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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Escolinha X Babá: Parte II

Eu sei, havia prometido essa segunda parte do texto para o dia seguinte à publicação do primeiro, mas quando publiquei nem me dei conta de que era sexta feira. Eu tenho uma regra: não acesso blog aos finais de semana e é por isso que esse texto só está saindo hoje, segunda feira. Perdoem!

Hoje, antes de escrever essa segunda parte, reli o texto anterior e os comentários (obrigada a todas pela participação!). Achei oportuno esclarecer que a escolinha da Ísis era muito boa, de verdade, era uma das melhores da cidade, e conversando com alguma mães na época era visível que em termos de cuidados ela estava muito a frente da grande maioria.

A minha insegurança veio a partir de muito questionamento meu e do fato de eu sempre me colocar no lugar da Ísis para tentar perceber como ela se sente. Para mim não parecia certo, saudável, bom, deixá-la num ambiente escolar numa fase em que bebês precisam de cuidados, de atenção, de colo, soninho tranquilo.

Outro ponto que vale um reforço é que este texto não é uma crítica a mães que deixam seus filhos em creche/berçário/escolinha desde muito novos. Eu mesma deixei, minha irmã deixa e a grande maioria das mães que eu conheço também deixam, mesmo as que ficam em casa. Estes dois textos têm o único objetivo de relatar uma experiência, que pode ajudar outras mães que estão em dúvida a decidirem os prós e contras de cada situação e escolherem dentro de suas possibilidades. Muitas vezes sabemos que algo não é o ideal, mas a realidade da vida de cada um é que vai pesar na hora da atuação.

Outro objetivo deste texto é questionar a maneira como as creches/berçários/escolinhas estão sendo vendidos às famílias: verdadeiros instrumentos de evolução para bebês. E eu questiono isso, essa imagem de que bebê que vai para a escolinha desde cedo aprende a socializar melhor, aprende a andar/falar/largar as fraldas/comer brócolis e qualquer outra coisa antes das crianças que não vão, que aprendem a ler/escrever mais cedo/melhor, enfim...a imagem que nos é vendida é que hoje em dia é praticamente obrigatória (mesmo não sendo) a passagem do bebê por escolinhas caso essa mesma criança deseje ser alguém capacitado para o futuro.

Desde que a Ísis deixou de ir para a escola, passando a ficar em casa com a babá, eu percebo que quando digo isso para alguém a Ísis é sempre olhada como uma criança atrasada, que não brinca com outras crianças, que não aprende nada, tipo vegeta, sabe? E eu sempre ouço a famosa frase "mas por quê você não coloca a Ísis na escolinha? É tão bom, eles socializam (percebem?) com outras crianças, aprendem a se virar (?), aprendem musiquinhas, aprendem (!) inglês, engatinham/andam/correm/pulam/falam mais rápido e melhor do que crianças que não vão para a escola...

Minha maior satisfação é ver a Ísis falar super bem, cantar as mesmas musiquinhas, dizer as cores, agradecer, pedir, contar até 10, identificar letras, mesmo não indo para a escola. As pessoas ficam admiradas com isso, como se somente na escola as crianças pudessem aprender tais coisas! E por que não em casa? Por que não com os pais, com uma babá?

Neste ponto posso passar a imagem errônea de que a babá da Ísis é daquelas com ensino superior (enfermeira quase sempre), mestrado em pedagogia e doutorado em psicologia. Ledo engano! A V., babá que caiu do céu não tem segundo grau, o que quebra mais preconceito de que somente babás com ensino superior é que são boas.

Mas e como surgiu essa babá em nossas vidas?

Quando chegamos em SVP eu tinha 30 dias de férias, 30 dias de licença e uma possível babá previamente contatada para começar a trabalhar a partir do ano seguinte. O problema é que nós havíamos chegado em julho e eu deveria retornar ao trabalho em setembro. O que fazer até que a babá indicada estivesse livre para trabalhar conosco?

Cheguei a pensar em colocar a Ísis mais uma vez na escolinha, e isso começou a me fazer mal novamente, mas não estava encontrando outra solução. Em agosto fui visitar as 4 escolinhas existentes na cidade. A que a Ísis frequentava em Joinville estava milhões de anos luz das encontradas aqui. Fiquei desesperada! O que fazer?

Foi então que conhecemos a primeira vantagem de se morar em cidade pequena: as pessoas conversam! E não apenas sobre o tempo! A idéia da escolinha estava descartada e começamos a falar com as pessoas sobre encontrarmos uma babá temporária, até vir a oficial, que ainda trabalhava na casa de um casal que iria embora apenas no final do ano.

Pouco tempo depois recebemos uma indicação. Liguei para a moça e marcamos uma "entrevista". Ela chegou e cativou a Ísis em poucos minutos. Enquanto eu conversava com ela, ela ia brincando com a Ísis, em voz baixa, fazendo carinho, enfim...cativando. Eu gostei das referências dela e senti, sabe, que ela era legal. Na conversa expliquei que seria um trabalho temporário, ela aceitou. Marcamos o dia de início.

A adaptação da Ísis com a babá foi infinitamente melhor. Não houve choro, apesar de seguirmos a mesma metodologia: começamos com poucas horas, eu junto, depois passamos para transferir os cuidados (trocar fraldas, dar comida, banho) e por último passei a deixá-las vários momentos sozinhas. A Ísis sempre ficou bem, tranquila, e na volta sempre estava feliz.

Expliquei para a V. que a Ísis não ficava na frente da televisão, que ela precisava sair para brincar, que ela, como babá, deveria brincar com a Ísis, ouvir música, cantar, essas coisas. Nos momentos em que fosse para descansar, colocar um DVD.

E assim foi feito. Eu pedia, ela fazia e em poucos dias a Ísis estava apaixonada pela babá, que além de ser a companheira dos folguedos, ainda era a cuidadora, fora o fato da Ísis estar em casa, com suas coisas, seu ritmo. Isso fez toda a diferença.

De temporária, a V. virou babá oficial, a Ísis a adora e se sente segura com ela. Nunca chorou quando saí para trabalhar quando a V. estava por perto, porque sabe que quando a mamãe e o papai estão fora ela estará bem.

Outra vantagem que eu percebi foi na saúde: raramente fica doente e neste tempo todo só teve uma virose.

E o custo? Praticamente igual ao da escolinha, um pouco mais devido aos impostos, férias, décimo terceiro, mas se pensarmos em tudo que eu gastava com médicos, remédios, as faltas ao trabalho, sai até mais barato ou equivalente. Então o custo não deve ser o único fator a se pesar para se escolher entre a babá e a escolinha.

E a babá falta? Falta. Todos os meses 3 dias devido a um problema de saúde. E nesses 3 dias contamos com a ajuda de nossa empregada e com a compreensão do chefe que nos libera mais cedo, nos permite chegar mais tarde, bem parecido com quando a Ísis ficava o dia todo na escolinha.

Primordial nesse processo de escolher a babá foram as referências: todas muito boas, sendo que as antigas mães ainda ligam para a V., se importam com ela e sua saúde, ficaram amigas. Nunca ouvi um porém a seu respeito. E ainda mais que as referências foi perceber como a Ísis reagia à presença da V.

Não é nada fácil decidirmos com quem ficará nosso filho na nossa ausência, seja por motivo de trabalho, seja por qualquer outro e é muito importante listarmos os prós e contras e cada situação antes de decidirmos.

Um conselho meu é não descartar a possibilidade da babá antes de experimentar, se essa for uma opção viável. Outro conselho é observar bem as reações dos filhos, fazer a adaptção de maneira bem gradual e dar umas "incertas" em casa até estar segura. Eu fiz muito isso: chegar fora de hora e ficar escutando...aliás ainda faço, assim como fazia na escolinha.

E valorizar o trabalho da babá sempre, porque ela é responsável pelo nosso bem mais precioso quando estamos ausentes. Eu sempre elogio, sempre agradeço, nunca a trato como subalterna, como empregada, mas sim como parceira, porque na verdade é nisso em que eu acredito, somos uma boa parceria, ambas temos algo que a outra precisa, então não se cogita hierarquia, mas sim uma relação de ajuda mútua, de carinho e de confiança.

Outro ponto importante é que babás são babás: o trabalho delas e cuidar das crianças, brincar com elas, levar para passear. Não é limpar a casa, fazer comida, lavar a roupa. Se a babá tiver que fazer essas coisas, não tardará muito e seu filho ficará prostrado em frente à TV, ou pior, estará mais sujeito a acidentes domésticos.

Pense: quando você deixa seu filho numa creche nenhuma das cuidadoras limpa a sua casa, faz a sua comida, não é? Então por que a babá deveria fazer? Não se trata de luxo, como muitos podem pensar e como muitos já me disseram também. Eu considero especialização do trabalho. Para cuidar da minha casa posso elaborar um outro esquema, seja fazer quando chega em casa, seja contratar diarista, seja ter empregada.

E vocês? O que pensam sobre isso?




20 comentários:

  1. Ei Nine!!

    Que coisa boa a V. na sua vida. Tem que agradecer todo dia porque essa tranquilidade vale ouro.

    Eu nunca tive essa preocupação pq Sofia fica na casa da minha sogra desde sempre. Com 1 ano e meio eu coloquei na escola no período da tarde e é assim até hoje. Tem funcionado maravilhosamente bem.

    Bjs!!!

    Muito bacana o post.

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  2. Olá passei pra falar que tá rolando um sorteio por aqui, se tiver a fins venha participar....
    Bjs

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  3. Olha NIne,minha mãe sempre fala um ditado que eu gosto mt: cada um sabe onde seu sapato aperta!!!
    e é a pura verdade..n tem coisa mais chata do que gente se metendo na nossa vida,na nossa rotina...O melhor para os nosos filhos a gente que sabe,a gente que paeiu e que convive com eles..a rotina é a sua, e vc com certeza sabe o que é melhor ou não para ela...
    E a escola não faz a criança...cada criança tem sua personalidade e sua forma de aprender,ora essa!
    vc esta certa,siga seu instinto de mãe e sempre fara o melhor para ela!!!
    ;-)
    beijão em vcs!!!
    ;-)

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  4. Nine, adorei a forma que você abordou o tema. Transparente e objetiva. Eu também tenho babá, pois trabalho fora e preferi adiar a entrada das crianças nas escola. Acho que, às vezes, as pessoas tratam o tema da babá com um certo preconceito e parece que é luxo. Pior: Algumas pessoas acham que quem tem babá se exime das funções de mãe, o que não é verdade mesmo!
    Fico feliz que você tenha encontrado uma solução tranquila para a questão. Beijo!
    Chris (http://www.coisademae.blog.br)

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  5. Nine, amei seus posts, me irrita hoje em dia a tal da "socialização", aaafff é a substituição para o "lúdico" que me irritava tb.
    E o melhor é saber que a Ísis está bem :)
    Vou passar os link dos dois posts pra minha amiga ao invés de escrever um ;)
    bjs

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  6. Não sei se falei que tem selinho pra vc lá no blog hihihi

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  7. Nine.. li a parte I e não pude comentar.. agora completei a leitura e vou contar minha experiencia..

    A nossa ideia sempre foi colocar Laís na escolinha, apesar de ter familia perto. Sempre fomos muito independentes e queríamos q continuasse assim. Só que as coisas estavam apertadas e a segunda opção, seria a menina que me ajuda uma vez por semana, ficar a semana toda com Laís.. e assim ficou resolvido..

    Até que meus pai se ofereceram, e como a coisa estava apertada, eu estava insegura com a volta ao trabalho e tudo caminhava bem.. assim foi e é até hj.

    Não falo sobre isso no blog pq a familia lê e é complicado.. mas a familia tira muito da nossa independência e privacidade.. e isso é o q mais no aflige. Laís é super estimulada e bem tratada e isso eu reconheço e agradeço.. mas acho q tanto a baba quanto a escolinha tem pontos fortes que não interferem tanto na rotina da familia...

    Eu ainda penso no dia que a situação vai se reverter e vamos achar uma outra solução.. enquanto isso a vovó faz o papel da baba e da escolinha ao mesmo tempo!

    A Ana Mochileira falou uma coisa certa.. cada uma sabe onde o sapato aperta.. e mais cada um tem uma realidade e tem que "trabalhar" com essa realidade.. e assim vamos!

    Escrevi demais.. desculpe.. rsr

    Bjnhos em vcs!

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  8. Oi Simone! A V. é maravilhosa mesmo e sou imensamente agradecida por tê-la em nossas vidas! Família perto nessas horas ajuda um bocado, né? Que bom que a Sofia tem a vovó por perto para dar aquela mãozinha! Beijos!

    Oi Ana! Concordo com você! Cada família sabe da sua realidade, das suas possibilidades e desejos e vai se ajustando como dá. O importante é que as decisões sejam bem pensadas e que estejam bem para todos da casa. Beijos!

    Chris, já comentei lá no seu blog, mas registro aqui tb: só na blogosfera que eu vejo esse lance de preconceito com babá, viu? Na vida real quem tem é gente comum, que trabalha, nada de luxo não! Beijos!

    Oi Andrea! Nem me fale...faz alguns anos a moda era o tal do lúdico mesmo, e construtivismo, né? Agora é a tal socialização...não sei como se um bebê mal se compreende...é cada coisa. Beijos!

    Martha, concordo com você em vários pontos. Eu sempre falo que é bom ter família perto, mas para mim fucnionaria numa emergência, tb não gostaroia de depender das avós da Ísis para o cuidado com ela. Eu com certeza buscaria a ajuda delas caso não houvesse outra solução mais viável no momento, assim como vc fez. Beijos!

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  9. Nine,

    Delícia ler essa segunda parte do seu post. Como é bom a gente seguir o coração de mãe e que mãe consciente você é. Fiquei ainda mais fã, parabéns!

    Acho que a Isis te mostrou esse caminho e você ao partilhar isso conosco me ensinou algo que tava despercebido, apesar de já ter vivê-lo diariamente: a escolha "mandatória" que se tornou a escola infantil.

    Qdo li seu comentário lá no post da escola infantil (http://blogdodesabafodemae.blogspot.com/2011/05/escola-infantil-porque-parece-tudo.html) percebi isso: uma pressão social para que crianças menores transformem em mini-adultos através das escolas. Se seu filho tá fora, logo, ele é atrasado. Será o jeito dos tempos modernos de criar filhos? Não sei, mas soa com sentido. Obrigada e inté!

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  10. Li na segunda, mas só hoje conseguindo comentar...
    Então, acho super bacana sua experiência, mas para mim, o grande lance continua sendo como conseguir essa pessoa certa, especial para cuidar de um filho da gente!
    Você bem disse, cidade pequena, as pessoas se conhecem, talvez ajude. Uma cidade com um milhão de pessoas, que a gente não tem família, é bem complicado...
    Para mim continua sendo muito complicado entregar meu filho a alguém que não conheço. Se para empregada já tenho muita dificuldade de conseguir alguém que confie entregar os cuidados da minha casa, imagina com minha cria?
    Não que a escola também não tenha esse problema, mas a relação é menos íntima, menos pessoal, existe uma proposta, enfim, me traz um pouco mais de conforto. Mas isso que Arthur foi para escola com 1ano e 8 meses. Para um bebê, ainda não imagino como faria...
    Tem mais coisas que quero escrever ainda, mas Arthur me chama, volto depois!
    Beijos!

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  11. Então, vou desvirtuar um pouco o assunto... Outra coisa que ficou remoendo em mim foi isso da baba ser exclusivamente baba, tanto para não deixar a criança na frente da tv mas realmente cuidar dela.
    Mas e quando é mãe?
    A mãe dona de casa, que além de cuidar da criança, precisar fazer a comida, cuidar da casa, e, pior, nem tem fim da jornada é expediente full time? (E ainda tem gente que acha que é uma folgada que não trabalha...)
    Baba é baba e mãe é mãe? Pronto?
    Veja bem, não estou discordando de você ou perguntando para você, apenas me fez pensar nessa questão, para mim tão difícil de lidar.
    E mais, a mãe que trabalha fora e não tem empregada, que chega em casa e precisa sim ficar com a criança, mas também fazer a janta, por roupa para lavar, etc, etc, etc. Essa tá ma m*rda!

    Nine, eu amei o post e adoro o que você escreve, reforço aqui que não estou questionando você, mas o sistema, ok?

    Beijos!

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  12. Dani! Obrigada pela participação super antenada! Eu tb gosto muito do que você escreve :)

    Bom, vou responder por aqui, para deixar registrado no post para quem for ler depois, mas te mando comentário lá no seu tb, tá?

    Guria, confesso que nunca havia pensado em babá quando morava numa cidade maior, sem família, justamente por ter medo mesmo, como você. O fato de morar numa cidade pequena onde todos se conhecem, facilita e muito a procura por pessoas de confiança.

    Mas mesmo já em Joinville eu tinha 2 diaristas, pessoas muito queridas e que eram da minha confiança e que talvez (digo talvez porque não sei o que elas responderiam na época) uma delas tivesse aceitado uma proposta para ficar com a Ísis um período do dia, ou o dia todo. Mas justamente porque escolinha hoje em dia é o caminho mais viável e fácil do ponto de vista emocional, porque a gente acredita que numa escola nossas crianças estarão melhores, é que nem cogitei essa possibilidade, e assim como eu muitas não cogitam, simplesmente seguem a correnteza.

    E como fazia antigamente, quando não havia essas escolinhas? As nossas mães e avós não tinham que encontrar alguém de confiança? Tinham e encontravam. Eu sempre tive babá/empregada em casa porque minha mãe e avó trabalhavam fora. Nunca fui maltratada. Pessoas de bem existem e são maioria, mas não aparecem no telejornal...daí a falsa impressão de que a maioria das babás são mosntros que batem e maltratam...

    Mesmo na blogosfera descobri que muitas mães tem babás/empregadas de confiança, então não é algo impossível, apesar de reconhecer que é uma tarefa difícil.

    Sobre o segundo comentário, segue abaixo...

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  13. Você disse tudo, rsrsrs, mãe é mãe!

    Mas você me fez pensar e relembrar os motivos pelos quais eu lutei muito aqui em casa (com marido) para ter empregada (essa sempre foi uma certeza) E babá (ele achava um gasto desnecessário, um luxo mesmo).

    Eu nunca dei conta de cuidar da Ísis, da casa, do marido, do trabalho e de mim mesma. Nunca. Para dar a atenção devida para a Ísis eu tinha que negligenciar todo o resto nos primeiros meses de vida dela e isso foi me fazendo muito mal. E eu ia ficando mais mal proporcionalmente à percepção de que nos vendem essa imagem de que as mulheres/mães TEM QUE dar conta, porque, afinal, são maravilhosas, né verdade?

    Difícil das pessoas entenderem que não, não damos conta de tudo sozinhas e que negligenciamos muito de nós mesmas, do nosso casamento, dos nossos amigos, da nossa casa...e isso tem um preço.

    Eu não sei de onde vem essa idéia de que as mães TEM QUE cuidar de tudo sozinhas! Não somos seres isolados, precisamos e precisaremos sempre do apoio e amparo de outras pessoas. Minha opinião é que enquanto nós mulheres comprarmos essa idéia de que somos heroínas e maravilhosas, continuaremos insatisfeitas e cheias de conflito e culpa, porque não somos nada disso.

    Então...se eu, que sou a mãe, não dou conta de casa, filho, marido, trabalho, como exigir que alguém que foi contradada, não é a mãe, a esposa, dê conta de tudo? Impossível.

    Marido tirou 1 mês de férias e ficou sozinho com a Ísis em casa (nós ainda não havíamos encontrado a V., não tínhamos empregada, apenas diarista e eu precisava retornar ao trabalho) tendo que cuidar dela, da casa, de si mesmo...pergunta se deu conta? Claro que não! Ao final das férias aceitou a idéia de empregada e babá e achou muito justo mesmo!

    Mas e aí? Ele é homem, né? Normal não dar conta...agora a mãe não dar conta? Como assim? Mãe TEM QUE dar conta! Será????

    Dani, essa resposta para você é praticamente um texto que um dia eu pretendo escrever, mas por enquanto fico por aqui!

    Beijos!

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  14. oi nine, cheguei em seu blog através de um link deixado por uma das minhas amigas virtuais, a andrea, eu postei hoje que voltarei a trabalhar, esta quase tudo certo e pedi opinião sobre a baba ou a creche que seria a melhor opção. indo diretamente ao ponto: todas concordaram que creche seria perfeito! interação, desenvolvimento etc etc etc... sabe, aquelas coisas que vc chegou a dizer. só que a minha questão é a seguinte: a opção babá foi eu quem dei, sendo que marido/familia/amigos são da linha de pensamento que a creche em periodo integral, depois do meio periodo estar bem adaptado, ou seja, ninguém, alem de mim, acredita que babá seria, pelo menos, uma opção a ser experimentada.
    li o seu relato e vc esta certa, seus posts serviram não só de relato de experiencia e sim de aprendizado, e tudo o que é bom devemos passar adiante.
    admito que depois de ler os comentários e da conversa com meu marido, iria postar que tentaria a creche, assim, descartando a possibilidade de babá, sem ao menos tentar. mas agora o minimo que eu deveria fazer seria tentar, afinal por que não?
    sabe quando o coração não está em paz com uma idéia e insiste em ficar pensando que a outra seria melhor? então....
    quero pedir sua permissão para linkar seus dois posts no meu próximo post para a gente ajudar mais alguém que esteja no dilema, nem que seja com uma luzinha, se vc concordar me avise.
    obrigado desde já!
    um bjo

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Agora que li os dois textos vou deixar meu comentário!Rss!
    Desde que engravidei já pensava como seria quando tivesse que voltar a trabalhar, mas sempre tive um convicção:só colocaria o Levi em uma escolinha em último caso, nuncaaaaa fui a favor, nada contra quem acredita que essa opção seja a melhor, mas pra mim nunca foi!
    Então, quando o Levi completou 2 meses fui atrás de uma babá e tive muito sorte, pois a primeira que me foi apresentada está conosco até hoje!!
    Ela ficou comigo nos 4 meses que ainda tinha de licença-maternidade e nesse tempo passei para ela tudo que eu queria e também pude perceber a relação dela com o Levi, ela já tinha cuidado de muitas crianças e tinha ótimas referências!Então quando comecei a trabalhar foi bem tranquilo,(tranquilo até certo ponto, porque para nos mães só quem cuida bem de verdade somos nos!hehe)
    já tinha confiança nela e o Levi demonstrava se sentir bem com ela.
    Sempre achei mais confortável para o Levi ficar em casa, no quartinho dele, com os brinquedos dele, escolinha só com 2 anos ou mais!
    E esse história de socialização e desenvolvimento para mim é balela!!
    O Levi é super esperto, aprendeu a engatinhar com 5 meses, com 8 meses já estava dando passinhos, vai para o colo de todo mundo, é super simpático, vejo o bebê de um amigo que trabalha comigo está na escolinha desde 6 meses, já tem 1 ano e 3 mese e ainda não anda!!Então esse negócio que escola precocemente faz bem para o bebê não é a minha opinião!A criança se desenvolverá no seu tempo, independentemente de escola ou não e estimulo podemos dá em casa tbm!!
    Sei que sempre será uma questão delicada decidir quem cuidará dos nosso filhos, mas para mim a opção babá falou mais alto!
    Bjos!!

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  17. Oi Nine!
    Que post ótimo, vi o link em algum blog e vim conferir... Bem bacana o seu posicionamento, vc não falou em suposições, e sim do lado prático, né?
    Eu apesar de ter optado por uma excelente escola aqui em SP quando meu filho tinha 1 ano e 4 meses hj "colho os frutos" dessa super exposição das crianças aos estímulos, informática aos 3, inglês com 2, enfim... Meu filho "não captou" tantos estímulos juntos em alguma fase (que eu não sei dizer qual) e hj em dia faz um trabalho de motricidade, não chega a ser nenhum "problema" (é como uma fisioterapia) e o profissional que faz esse tipo de trabalho é bem claro ao dizer que as escolas estão muito preocupadas em estimular precocemente que acabam "pulando" atividades simples (que nossa geração fazia) que fazem diferença mais para frente.. Enfim, eu tb era uma que achava que era importante "sociabilizar", hj em dia tenho muitas dúvidas quanto a isso.
    Mas aqui em SP está tão difícil encontrar alguém de confiança que não temos muitas opções.
    beijo e bom fim de semana.

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  18. Oi Suellen! Obrigada pelo comentário. Esse processo de escolha é difícil sempre, mas acredito que vale seguir o coração da gente e se munir de informações para fazer uma boa escolha. Boa sorte!

    Oi Dayane! Sabes quie aqui em casa perdebi a mesma coisa? A Ísis engatinhou quando estava em casa comigo, nas férias, e andou depois que saiu da escolinha, então essa de que aprende mais rápido comigo não cola não. Beijos!

    Puxa Bianca! Você trouxe a tona uma questão que não abordei...vc tem percebido como estão crescendo os diagnósticos de déficit de atenção? E esses diagnósticos são dados em cirnaças que desde cedo foram para as escolinhas...super estímulo não faz bem a ninguém. Não sou contra as escolinhas, mas acho que elas deveriam ter uma outra abordagem nessa fase não obrigatória da escola (de 0 a 5 anos). Beijos!

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  19. Nine, quinta-feira sai um texto no Danielices onde cito este seu post, tudo bem?

    Eu queria ter escrito mais coisas, desenvolvido melhor, porém está faltando tempo (coisas de mulher maravilha...rs)

    Enfim, dá uma passada lá.

    Beijos!

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  20. Eu tenho um filho de 1 ano e nove meses e ele entrou na escolinha agora. Fiquei com a ele a primeira semana inteira, dentro da sala mesmo, quando eu saía um minuto pq a professora pedia, ele se rasgava de chorar e eu voltava. No último dia da primeira semana, sai e fiquei lá fora ouvindo o choro dele e chorando tbm. A escola é tida como a melhor da cidade, mas eu acho que isso é muuuito relativo. O que mais pesou a favor da minha decisão foi o fato de morar longe da minha família e não ter nenhuma, nenhuma, nenhuma confiança em babás, não por experiencias com meu filho, mas com experiencias da minha propria infancia. Achei a escolinha uma boa opção de socialização. Mas, agora eu estou como você, desesperada sem saber se realmente confio na escola. Pensando em tirá-lo e me conformar que não poderei mesmo nunca mais estudar/ trabalhar... Jah estou há varias noites sem dormir pensado ninsso, por isso vim pesquisar aqui sobre o assunto... Mas acho que só quem vai poder me ajudar sou eu mesma. =D

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