerem que o presente é uma demonstração de amor. E ainda deixa as crianças mais inteligentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E hoje, comprar um carrinho ou uma boneca, uma bola ou um jogo está tão mais barato! E as crianças ficam tão felizes quando ganham presentes! Como não dar? Como resistir?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, eu vou contar uma historinha...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era uma vez o Seu Maneca, pai de muitos filhos, avô de tantos netos. Acordava cedo, antes do sol raiar. Saía a trabalhar. Na saída já avisava aos netos que estavam passando férias em casa que os levaria à praia, para dar um mergulho. A promessa era sempre cumprida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seu maneca ensinava a nadar, a pular ondas, a caçar tatuíra e marisco na areia. Ensinava também a assoviar e a colher bergamota e goiaba. Ah! E sempre avisava que não era bom comer o umbigo da laranja. Era amargo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seu maneca buscava xis salada na beira da praia para a janta. Mas não sempre, porque fazia mal. Comprava milho verde quentinho, com manteiga e sal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de um dia de trabalho, brincava de baralho. E valendo dinheiro! Ah...esse seu Maneca. Tinha uma lata de biscoito cheio de moedas dos tantos planos cruzeiro, cruzado, cruzado novo...nem ele sabia mais. E dizia que eram moedas de "mi réis".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a VÓ? Ah...a VÓ. Era ela quem fazia a melhor canja de galinha, os melhores sanduíches de presunto e queijo do café da manhã. E seu beijo tinha gosto de café.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo do armário ela escondia bombom, que distribuía assim: um só. Porque doçura demais faz mal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha bolinho de chuva, tinha rosquinha de polvilho. Tinha conversa fora no sofá da sala, entre uma reclamada e outra para que o pé ficasse no chão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ela fazia piadas. Tirava uma com a cara da gente. E quando ria, ria. Chorava de tanto rir, os olhos pequenos, brilhando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha banho para tirar o encardido. Banho rápido, que não se pode gastar muita luz!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não lembro de nenhum presente que eu tenha recebido dos meus avós. Nenhum. Eu sei que eles existiram. Mas eu não lembro. Não foram importantes para mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Importantes foram os momentos construídos. Esses sim ficaram bem guardadinhos e vez ou outra esses momentos viram histórias para contar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Brinquedos não viram histórias para contar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Momentos vividos, sim.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxnz7caHuM2MtxIq2XtwIiaWFK7hHlpZEd5OIUlnuz8cQDSReqc_Aq4B47i5RpdF-hwKpmx26m4h1XQoKo5bXQG8pQLxonEAekstegZoN4dD84Smk58KWH8esU8WCxDSF1Hcz0T7ZbasY/s1600/AVOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxnz7caHuM2MtxIq2XtwIiaWFK7hHlpZEd5OIUlnuz8cQDSReqc_Aq4B47i5RpdF-hwKpmx26m4h1XQoKo5bXQG8pQLxonEAekstegZoN4dD84Smk58KWH8esU8WCxDSF1Hcz0T7ZbasY/s320/AVOS.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-49311501044741610412013-09-17T10:23:00.002-03:002013-09-17T10:23:26.194-03:00O Menino e o Balão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguDT4smP-kA9TjtSstI-z7gYA0V97vi70K3tsPG7IJR0rdqe7Vh1ys4dZrUkI6YBhaIs3QiwoUQLClPCZuajvpR-hD7SWnFk0kHSFzbJQ3hfSgzsx3ZSzAFVRi1l298HgOBz2GZCVCMHo/s1600/photo-le-ballon-rouge-1956-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguDT4smP-kA9TjtSstI-z7gYA0V97vi70K3tsPG7IJR0rdqe7Vh1ys4dZrUkI6YBhaIs3QiwoUQLClPCZuajvpR-hD7SWnFk0kHSFzbJQ3hfSgzsx3ZSzAFVRi1l298HgOBz2GZCVCMHo/s400/photo-le-ballon-rouge-1956-1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Imagem: O Balão Vermelho (1956)</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sou água, que corre</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou vento, que estremece</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou fogo, que agita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou terra, que anoitece.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, devagarinho, eu vou me redescobrindo, vou me reencontrando e me reconhecendo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Onde estive este tempo todo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As palavras vão ressurgindo e a mente vai percorrendo o céu de nuvens branquinhas que eu costumava imaginar e contemplar quando criança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, balão. Daquele que está cheio de gás hélio, sempre querendo alçar voos mais altos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lá embaixo, o menino, que ao mesmo tempo em que contempla minha subida destemida, segura a cordinha, e por vezes me puxa para perto de si, para que eu não me perca, para que eu não viaje solitária a contemplar estrelas e sóis universais. E para que ele possa ver um pouco do que seus olhos não conseguem alcançar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cada subida, eu busco a essência. Respiro o ar fresco da descoberta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cada descida, eu levo um pouco do que vi para o menino que me espera. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele não pode ir comigo. Eu não sou balão longe do céu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele contempla, um mundo que não vê, através dos meus olhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu esvazio um pouco, para que o ato de me segurar não lhe seja tão difícil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele, pés no chão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, balão.</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Para Daniel, 17/09/2013.</span></div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEurFOxk2C7QXbIaTgKc7sCRjtyhQhjs4U3adMjypVJ76g5nsJxAgXNIP0A2nSAfks3dtU0qcezYciCYEaJ0sT8pdhOlBDDiMg3avVgtQpHTt6gqAQ2x0Mv6XKjJhJjgikl3Hg3ovPsGQ/s1600/bal%C3%A3o+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEurFOxk2C7QXbIaTgKc7sCRjtyhQhjs4U3adMjypVJ76g5nsJxAgXNIP0A2nSAfks3dtU0qcezYciCYEaJ0sT8pdhOlBDDiMg3avVgtQpHTt6gqAQ2x0Mv6XKjJhJjgikl3Hg3ovPsGQ/s400/bal%C3%A3o+1.jpg" width="280" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-32483311875278380842013-09-10T08:00:00.000-03:002013-09-10T08:00:07.599-03:00Pequeno Degustador de Feijões<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
O certo foi desistir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu consigo me manter limpa e minimamente arrumada apenas numa parte do meu dia de trabalho. Pela manhã. Depois disso, eu faço quase correndo o trajeto de 15 minutos até a minha casa para iniciar a honrosa atividade de cozinheira da família. Tenho cerca de 40 minutos para preparar e colocar na mesa uma refeição apetitosa e saudável para três adultos e duas crianças com fome monstro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não digo isso para que se compadeçam dessa minha jornada dupla. Não. Longe disso. Eu adoro cozinhar a comida que a minha família come e faz algum tempo que decidi que queria que meus filhos tivessem uma memória afetiva, em relação à comida caseira, muito além da papinha pronta, dos congelados do supermercado, do restaurante a quilo e da pizza de sábado à noite. Desde então eu redescobri a minha paixão pelos alimentos e pela deliciosa - mesmo! - alquimia da cozinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente, nem tudo são flores. Há pouco tempo para exercer de fato essa paixão no dia a dia. É preciso cozinhar com a roupa que eu uso para trabalhar. Quem me conhece sabe que eu não tenho mãos, mas tentáculos desajustados que, sem muito esforço, transformam a cozinha num campo de guerra. E nessa, a roupa pode sair prejudicada para o turno da tarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de meses de prática, já consigo sair incólume da cozinha para a mesa do almoço. E é ali, sentadinha diante do meu prato bem servido, que ocorre a sucumbência da roupa imaculada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando meu caçula demonstrou interesse por comida, cerca de um mês antes de completar seis meses de vida, eu comecei a pesquisar formas alternativas de fazer a introdução de alimentos, já que a minha experiência com a irmã havia sido um pouco ruim, ou inexistente, por conta da ida dela para a creche em tempo integral naquela época. Logo no início, numa troca de emails com a <a href="http://daniparideira.blogspot.com.br/">Dani</a>, ela me falou de uma técnica, com um nome que não me lembro, que consistia em deixar o bebê comer com as próprias mãos aquilo que ele quisesse. Uau! E bebê pode comer aquilo que quer? Achei revolucionário o negócio, para pouco tempo depois descobrir que é <i>natural</i> comer assim. Não é técnica, é só...sobrevivência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já não era muito adepta de método e limpeza na hora das refeições, sempre deixei a Ísis fazer a bagunça que quisesse com os alimentos, inclusive comê-lo, então logo me identifiquei com o tal <i>método </i>de deixar comer com as mãos. E ainda por cima havia um vídeo do maravilhoso pediatra espanhol - salve, salve! - Carlos Gonzalez para me fazer crer que nada mais óbvio do que deixar o bebê comer aquilo que quisesse com as próprias mãos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E assim foi. Não todas as vezes, claro, mas na grande maioria das vezes, os dedinhos gorduchos do Pedro estavam atolados dentro do prato de comida. Dele ou meu. Muitas vezes ele acertava o local correto para colocá-la - a boca -, mas muitas foram as vezes em que o destino era a cabeça, o chão, o meu cabelo.</div>
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<br /></div>
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Com o tempo eu fui percebendo que o fato dele usar as próprias mãos para comer o que quisesse liberava as minhas mãos, olha que legal, para <i>eu </i>comer o que quisesse! Não é lindo isso? Eu achei! E seguimos nesse ritmo até hoje. Claro que há evolução, e mais recentemente ele tomou gosto por comer de garfo ou colher, mas enquanto uma mão segura o garfo e cavoca o prato de comida em busca de alguma coisa, a outra fuça os grãos de feijão, as beterrabas cozidas, os brócolis, os grãos de arroz, o macarrão. E assim ele vai comendo cada coisa na sua vez, o que mais gosta primeiro e o que sobrou depois. Se sobrar espaço, claro. Não raras vezes ele come só a beterraba do prato, ou o brócolis, ou faz uma coisa muito engraçadinha que é catar os grãos de feijão e passá-los da farofa antes de levá-los à boca! Um especialista na arte de degustar alimentos, com certeza, alguém duvida?</div>
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Eu contei que nem tudo são flores, né? Tem o efeito colateral. O primeiro é que o Infante Degustador de Feijões parece conhecer aquele hábito centenário de dar um pouco para o santo, de maneira que sempre rolam uns bons punhados de comida lançados ao chão. E o outro é que eu, a mãe, que sento ali do ladinho, sempre sou alimentada por aquelas mãozinhas gorduchas, que nem sempre acertam apenas a minha boca. Um dedinho no molho de tomate e outro no meu ombro, uma palma de mão no caldo de feijão e eia que surge aquela pintura natural na minha manga de camisa, de dar inveja a muita professora de educação infantil. Todo dia. E foi aí que eu desisti.</div>
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<br /></div>
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Desisti de tentar me manter limpa e arrumada durante todo o dia. No começo até tentei trocar a camisa para o turno da tarde, mas percebi que não seria viável. Eu teria que aumentar o número de camisas no meu guarda roupa (e eu ando repensando a necessidade de se ter 12354869 camisas penduradas no cabide) ou eu teria que lavar máquinas e mais máquinas de roupas sujas que não possuem espaço suficiente para secarem na minha lavanderia. </div>
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<br /></div>
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Então eu desisti. E descobri que deparar-me com a marca perfeita de um dedinho gorducho pintado em molho de tomate da macarronada do almoço no punho da camisa branca me alimenta o dia.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZTjFBcSPpDEEzzcGurn0r5IYS9KC1klRYOq14FAaSoTQ2_EC5IxgTHZZAHX-f7eGKEfYSO4R35zjqcuubcTSbAutkXxyiEeo-DECVZLyniI8uh4yLdmVIuBmdW_lpY0L6qvLQ3nEfVZk/s1600/2013-07-27+21.49.46.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZTjFBcSPpDEEzzcGurn0r5IYS9KC1klRYOq14FAaSoTQ2_EC5IxgTHZZAHX-f7eGKEfYSO4R35zjqcuubcTSbAutkXxyiEeo-DECVZLyniI8uh4yLdmVIuBmdW_lpY0L6qvLQ3nEfVZk/s400/2013-07-27+21.49.46.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Como sozinho, faço pintura com as mãos e ainda escovo os dentes!</span></div>
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<br /></div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-88450392534018496872013-09-03T13:54:00.000-03:002013-09-03T13:54:14.544-03:00Descoberta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="text-align: left;">Eu
sonho para sobreviver!</span></div>
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<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
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Foi o
que ela respondeu ao me ouvir dizer que ela sonhava demais.</div>
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<br /></div>
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</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Havia
mais de uma década que nós éramos companheiros, amigos, amantes,
e eu ainda parecia perdido ao lado dela, como se a tivesse conhecido
ontem. Parecia que havia uma eterna insatisfação naquela mulher,
uma insatisfação que a deixava sempre inquieta, desassossegada,
apesar de desejar sempre a calmaria e o sossego. Enquanto eu vivia
cada dia com seus acontecimentos triviais, nada muito além da
rotina do dia a dia das cidades, ela estava sempre conectada, lendo
artigos, participando de grupos de discussão, conversando sobre
permacultura, nascimento, amamentação, ecologia, consumismo,
feminismo. Eu só queria estar ali.</div>
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<br /></div>
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E então,
como que para encerrar uma conversa que eu sabia que reiniciaria
mais tarde, disse que ela sonhava demais. E ela havia me respondido
aquilo, assim, sem pensar muito: <i>eu sonho para sobreviver</i>.
Que diabos ela estava tentando me dizer agora? Eu pensei em
perguntar exatamente isso: <i>que diabos</i>?, mas alguma coisa na
sua voz, nos seus olhos, que baixaram em direção à areia, me
calou. E creio que ela se surpreendeu com a própria frase porque a repetiu, ainda olhando para a areia, parecendo estar surpresa por
ter descoberto algo sobre si mesma:</div>
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<span style="text-align: left;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="text-align: left;">Eu
sonho para sobreviver.</span></div>
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Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5869815215413516716.post-11141781618494547602013-08-29T14:57:00.002-03:002013-08-29T14:57:19.597-03:00filha 1, filho 2<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px;">Eu costumava pensar, quando estava de licença maternidade, que era como viajar a um lugar muito especial para mim. Da primeira vez foi uma euforia, um apaixonamento, um deslumbramento por tudo que era novo. Da segunda vez foi um desfrutar de detalhes, um usufruir pausadamente de paisagens já visitadas e descobrir curiosamente e gostosamente outras tantas ainda não vistas, sentir o gosto delicioso de um prato já conhecido, mas nem por isso menos surpreendente.</span></div>
</div>
Ninehttp://www.blogger.com/profile/05092439676811664244noreply@blogger.com9