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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Só para deixar registrado...papo sério II

Só para deixar registrado, através desta campanha linda, como a mamãe se sente desde que se tornou mãe, em relação a algumas outras questõezinhas...





Filha, a mamãe é fruto de uma geração de mulheres, assim como a sua avó também o é, que teve que lutar muito por liberdade e valorização de sua capacidade. Essas mulheres não queriam ser menosprezadas, queriam ver confirmados seus talentos, sua inteligência, sua capacidade de desenvolver algo importante para o mundo e não apenas "viver à sombra" de seus maridos e/ou pais.

Para isso, tais mulheres tiveram que abrir mão da presença em casa e de seu papel como "rainhas do lar", papel este tão valorizado em canções hipócritas, mas que na vida real, loge de idealismos, é atividade marginal das socidades ditas modernas.

Eu passei a acreditar que a mulher tem um papel fundamental na formação das famílias, é ela o elemento agregador, é a ela que os filhos recorrem desde muito pequenos, é o colo delas que pedem e normalmente são elas que possuem aquela ligação mágica com os filhos.

Veja bem, Ísis, a mamãe não quer aqui menosprezar o papel que o papi exerce na sua micro vidinha. Nada disso! A mamãe sabe o quanto ele é importante na sua vida, o quanto ele participa de tudo, o quanto ele te ama mais que tudo no mundo!

Mas deve existir um "algo mais" entre mães e filhos, porque do contrário, você não buscaria meu colo e meu consolo, mesmo quando está com o seu pai e mesmo ainda quando eu sou o motivo do seu choro...É sobre essa "ligação mágica" que a mamãe está falando.

Eu espero que você seja fruto de uma geração que vai poder escolher conscientemente e reconhecidamente qual papel vai querer exercer e em qual momento, sem neuras, sem cobranças, sem estereótipos, sem culpas desnecessárias.

A mamãe segue dividida. Não entre escolher ficar com você nesses anos tão importantes ao seu desenvolvimento, e trabalhar fora, porque se a escolha fosse apenas esta, a decisão já estaria tomada e eu já teria deixado de trabalhar.

Existe um "alguém" aqui dentro de mim e que não é mãe. E existe a minha consciência de saber que logo logo você cresce e vai querer bem menos a minha presença. Pode ser egoísmo meu? Pode sim e muito provavelmente o é. Eu gostaria muito de ficar alguns anos em casa cuidando de você e da família que eu e seu pai estamos construindo, porque sei e sinto que isso é o que me move hoje em dia, e não o trabalho; mas por outro lado, não gostaria de perder o meu trabalho, não porque ele seja minha vocação e ele seja imprescindível para minha felicidade, mas sim porque ele é a minha forma de sustento, porque sabe, filha, a gente nunca sabe o que vai acontecer lá na frente. É esse medo, oriundo de uma experiência pessoal, que faz com que eu não largue tudo para ficar com você. Espero que um dia você seja capaz de entender isso e que eu não me arrependa.

Na verdade, a mamãe vai tentar uma licença de alguns meses e eu espero consegui-la e com isso apaziguar um pouco o meu coração.

Certo dia li em algum lugar que os bebês são dotados de alguma substância viciante para as mães. Eu concordo. E acho que o fato de os filhos se formarem dentro dos corpos das mães, nutrirem-se de tudo que a mãe ingere e com o corpo dela formarem o seu próprio faz com que nós nunca nos sintamos totalmente completas longe dos filhos.

E eu quero curtir muito essa fase, filha, porque daqui alguns anos, você vai entrar na terrível aborrecência...

E meu desejo é e sempre será que a maternidade seja valorizada. Vou lutar por isso não levantando bandeiras, porque não sou assim, mas minha luta será exercer a maternidade da melhor maneira que eu souber e conseguir. E você será sempre a causa e a consequência das minhas escolhas!

7 comentários:

  1. Papo seríssimo amiga! e a escolha?! que dificuldade não?!
    Espero estarmoa certando!

    Bjinhos nas 02 e um ótimo final de semana.

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  2. Oi Nine,
    Já aderi a campanha e adorei a sua conversa com as sua filhota.
    Eu também sigo dividida.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  3. Olá, vi seu comentário no meu blog e vim retribuir. Seu blog é lindo e achei ótima a sua idéia de registrar tudo para sua filha. E ela é uma princesinha !
    Estarei sempre por aqui.
    Bjsss.

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  4. Lindo...lindas as fts da campanha..e lindo o seu papo serio,mais uma vez!! não deixa isso se perder...salva td e mostra a ela um dia..ela vai se emcionar!
    ;-)
    bjss,otima semana p vcs...
    estou meio sem tempo na net,mas acho que essa semana volto..tomara,né??
    bjinhos..

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  5. Putz, seu post veio tão de encontro a tudo que tenho vivido entre trabalho e maternidade desde que meu filho nasceu... puxa vida... é tão tudo isso, e vivemos em uma sociedade que cobra, e que necessita, e também morro de medo de um dia olhar pra trás e falar: o que ue fiz da minha vida? mas poxa, é claro que priorizar um filho amado e desejado é tudo o que a gente iria fazer né? a maternidade muda qualquer pessoa a gente não decide por um filho no mundo pra deixar passar a melhor fase da vida dele né? enfim... vamos que vamos... amei muito seu post, achei tão verdade, e esta campanha já tinha visto, é o máximo.
    beijos querida

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  6. Oi, Nine!!
    Somente hoje pude aderi a essa campanha tão linda e fundamentada!! As famílias só tem a agradecer pela iniciativa das meninas do Grupo Cria! Beijus,

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  7. Tem selinho pra vc lá no blog!
    bjs

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