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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Amamentação em tempos de mamadeira

Esse não é um texto para falar mal da mamadeira e bem da amamentação. É um texto para falar de causas e consequências, de escolhas e resultados.

Não é segredo para muitos que com a Ísis eu tomei o caminho mais fácil quando deixei de amamentá-la exclusivamente. Preferi introduzir a mamadeira 1 vez ao dia, com LA, a ordenhar meu leite e oferecê-lo numa mamadeira ou copinho. Naquela época eu achava que um bebê de seis meses dava muito trabalho e eu me sentia exaurida. Não me sentia com forças para ter mais esta atividade obrigatória no meu dia a dia. Ainda mais às vésperas de retornar ao trabalho. O resultado? Três meses depois ela perdeu o interesse pelo peito e eu atribuí, inocentemente, essa perda de interesse a um desmame natural e gradual, sem traumas. Fiquei bem feliz, apesar da nostalgia que deu origem a esse blog em seu primeiro texto! Tolinha...

Pouco tempo depois de adotarmos o LA como única fonte de leite na vidinha dela, as crises alérgicas que culminaram em bronquite asmática - problema com o qual lutamos/convivemos ainda hoje - iniciaram e eu tive que sair da minha zona de conforto e admitir para mim mesma que havia feito uma escolha equivocada, não por desconhecimento, pois eu sabia que isso poderia acontecer, mas por conveniência (minha) e oportunidade (a ida dela para a creche).

Não é segredo tampouco que eu me arrependi dessa escolha, não porque eu tivesse sonhos com amamentação prolongada e tals, mas porque eu sabia que aquela minha escolha infuenciara a qualidade de vida da minha filha a partir de então. Já era de meu conhecimento que o leite da vaca não foi feito para os humanos - foi feito para o bezerro, olha que legal! -, mas por convenção, costume e preguiça eu preferi deixar para lá. E arrisquei a saúde dela.

Eu sei que ela não é alérgica só por causa do leite de vaca. Há muito mais em crises de alergia do que a mera alimentação, mas eu sei que o leite de vaca é fator que facilita muitíssimo a reação alérgica (porque ele é mais que alergênico) e a formação de muco, que por sua vez pode levar a um processo infeccioso. Que ela teve e tem até hoje.

Fato é que ela toma o tétinho dela 2 vezes ao dia, 400ml diários de nada, ou melhor, de alergia e carinho. Porque para ela o tétinho é um carinho, meu para ela. E eu não consigo retirar isso dela, mesmo sabendo o mal que faz. Como pode?

6 comentários:

  1. Nine... sabe que Laís só tece uma mamadeira, umazinha, que durou quase 3 ano de quase inutilização.. Vc sabe, né?! Acompanha nossa trajetória e sabe o quanto esse assunto me toca. :)
    Achoque da mesma forma que o desmame é feito de forma gradual e a criança perde o interesse, o mesmo pode acontecer com a mamadeira. Substituindo por copo, diminuindo a quantidade, substituindo por outra coisa... mas mantendo o ritual do carinho entre vcs. Criando novos rituais em que ela encontre o chamego de mãe... Acho que dá para ir tirando isso, aos poucos, até ela não sentir mais essa necessidade e vcs nem sentirem.
    Sorte aí!!!
    (depois quero saber como foi o cinema!!)
    Bj grande!

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  2. Nine minha flor... Sabe que li duas vezes seu texto para comentar... Sem falar sobre a amamentação (pq eu sou a pessoa menos indicada), aqui em casa ficamos com a mamadeira até dois anos e meio. E a Pequena deixou de tomar por si só. Eu custei e relutei a acreditar, já que a alimentação estava numa fase muito mal. E chorei por dias depois que vi que ela não tinha mais nem 10 ml de leite em seu cardápio diário. E foi depois que essas mamadeiras foram embora de nossa vida, que muita coisa começou a melhorar. Desde a saúde, já que ela tbm vinha de muitas crises de garganta e respiratórias, até a alimentação, que passou a se alimentar "bem" no almoço e no jantar. As vezes eu ainda tento que ela tome um pouquinho de leite, mas ela não aceita e eu tenho respeitado.
    Entendo bem a sua preocupação com a saúde da sua filhota, mas acredito que tudo acontece no momento certo. Começa diminuindo a quantidade, ou substituindo por outra coisa. E quem sabe quando menos esperar, a coisa acontece.

    Beijinhos

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  3. Nine, isso é tãããããooooo complicado, menina....

    Eu não sei como parar e perguntei ao pediatra, no ano passado, se poderia deixar de dar leite para a Laura, pq eu não tomo leite, meu marido não toma e não temos a pretensão de comprar leite para fazer quentinho, não. Ele me deu uma bronca e disse que a Laura precisa de leite até, no mínimo, os 7 anos. Tá.
    Saco.

    Continuo dando a mamadeira, mas, ao contrário da Isis, Lalá nunca apresentou reação alérgica, então tudo bem, caminhamos numa boa.

    Quanto à amamentação... bom, eu sou suuuuuuuper frustrada por não ter conseguido amamentar. Sonhava até uns meses atrás que estava amamentando a Laura e, acredite, NESTE FIM DE SEMANA eu sonhei que estava com os seios cheios, vazando leite, parecia uma ducha. Não deixo meu marido encostar nos meus seios e não gosto deles, pq eles me deixaram na mão quando mais precisei dos dois. Mas isso é totalmente psicológico, pq eu sei que a culpa não foi deles... e sim, da minha cabeça perturbada de pós-parto.

    Enfim... espero, de coração, que eu supere este trauma no próximo filho e, tenho certeza absoluta, serei a entusiasta da amamentação prolongada se conseguir amamentar por mais do que 3 meses (o meu recorde).

    Áh, meu email: danirabelo@terra.com.br (na imagem de "selo" por cima dos seguidores do blog).

    Vamos nos falando, sim, gosto muito do seu raciocínio.

    Beijos!

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  4. NIne, quando ouvimos da nova pediatra do Jovi esta expressão: 'leite de vaca foi feito pro bezerro', rimos muito!
    Até então, ele tomava LA Ninho (desde 1 ano) e um dia, com tanta crise alérgica (tosse, seguida de vômito) eu encasquetei com o Leite Ninho e passei a observar o quão gorduroso ele é.
    Levei esta observação a pediatra e ela me disse que este é o pior leite que poderia dar a meu filho, justamente pelo alto teor de gordura e por ser muito processado. Substituí pelo leite em caixa mas ainda sim, noto que a alergia dele pode ter uma relação com o consumo deste leite.

    Como a maioria das mães, voltei ao trabalho no 5º mês de nascido do meu filho. Inicialmente, levava bombinha, potes esterilizados mas logo na primiera semana, a minha produção de leite caiu tragicamente. Antes, depois da mamada eu ainda conseguia retirar 200ml de leite, trabalhando, não conseguia retirar nem 50ml. Fiquei muito triste e passei a deixar o peite 'encher' o dia todo para amamentar a noite - o que também durou pouco tempo, pois logo o JOvi passou a rejeitar o mamá.
    Amamentei exclusivamente e por livre demanda pelos cinco meses mais lindos e intensos da minha maternagem. Foi maravilhoso! Sinto muita falta e sinceramente, não entendo como algumas mães não apreciam este momento de conexão lindo entre mãe e filho.

    Enfim, se você puder, me indique algum texto ou matéria sobre a ligação de LA e alergias.
    Abçs

    Viviane mamaeatomica.blogspot.com.br

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  5. Ai Nine a amamentação! Um culpa imensa pra mim!
    Como a Ísis o Edu é asmático, alérgico, não exatamente a leite de vaca (pelo menos no teste alérgico não apareceu isso).
    Com o inverno chuvoso, ele esta atacado há semanas, estou entrando em desespero, ver meu pequeno com falta de ar me da calafrios, pois uma crise dessas ele foi parar na UTI. Fora as constantes infecções, a infecção desse ano é a Sinusite, ano passado foram as amidalites e otites. E fico nesse ciclo vicioso de antibiótico que diminui a imunidade, que gera infecção.
    Fora os corticoides e seus muitos componentes prejudiciais!
    Se tiver dicas me manda!!
    Beijos

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  6. Minha filha desde que nasceu toma LA. Ela ficou na UTI por 2 dias, meu leite era pouco, chegou a perder quase 1kg na 1ª semana de vida. Eu insisti em "amamentá-la" até os 5 meses, mas não tinha mais do que 120ml de leite num dia inteiro, tomando todos os remédios para "dar leite" que você pode imaginar.
    Hoje ela tem adenoide inchada, estamos em tratamento com um otorrino e a operação é um futuro próximo. Ela tem muita dor de ouvido pelo excesso de muco.
    Um dos fatores com certeza é o leite, mas o otorrino disse que o fator genético (eu e meu marido com alergias e problemas respiratórios) e o formato do rosto dela que faz ela respirar pela boca e agravam a situação e isso a gente não muda.

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