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segunda-feira, 10 de março de 2014

Fadas carregadoras de mamadeiras usadas existem!

É tempo de celebrar conquistas!

O quinto ano da minha eterna pequena Ísis começou com um amadurecimento importante: o téti, sempre amado téti, salve, salve, ficou para a história. E foi tão simples, tão simples mesmo! Sem dor, nem sofrimento, nem choradeira. 

A entrega das mamadeiras foi tão singela e ao mesmo tempo tão recheada da magia que ela tanto gosta! Não pude deixar de pensar que, de fato, quando deixamos a criança segura e quando respeitamos o seu tempo (e, porque não, o nosso tempo) tudo acontece de forma mais tranquila. 

Vou contar como foi:

Relembrando: ela tomava de duas a três mamadeiras de leite de vaca com achocolatado desde que terminou minha licença maternidade. No começo era leite em lata, de marca conhecida, sem achocolatado, depois leite de caixinha de procedência desconhecida e com achocolatado. Foi sendo carinhosamente chamado de tétinho. E ela amava! E eu amava o fato dela amá-lo e isso compensava meu desgosto por ter acreditado que ela havia se auto desmamado tão cedo (8-9 meses). Essa história já foi contada diversas vezes em vários textos por aqui, com a tag "amamentação".

Ano passado trocamos o leite de vaca por leite vegetal, e diminuímos as três mamadeiras para uma mamadeira apenas devido às inúmeras crises de bronquite que ela teve desde que chegamos em Blumenau.

Então saímos de férias em dezembro e combinamos com ela que não levaríamos a mamadeira de téti nas primeiras duas semanas, pois estaríamos fora de casa e seria inviável fazer o leite vegetal. Ela aceitou bem e não pediu.

Quando chegamos na casa dos avós, ela pediu o téti, mas como não havíamos comprado coco ou castanha para preparar o leite vegetal, ficou sem a mamadeira alguns dias, que foi substituída por suco natural.

Em janeiro, logo nos primeiros dias, resolvi conversar com ela. Falei que, quando as crianças estavam perto de completar cinco anos, como ela, normalmente já se sentiam seguras e preparadas para deixarem de tomar o tétinho na mamadeira. Já tinham a habilidade necessária para usar o copo ou a xícara.

Ela ouviu atentamente, mas respondeu categoricamente que não estava preparada para deixar de tomar o tétinho. Depois de alguns minutos ela me disse que poderia deixar de tomar o téti da noite, que na verdade era suco natural na mamadeira, mas não o da manhã, que era o leite vegetal com achocolatado.

Certo. Ela não estava preparada. Vamos adiar.

Até que...ela viu um dia no supermercado um copo rosa com tampa e bico, tipo esses de treinamento, mas mais para criança maior, e quis um. Nesse momento, eu aproveitei o gancho e disse que aquele copo era apenas para crianças que já estavam preparadas para deixarem de tomar tétinho na mamadeira. Quando ela estivesse preparada, ela ganharia um. Disse isso e segui com o carrinho no supermercado. Ela veio correndo e me disse que já estava preparada, que eu podia levar o copo.

Vejam, eu já havia tentado essa tática de comprar um copo ultra mega blaster legal para que ela deixasse de tomar leite na mamadeira, pelo menos umas 3 vezes, sem sucesso. Mas eu senti que dessa vez seria diferente. Sabem por quê? Porque pela primeira vez a proposta de trocar a mamadeira pelo copo havia partido DELA.

Levamos o copo para casa e o primeiro dia foi um sucesso. Preparamos uma caixa bem bonita para ela entregar as mamadeiras dela e do irmão (o Pedro entrou de gaiato na história e aproveitamos para dar fim às mamadeiras de água e suco que ele ainda usava) para as fadas (ela AMA fadas), mas esqueci de fazer o ritual de colocar as mamadeiras na caixa e dar sumiço durante a noite. O resultado? No dia seguinte as mamadeiras ainda estavam sobre o meu forno, fora da caixa enfeitada. Ela viu e pediu tétinho na mamadeira. "O último, mamãe, para eu me despedir dele!".

Certo. Dei. Ela tomou, batemos fotos e foi realmente o ÚLTIMO. A caixa das mamadeiras para as fadas ainda ficou muitos dias sobre o meu forno, mas ela nunca mais pediu para tomar leite na mamadeira. E não foi apenas isso que mudou: ela decidiu que não queria mais tomar leite com achocolatado.

Muitos dias depois deixamos a caixa com as mamadeiras dos dois na lavanderia, numa noite de lua cheia, para que as fadas viessem buscar. Ninguém viu como isso aconteceu, mas no dia seguinte, a caixa havia desaparecido e as mamadeiras simplesmente deixaram de existir nas nossas vidas!

O livro da Beth Bip não conta, mas eu tenho certeza que existem fadas carregadoras de mamadeiras usadas em algum lugar!

Flus Hauss - Vargem dos Cedros - São Martinho/SC: certeza que existem fadas aqui!

Update: A Martha, mãe da Laís, e autora do blog Minha Pequena e Eu, me fez um convite que me deixou muito feliz: escrever um guest post em comemoração aos seus mais de 100 mil acessos! Passa !

2 comentários:

  1. Que maravilha ! É isso mesmo ! Ainda bem que voc\~e espalhou este segredo que ninguém conta e que coloca qualquer criança e família em desespero. Tudo ao seu tempo...ao tempo da criança se sentir preparada, sem stress e com muita ludicidade e magia. Bjs a essa garotada marota e a essa mãe que sabe parar, observar, e decidir qual o melhor para todos ! Bjs carinhosos, e da Fada das Mamadeiras também...( ela deu uma passadinha aqui e não resitiu mandar bejinhos), Betty

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  2. Ah, que legal que a Fada das Mamadeiras andou passando por aí! Tenho certeza que na sua casa há um verdadeiro reino de fadas encantadas, Betty! Muitos beijos em todos (nos humanos e nas fadas!)

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