Você entrou numa fase de conversação muito gostosa! Agora, quando chegamos do trabalho, você tenta nos contar como foi o seu dia, as brincadeiras que fez, o que viu na rua, o que mais te chamou a atenção. E eu acho uma fofura suas expressões e palavras truncadas com enrolações de língua que tentam ser frases completas! Tenho vontade de te afofar e mal te deixo terminar de contar alguma coisa, já estou beijando, dizendo como você é linda, esperta, fofa, salve, salve (liga não, filha, é que a mamãe é coruja mesmo!)!
Agora você fala como o Cebolinha, da Turma da Mônica, trocando os eles pelos eles, ops, os erres pelos eles! Daí saem : pantela, colatigo (curativo, que já foi culatido), histólia, pala (do verbo parar), entre tantas outras ditas no dia a dia e que a mamãe nunca lembra na hora de escrever, ai, ai.
Outro padrão seu é trocar o jota pelo zê: zunto (junto), zétsons (jetsons, o desenho), zanela (janela) e por aí vai...
Fora essa maneira cebolenta/abelhenta de falar ainda tem aquelas palavras favoritas da mamãe! Agora temos alimba (margarina!), pampufa (pantufa), janininha (joaninha), tôi (cobertor, que você não gosta de ter por cima nem nos dias mais frios!), boletinha (borboletinha, que já foi boboletinha, não sei por que você comeu uma sílaba), tabalá (trabalhar), uim (amemdoim, que você ama de paixão e vive pedindo desde que experimentou), boeda (moeda), samonete (sabonete), opa (roupa), panta (planta), uafo (garfo), colelinha (colherinha), culé (colher).
Tem os números: um, duis, tês, caco, cinco, seis, sete, oto, novi, deeeez! Mas você não sabe as quantidades, então 5 samonetes você chama de duis! Aliás, qualquer coisa acima de um você diz que é duis, ou um monte!
A formação de frases também está bem legal: já entendemos quase tudo que você diz e você ainda está na fase papagaio: a gente fala, você repete!
- Mamãe a papai a tabalá os duis! (quando saimos nós dois para trabalhar você fala para a L. e a V., que ficam com você em casa).
- Tudo mundo, ou tudo zunto! (quando você quer que todos se abracem, se beijem ou que fiquem com você fazendo alguma coisa).
- Qué tetinho a iaiate! (Quando você quer tomar seu leite com chocolate. Essa a primeira frase que você diz pela manhã, logo depois do a mamãe?, se é o seu pai quem te tira da cama, ou do olá, bom dia!, se sou eu).
- Qué a umpódi! (Quando você quer fazer/pegar qualquer coisa que você já saiba de antemão que não pode...espertinha...).
E ainda tem as interjeições fofas: ai, ai, ai, quando você faz algo que sabe ser indevido, ou quando nos vê fazendo algo assim; ai, mideux (ai, meu Deus!), quando a gente não consegue entender o que você está dizendo ou quando a gente não quer fazer o que você quer; cudádo (cuidado) quando nós estamos fazendo alguma coisa que você considera perigosa.
Fora que o fato de contarmos história para você nos rendem ótimas tiradas e frases! Estou amando esta fase, Ísis!