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quarta-feira, 28 de abril de 2010

28 de abril de 2009: o dia em que você nasceu! (atualizado)



Oi, minha querida! Nós tivemos que adiantar a comemoração pelo seu primeiro aninho porque o seu pai vai se ausentar por 40 dias para realizar um treinamento. Então a sua festinha foi no dia 17/04, 11 dias antes do seu aniversário de verdade.

Vieram os seus avós, tios, primo Vini e amigos da mamãe e do papai, que justamente por serem nossos amigos, se tornaram seus amigos também! E os filhotes desses amigos, que se divertiram muito na festinha!

Você se comportou muito bem durante todo o tempo e apesar da festa ter terminado tarde, não dormiu. Queria curtir todos os momentos junto com as pessoas que te amam!

Os melhores momentos foram você comendo o bolinho de chocolate logo depois dos "parabéns"! Comeu tudo e em várias fotos saiu com a boquinha cheia de chocolate!

Você também amou um cachorrinho de pelúcia! Deu até um gritinho de felicidade quando a mamãe tirou da caixa!

Ah! E o primo Vini, como primo mais velho, desses que querem mostrar o caminho, já sabem como resolver as coisas, pois chegaram antes, ajudou você a abrir os presentes ficando tão ou mais feliz que você pelos presentes ganhos! Seu primo te ama, filha!

Mas a mamãe desconfia que ele gostou mesmo foi do bolinho de chocolate! Volta e meia "roubava" com o dedinho indicador a cobertura do bolo! E saía serelepe, com a boca suja de chocolate...peralta esse primo!

Quando a maioria dos convidados já tinham ido embora nós começamos a tirar os balões das paredes para brincar, e acho que aí foi que a festa, de fato, começou para você! Ficou toda animada com os balões coloridos!


E depois que chegamos em casa, fomos tomar banho e você, de tão cansada, dormiu no meu colo, ainda dentro do chuveiro. Pena que a sua memória não vai se lembrar desse dia, filha, mas o seu coração vai!

No dia do seu aniversário (28/04) nós já estávamos sozinhas, seu pai já estava em Brasília. Ele ligou para casa e a mamãe colocou o telefone no seu ouvido para que vocês pudessem "conversar" um pouquinho. Nós duas dormimos juntinhas, brincamos na cama pela manhã e a mamãe te levou mais tarde para a escola; depois que a mamãe saiu do trabalho você fez a sua fisioterapia em casa, jantamos, brincamos mais um pouquinho e a mamãe te fez dormir no colinho e ficou com você bem agarradinha mais um bom tempo antes de te colocar na cama!



É como um filme rápido: os melhores momentos passam diante dos olhos. Em segundos em revivo cada passo dado até chegar ao dia do seu nascimento. Cada escolha. Cada não-escolha. Tudo me levou a você, no dia 28 de abril de 2009, às 20:16h.

Pela manhã fui a uma consulta de rotina com a obstetra. Tudo normal: 4 cm de dilatação. Sem dor. Falei do receio de não conseguir o parto normal. Ela me tranquilizou. Tudo estava bem e eu estava caminhando para um parto normal. Não havia nada para se preocupar. "Acho que nos vemos antes do final de semana", ela disse.

Depois do almoço, durante uma cochilada, a bolsa de águas estourou e nós - eu e seu pai - fomos para o hospital. Ligamos para suas avós, que se colocaram a caminho.

Eu tive um pouco de medo. Afinal, não havia passado por aquilo, ainda. Mas tinha lido muito, me informado e, principalmente, desejado aquele momento. Minha vida nunca mais seria a mesma! Eu estava preparada para o que viesse e disposta a fazer tudo o que eu acreditava ser melhor para você.

Eram 15:30h quando nós chegamos no hospital. Alguns procedimentos burocráticos. Elevador. Uma senhora me diz: "Tadinha, tá com dor, né? É ruim mesmo." Não, eu respondo, não é ruim não. Cada contração traz minha filha para mim. É uma dor boa! (Hoje eu me pergunto como foi que eu disse isso! Acho que a senhora não entendeu nada! Mas eu já estava naquele mundo paralelo das mães que entram em trabalho de parto conscientes, fortes e desejosas de conhecer o filho logo.)

Eu olhei o relógio: eram 19:15h. Eu estava acocorada na mesa de parto, apoiada por uma escada, fazendo força durante as contrações. A obstetra havia chegado a pouco. A auxiliar de enfermagem estava fazendo alguns preparativos. Seu pai estava ali do meu lado, conversando sobre coisas de que eu nem me lembro - e muito provavelmente nem ele. Eu só pensava em você. Logo você estaria ali, nos meus braços! E como você seria?

Eu havia imaginado aquele momento várias vezes! O seu nascimento! Eu me via fazendo força, sempre, então o parto vaginal foi uma escolha natural, e eu via você saindo do seu aconchego na minha barriga, para vir diretamente para os meus braços! Eu sempre chorava ao pensar nisso...mas quando você nasceu e eu te vi, só conseguia sorrir!

A última vez que me lembro de olhar o relógio antes de você nascer eram 19:55h. Eu fazia muita força para você nascer. Minha mente começou a vagar em algum lugar paralelo, distante e eu fiquei concentrada no que precisava fazer para que você logo estivesse ali fora. Eu não via ninguém, filha! Eu não ouvia nada! Eu só pedia por você, para que você viesse logo para os meus braços! O seu pai estava ali, ao meu lado, dando o apoio necessário nessa hora tão mágica!

Eu creio que pensei em todos os medos que tive da hora do parto, esse medo que é passado de geração para geração, porque só se fala da dor, da dificuldade de trazer um filho ao mundo. Mas eu não vou falar disso aqui filha. Porque de tudo o que a mamãe viveu e se lembra daqueles momentos que antecederam ao seu nascimento, a dor e os desconfortos causados por procedimentos de rotina no hospital foram insignificantes diante da magia que é trazer mais um filho ao mundo! Abençoadas sejam todas as mulheres!

Eu fiz uma força um pouco mais longa e de repente ouvi uns "vivas", ou algo assim, lembro do seu pai dizendo "nasceu!" e na mesma hora tive consciência de que você havia nascido; e a sensação física deste momento está gravada na minha memória para sempre, filha! Há poucos - ou nenhum - momentos na vida tão maravilhosos, tão grandiosos, tão prazerosos quanto o nascimento de um filho.

E logo você estava em meus braços, aninhada em meu seio, com os olhinhos puxados mais arregalados que já tinha visto! Dali em diante nós não nos separamos mais! Temos um outro cordão que nos une aqui, do lado de fora, que não pode ser cortado, nem descartado: temos amor!

Fecho os olhos mais um pouco: eu me sinto realizada! Eu me sinto amada! Completa! Forte! Sou mãe. Sou sua mãe, Ísis. Sou sua, para sempre!

Feliz aniversário, meu amor! Todos os meus pensamentos são seus, nesse dia tão especial para você. Eu te parabenizo pela coragem de vir ao mundo e te digo que eu sempre estarei com você e que tentarei ser o seu exemplo, ser o seu porto seguro dos primeiros anos de vida. Obrigada por escolher a mim e ao seu pai e por confiar que nós dois seríamos os pais que você precisa para ajudar esse mundo a ser um pouco melhor. Vamos trilhar juntas a nossa jornada!

5 comentários:

  1. Uf...
    lindo, lindo, lindo!!
    me emocionei do começo ao fim!
    Parabéns por esse momento mágico e por tê-lo vivido dessa maneira tão intensa.
    Realmente quando nasce um filho, nada é como antes... Agora é muito melhor!!
    Parabéns papais!
    Feliz Aniversário pequena Ísis, desejo pra você, que o amor dos teus pais cresça cada dia um pouco mais, para que você possa crescer cercada de amor. Com certeza esse deve ser o primeiro passo para a felicidade.

    muitos beijos

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  2. q lindo texto.... e parabens lindinha da tia... muitas felicidades nessa sua vida
    beijos

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  3. Parabéns ! Mesmo um pouquinho atrasadinho, mas repleto de carinho ! Tudo de melhor para vocês todos!Bjs Mammy

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  4. 'Minha netinha Ísis,
    Parabéns pelo seu primeiro aninho de vida. Que Deus te conserve assim cheia de alegria e saúde. Você está em boas mãos, pode ter certeza e é muito amada! Feliz Aniver da vóvó, vovô e tia Mari

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