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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Al!

Imagem: arquivo pessoal e antigo!

Al!

Estávamos nos preparando para jantar quando a Ísis pediu ao pai que fizesse uma farofa.  Depois de pronta coloco num potinho e entrego a colher e um copo de suco para ela não engasgar. Um nanosegundo depois ela está com o rosto todo dentro do pote e diz que é passarinho comendo alpiste. Olho a cena e entoo cânticos celestiais na minha mente. Creio que ela percebe todo o meu esforço para não reclamar da cena, sorri aquele sorriso prá lá de peralta só dela e diz:
- Mamãe, olha o Al!
Eu, ainda entoando mentalmente cânticos celestiais, enquanto seguro o irmão no quadril e vou atrás da vassoura para varrer toda a farofa que cai do prato e da boca da PassarÍsis, levo mais que 2 segundos para responder. Ela insiste:
- Olha mamãe, o Al! O Al, mamãe!
- Que (uádafâqui) Al é esse, Ísis???
- O Al, mamãe, o Alpiste!

Como não amar tamanha malandragem?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estações pela janela

Imagem: arquivo pessoal

Filho,

Hoje, como todos os dias antes de retornar ao trabalho após o almoço, seu pai foi arrumar sua irmã para a escola e nós dois fomos para o seu quarto, para o nosso momento de aconchego, de carinho, de amamentação.

Nós moramos numa casa de madeira, com varanda, dessas que parecem casinhas de boneca; e a nossa casa é toda branquinha por dentro, com janelas brancas antigas. De onde eu sento com você nos braços eu vejo a janela e lá fora, no terreno do nosso vizinho uruguaio, há uma árvore majestosa, que muda de forma, de cor e de som juntamente com a passagem das estações.

Durante todo o verão, época em que você nasceu, a árvore estava majestosa, com folhas enormes e verdes de variados tons. Os passarinhos cantavam por ali. O contraste de cores entre a janela branca, o céu azul e a árvore verde era um bálsamo para os olhos. Era vida pulsante e eu, com você ao peito, me sentia parte da natureza.

Veio o outono e com ele as folhas em tons castanhos e alaranjados. Uma a uma eu vi cairem as folhas daquela árvore, o vento frio castigava aqueles galhos já quase desnudos. Os pássaros sempre tão vibrantes quase não apareciam mais.

No inverno eu só via os galhos acizentados, quase prateados. O vento castigava-os, envergava-os. Não havia pássaros. O céu permanecia em tons de cinza quase todos os dias e o ar gelado, que conseguia entrar pelas frestas da janela, castigava as minhas costas.

De mansinho veio chegando a sua primeira primavera, com ela voltaram os passarinhos. O som da brisa a balançar as folhas que retomam seu lugar nos galhos chama a sua atenção. Um pássaro canta ali, escondido entre o verdejante cenário terrestre e o quadro celestial pontuado por nuvens brancas de algodão. Você vira o rosto, ouve com mais atenção e sorri.

Eu ainda vejo seu olhar maroto e sorridente antes de eu mesma fechar os olhos para gravar com mais intensidade aquele instante. Uma brisa fresca sopra meus cabelos, meus ouvidos estão serenos com a orquestra divertida dos pássaros e seus gritinhos de felicidade.

E eu descubro que há imobilidade no movimento, há silêncio no som.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Eu não bato no meu filho. Dou o exemplo.


Eu escolhi educar sem bater nos meus filhos.

Quando eu escrevo a frase acima, não estou julgando quem bate nos seus filhos, estou apenas afirmando que bater ou não bater é uma escolha. 

Um tempo atrás, antes de ser a mãe da Ísis, eu acreditava nas tais palmadas educativas. Como adulta e egoísta que era, detestava criança mal educada, manhosa, desobediente. Uns tapinhas...nada de mais!

Então veio o fenômeno de colocar no cantinho da disciplina e eu achei super legal! Uma alternativa aos tapas! Mas eu ainda não era mãe, era apenas tia.

Depois do nascimento da minha filha a ideia de bater nela era inconcebível! Nunca, jamais conseguiria! Claro que eu tinha um bebê em casa e bebês são seres mágicos, que nos hipnotizam, nos fazem babar por eles, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para satisfazer seus desejos e ganharmos aqueles sorrisinhos cheios de ternura! Eles não sabem, não entendem e são tão...fofos! O mesmo já não acontece quando nossos filhos perdem essa aura mágica e passam dos 3 anos...

O tempo passou, eu engravidei novamente e foi então que eu tive que começar a testar minhas convicções. O mal estar generalizado que eu senti durante toda a gravidez do Pedro fazia com que a minha paciência estivesse bem limitada. E a Ísis já não era mais aquele bebezinho. Era uma menininha cheia de energia, de vontades, de palavreados.

Senti vontade de bater nela algumas vezes antes do nascimento do Pedro, mas consegui respirar fundo e me segurar. Conversando sobre isso com uma amiga virtual ela me recomendou que lesse o livro da Laura Gutman: A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra. A questão não seria se segurar para não bater, mas sim caminhar rumo a não sentir vontade de bater. Aquilo me pareceu, na época, algo praticamente impossível!

O tempo continuou passando, o Pedro nasceu, os desafios do dia a dia aumentaram, a falta de sono fazia com que a paciência diminuísse. Mas eu seguia firme e forte sem bater, conversando, explicando, me afastando dela quando a coisa ficava por um triz. Algumas vezes, nos momentos de exaustão, eu gritei com ela. Gritei para me arrepender pouco depois.

O tempo da licença maternidade foi intenso, foi difícil, mas foi muito rico em aprendizados. Foi ali que a vontade de bater na Ísis quando ela fazia repetidamente algo errado se esvaiu. Eu internalizei de uma maneira tão drástica, fiquei tão conectada com a criança, a irmã mais velha que um dia eu havia sido e que recebera uma irmã, que eu simplesmente perdi a vontade de bater nela. Esse processo, de retroceder, relembrar a criança que eu havia sido e entender muitos dos comportamentos inadequados da minha mais velha, foi muito difícil psicologicamente. Eu estive cara a cara com as minhas piores sombras (Laura Gutman já havia virado livro de cabeceira), mas estava saindo vencedora deste embate, com um enorme ganho para mim enquanto pessoa, pois que passei a me reconhecer melhor e a trazer para mim, ainda mais, a responsabilidade pelas consequências dos meus atos.

A partir de então não era mais ela quem me irritava, mas sim EU quem estava cansada e com pouca disposição para seus arroubos infantis. Eu percebi que não era ela, a minha filha de 3 anos, a culpada pela minha falta de paciência. Não era ela quem estava me irritando, me provocando ao extremo. Era EU quem não estava em condições físicas e/ou emocionais para lidar com as situações difíceis que se apresentavam. E me dar conta disso, por mais óbvio que possa parecer, foi como um clic! Foi libertador! Reconhecer a minha incapacidade de lidar com algumas situações foi o primeiro passo para consolidar uma educação sem violência física na minha casa.

Não estou dizendo que não perco a paciência, que não tenho meus dias de fúria, de sombras, onde qualquer coisa me tira da linha, mas fui desenvolvendo maneiras de lidar com esses dias, com esses momentos, e as crises vão espaçando. Elas retornam sempre que EU estou cansada, com fome, com sono, frustrada.

E eu gostaria de poder dizer que a partir de então todos se entenderam e foram felizes para sempre, mas...isso não é um conto de fadas, é a vida de verdade e ela vem sempre cheia de muitos e muitos desafios. O dia a dia é muito corrido, o relógio é sempre um inimigo à espreita e as crianças não foram feitas para a pressa, a correria, os dias agitados. A culpa não é delas.

Eu perco a paciência com a Ísis muitas vezes, mais do que gostaria, com certeza. Quem tem filhos acima dos 3 anos sabe bem como é conviver com estas cápsulas ambulantes de energia, curiosidade e desafio! Não é fácil e se torna ainda mais difícil devido ao pouquíssimo tempo que temos para estar com eles, nossos filhos. Mas cada vez mais eu consigo controlar meus arroubos, meus momentos de grito, que podem até não ser violência física, mas é violência verbal e eu também quero deixá-los para trás.

Eu e marido conversamos muito sobre isso e traçamos algumas regras, dentre as quais a mais importante é a de que quando um de nós está muito cansado, o outro assume a questão para evitar cenas desnecessárias. Funciona sempre? Claro que não! Até porque em muitos momentos estamos sozinhos com as crianças e não há a quem recorrer. 

Outra regra de ouro é se afastar quando a crise já avança sem que pareça ter fim próximo. Pode parecer ridículo de dizer, mas nós adultos, por vezes, queremos medir forças com as crianças! Eu e marido por vezes ficamos num toma lá dá cá com a Ísis, que além de ser ridículo, é infrutífero! Não temos que ter a última palavra e temos que permitir que as crianças expressem seus sentimentos com segurança. O controle desses sentimentos virá com o tempo e a necessidade. O adulto da relação somos nós.

E a educação sem surras está sendo extremamente válida nesta fase em que a Ísis iniciou a escola. Quem tem filhos na escola sabe que sempre rolam uns empurrões, uns tapas e até mordidas devido a competições por brinquedos ou pela atenção da professora. Como não batemos nela fica mais fácil exemplificar como esse comportamento é errado, mas se fizéssemos uso dos tapas, como dizer a ela que ela não pode bater nos colegas da escola? Ou no irmão? Como dizer que isso é errado?

Infelizmente ainda há pessoas que confundem educação sem violência física com educação sem regras e limites, sem penalidades quando essas regras são quebradas. Como toda família, nós também temos nossas regras de convívio, mais ou menos elásticas dependendo da situação. A Ísis conhece as regras e quebra-as constantemente! Normal, ela é uma criança de 3 anos! Tem muito adulto que não segue as regras de convivência, as leis vigentes e não apanha por isso...

Não raras vezes eu ouço ao dizer que não bato nos meus filhos, que uma palmadinha de vez em quando não faz mal, ou que quando as crianças passam dos limites só uma palmada resolve. Pode resolver no momento, ou por algum tempo, mas crianças são crianças, apanhando ou não. Todas vão aprender a conviver em sociedade, a respeitar os outros, a seguir as regras vigentes mais cedo ou mais tarde, cada uma a seu tempo.  

A diferença entre uma criança que apanhou e uma que não apanhou pode não ser visível no mundo adulto, mas ela existe com toda certeza. A diferença de relacionamento entre pais e filhos de famílias que fazem ou não usam de violência pode não ser visível em primeiro plano, mas ela existe com certeza. A escolha sobre que tipo de família e filhos queremos é de nossa única responsabilidade.

Outros textos da campanha:

Chezlesbeaup




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

9 meses






Pedro, Infante, Bica, Pepê, Pedrão, Pedroca, Pedrinho, Sheik, Mano,


Eu te amo, meu filho.

Eu amo sua risada gostosa, seu pé chulé, seu pescocinho azedo; mas eu também amo seu choro, que me mostra que há algo de errado, amo seus gritos raivosos, que me demonstram o quanto você ficou chateado com alguma coisa.

Eu amo seus beijos babados e sua mão pesada querendo me acarinhar, mas, confesso, tenho ganas quando consegues pegar os meus cabelos e quando mordes o meu peito.


9 meses, filho!

E eu nem sei bem o que escrever para você nesse dia, não porque não seja especial, mas porque você simplesmente está, você é, você faz parte, sempre fez, tanto fez que não consigo imaginar como era ser mãe apenas da sua mana. Não consigo mais lembrar.

Você chegou e para mim foi como se sempre estivesse aqui, ali, em algum lugar esperando sua hora. E que hora, meu filho, que hora gloriosa essa em que você veio para nós. Eu nunca mais serei a mesma depois de você.

E se no início você foi o meu bebê misterioso, envolto numa névoa, que por vezes me deixou preocupada, agora você é, você está, você diz. Nossa ligação se fez profunda, nosso vínculo se forjou naquele dia especial. Fomos guerreiros, eu e você. Somos guerreiros.






sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fábula: O Jogo de Basquete

Tem dias em que meu pensamento viaja no tempo, não em busca do que já vivi, recordações de um tempo que se foi; mas sim viaja adiante, além, para o futuro desconhecido...


Os times foram sorteados no palitinho. O pai ficou com a filha, a mãe ficou com o filho. O jogo era de basquete. A menina deu um sorrisinho maroto, ela sabia que a mãe era péssima nesse jogo; o menino baixou os olhos já frustrado, perder seria o previsível.

A partida começa. Pai e filha são inegavelmente superiores no esporte. E são mais altos! A menina havia dado aquele estirão da adolescência. A mãe custava a crer que aquela moça, mais alta do que ela mesma, já havia cabido em seus braços, em seu ventre. Já o menino, apesar de ser apenas dois anos mais novo que a irmã, ainda possuía aquele ar infantil e desengonçado, ainda mais baixo que a primogênita.

Mãe e filho perdem o primeiro dos três tempos da competição. A mãe olha para o menino. Ele não gosta de perder, vamos ter que nos esforçar mais. A mãe olha feio para a menina que implica com ela e o irmão. O pai faz coro, melhor entrar na brincadeira.

Os tempos acabam e não há dúvidas: pai e filha são os vencedores da partida. Enquanto os vencedores fazem dancinha da vitória, riem, a mãe percebe que seu caçula senta desanimando no degrau da escada.

- Que foi, filho?
- Nada, mãe.
- Estás chateado por termos perdido, né?
- Tô nada, mãe, só tô cansado, só isso!

A mãe senta ao lado do filho na escada.

- Filho, tudo bem ficar chateado por ter perdido, não há nada de errado nisso, ao contrário, é normalíssimo. Todo mundo espera vencer quando inicia uma empreitada e é assim que deve ser, mesmo quando claramente está em desvantagem. Jogar sem vontade de vencer não vale a pena, melhor nem começar.
- É, mas vontade só não adianta! ele responde nitidamente mal humorado.
- Tens razão, não adianta. É preciso muito mais, mas é a vontade de vencer que nos move a buscar os recursos necessários, não é?

O filho não responde. A mãe passa o braço em volta do ombro dele. Hoje ele deixa e ela aproveita.

- Vencer é legal, eu sei, eu também queria ter vencido aqueles dois provalecidos! a mãe continua com um sorriso no rosto, - Mas nós lutamos bravamente, não foi? Minha consciência está tranquila, eu fiz o melhor que pude no momento. E você? Fez o melhor que pôde ou fez corpo mole já conformado com a derrota?
- Claro que não, mãe! Eu me esforcei também!
- Então! Isso é importante também. Não vencemos a partida, porque eles mereceram mais do que nós. Hoje. Amanhã, quem sabe?

O menino sorri.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Desfralde: conta aí!

Recuperada da minha perda de ontem, resolvi escrever um pouquinho sobre o desfralde (novamente). Como escrevo muito, o pouquinho vai virar um baita texto, que, espero, o blogger não faça o favor de apagar!

Eu nunca escrevi antes (e nem pretendo agora) escrever cada etapa do desfralde, porque acho que é algo muito particular de cada família. O dia a dia, como a família vai lidar com as escatologias da criança, se penico, se redutor, se festinha, se bronca, se desfralda tudo, se vai por etapas, diurno primeiro, noturno primeiro, sei lá, são muitas variáveis! Vou contar o que nós fizemos e nossas escolhas diante de cada momento principal.

Eu nunca tive pressa para desfraldar. Tinha uma preguiça danada, nunca quis forçar e sempre acreditei que poucas crianças com menos de 2 anos desfraldam com sucesso. Quando eu digo sucesso eu quero dizer com o mínimo de vazamentos possíveis, porque para mim, se alguém diz que uma criança desfraldou mas a pobrezinha fica fazendo xixi e coco nas calças todos os dias, tem algo errado aí.

Interessante como a cada processo eu vou me lembrando de mim mesma na mesma fase. Péssimas lembranças! Xixis na cama, nas calças, coco nas calças, horas e horas sentada no vaso sanitário se segurando até doer o pulso (porque naquela época não se usava redutor de assento), ou até adormecer as pernas...aquela torneira ligada pingando água, som dos infernos, e você ali, sentado, impaciente ou cansado, louco para sair correndo e fazer outra coisa!

Decidi que não faria assim. Aqui em casa não mudamos em nada a rotina da Ísis durante o processo de desfralde, o que significa dizer que nunca a coloquei no vaso ou no penico sem que ela me dissesse que queria fazer xixi ou coco; nunca levei para fazer xixi assim que acordou sem que ela estivesse com vontade, nunca acordei no meio da noite para levá-la ao vaso sanitário; não diminui a quantidade de líquidos que ela costuma ingerir a noite. Nunca liguei a torneira para ficar vazando água.

Mas teve bronca! Quando eu percebia (e aí é um juizo meu, como mãe) que a danadinha fazia nas calças porque estava com preguiça de levantar do sofá durante o desenho ou brincadeira. Nada demais, mas num tom de voz que não deixa dúvidas que não é legal fazer xixi no sofá porque está com preguiça de levantar.

Com as escapadas porque, putz, não deu tempo, nunca chamei a atenção ou dei bronca. Ela mesma quando fazia já dizia "não tem problena, acontece, eu aviso da próxima vez". Lindinha!

Tive que voltar atrás na decisão de não usar penico, comprei um simples e usamos por 1 mês. Depois desse período ela passou a usar um redutor de assento simples e apoiava os pés num banquinho de madeira que já tínhamos.

No desfralde diurno o primeiro dia foi uma festa! Ela amou, fez xixi e eu fiquei esperando pelo segundo dia, que foi o caos, ela não fez de jeito nenhum! Eu percebia que ela queria fazer xixi, mas ela não ia no penico, nem no vaso. Coloquei a fralda e ela transbordou. No terceiro dia mesma coisa! Ela ficou tão nervosa nesse dia que chegou a chorar porque queria fazer xixi, mas não fazia no penico e nem queria colocar a fralda! Foi o caos! Resolvi dizendo que se ela não colocasse a fralda não poderia ir na minha cama. Ela colocou e fez xixi.

A noite conversei com marido e resolvemos dar um passo atrás: tiraríamos a fralda apenas na parte da manhã e colocaríamos a fralda a tarde, após o almoço, para que ela ficasse tranquila para fazer coco. Ficamos assim por mais 3 dias até que ela me pediu para tirar a fralda porque estava machucando.

Fiquei meio apreensiva porque era a tarde, mas expliquei que tudo bem com uma condição: que se ela quisesse ficar sem fralda teria que fazer xixi e coco no penico. Ela concordou. Naquela tarde fez coco no penico e ela passou a adorar ver o coco depois de feito! :)

Mais 3 semanas de penico, com algumas escapadas, acho que umas 2 vezes na semana isso acontecia, e ela pediu para usar o vaso grande. Compramos um redutor simples e deu certo. Abandonamos (grazadeus!) o penico.

Por 3 meses usávamos fralda quando íamos sair por um período longo até que ela finalmente passou a fazer xixi e coco em banheiros alheios. A partir daqui tenho sempre lencinho umedecido na bolsa quando saio e álcool gel.

Quando marcávamos já 6 meses de desfralde diurno e com o tempo mais quente comecei a notar a fralda: dias cheia e dias vazia. Mas algo me dizia (mais uma vez juízo meu, como mãe) que ela fazia na fralda depois de acordada e não durante a noite. Deixei quieto e fui falando que depois do casamento do tio dela não haveria mais fralda a noite.

E assim foi. Começamos o desfralde na sexta feira para acompanharmos melhor. Na quinta fizemos toda uma festa para a última fraldinha (não é necessário, mas é divertido! :)) e na manhã seguinte ela mesma me disse que aquela havia sido sua última noite com as fraldas, agora ela seria Trilo!

Trilo e Tâter são amiguinhos do Urso da Casa Azul e participam de um episódio especial sobre o desfralde, que ela adora. Usamos o Tâter para identificar a fase do desfralde em processamento e de Trilo para o desfralde completo. Ela assimilou bem a ideia.

O desfralde noturno foi ainda mais fácil que o diurno! Sucesso total! Sem vazamentos desde que iniciamos há quase 2 semanas!

Desfralde completo: 3 anos e 7 meses
Desfralde diurno: 2 anos e 11 meses

E é isso, pessoal!



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Desfraldô ôuôÔ, desfraldô!

Imagem: arquivo pessoal

Desfralde noturno completo!

E é isso, pessoal!

:)

Tinha feito um baita texto, mas o blogger me sacaneou e apagou tudo, quis morrer!
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