A criatividade e a imaginação andam em alta por aqui!
Nosso apartamento e a maioria das casas antigas de SVP possuem piso de madeira. A madeira tem suas formas, seus desenhos, partes mais claras e escuras, que por vezes, com a ajudinha da imaginação infantil, formam desenhos: pessoas, animais, cenários inteiros que nós adultos temos dificuldade em identificar.
Eu me lembro que quando era pequena tinha um armário em madeira, bem como as portas da minha casa eram de madeira escura, com várias manchas. Estas se transformavam em diversos pernonagens - alguns até bem assustadores - e bastava bater o olho naquela parte do guarda roupa ou da porta para que o personagem saltasse aos meus olhos!
Pois bem, por aqui um galo de estimação apareceu num taco do piso, que fica debaixo de uma cadeira, na nossa sala. Faz alguns meses que ele foi identificado pela Ísis e devidamente apresentado ao restante da família, mas depois de um dia ou dois falando no assunto, o mesmo nunca mais foi visto.
Parece que o bichano resolveu se aquecer neste inverno e reapareceu num dia desses, cheio de novidades, gostos e sustos! Primeiro veio o susto:
- Mamãe, mamãe! Tem um galo ali!
- Onde filha?
- Ali!
E ela me apontou aquela mancha do taco debaixo da cadeira. Lembrei da história e resmunguei um "ah, que legal, oi seu galo!"
Mas a pequena passava longe daquele taco! E por vezes saía correndo e dizendo:
- Tem medo do galo!
Aí tive que dar mais atenção ao fato, levar ela ali perto, dizer que o galo era amiguinho, que ele morava numa toquinha (?) debaixo da cadeira, que ele fazia cocoricó, que gostava de brincar. As frases dela mudaram para:
- Num tem medo do galo, ele é amiguinho, canta cocoricóoooo!
Muito bem!
Mas eis que a brincadeira ficou legal e ela quis fazer absolutamente tudo com o galo: trocou fraldinha (ela anda nessa obssessão com troca de fraldas!), deu papá, cobriu com a mantinha, levou a Panterinha e o Gato Rosa Mimoso para cunveiçá (conversar) e me fez ficar longos minutos conversando com ela em "galês". Dividiu seu pé de moleque com ele colocando um pedacinho sobre o taco e dizendo:
- Come, come galo! É pé de moleque! É totoso!
E tudo ia bem até que ela quis jogar bola com o galo. Pegou sua bolinha cururida (colorida) e jogou para ele. Ficou olhando para o galináceo e esperando que a bolinha voltasse. Eu prontamente fiz as vezes de galo, mas fui repreendida:
- Não, mamãe não, é o galo que joga!
Aiaiai! Senti cheiro de imaginação fértil demais no ar.
Ela jogou novamente a bolinha e ficou esperando, esperando, até que ela se virou para mim com a carinha mais desapontada do mundo e disse:
- Ele não joga! O galo num qué jogar comigo!
Saiu profundamente desapontada com seu novo amigo carregando a bolinha na mão. Levar uma esnobada dessas...Pensei em argumentar e dizer que não era um galo de verdade, que era só uma mancha num taco de madeira, que não dá para jogar bola com manchas em tacos de madeira, etc...Mas não disse. Apenas defendi o Sr. Galo dizendo que ele estava muito cansado, pois acordava pela madrugada para cantar seu cocoricó matinal, que mais tarde ele jogaria com ela, mas que enquanto isso ela teria que jogar com a mamãe.
Depois disso, não sei porquê, o galo se mandou lá de casa. Mas ainda é possível ouvir seu canto madrugada à fora.
Quando eu era criança ficava vendo varias coisas na madeira da porta, mas normalmente não era amigos eu morria de medo!
ResponderExcluirQue coisa mais fofa a Ísis!
Oi, Nine!
ResponderExcluirVim te convidar pro novo SORTEIO no meu blog. Bora lá participar!!
Beijins,
Andrea Guim
Oi Isis,
ResponderExcluira imaginação infantil é uma delícia de se admirar, né? Como conseguem extrair coisas interessantes de tão pouco!
A Ísis está muito linda.
beijos
Chris
http://inventandocomamae.blogspot.com/
Hahahahaha isso me lembra da Ari, quando eu era pequena e apagava as luzes varias coisas pareciam monstros, ai ela ficava mudando as coisas de lugar ou escondendo pra eu não ficar com medo hahahahahahah!
ResponderExcluirSaudades da figurinhaaa!!!!!