Obrigadíssima pelo apoio e pela ajuda no post anterior. Eu escrevi mais como um desabafo mesmo, porque é uma fase difícil essa, e como sempre que resolvi abrir algo mais íntimo aqui, recebi valiosa ajuda.
A Betty me relembrou que essa fase, por volta dos 3 anos, é a fase onde a criança se descobre uma pessoa independente dos pais, descobre suas vontades e não vontades. Agradar a mãe já não é o objetivo primordial de sua vidinha. A criança passa a se testar, se descobrir e acaba por nos testar também. É um processo que vai se completar na adolescência.
A Dani me falou de 2 capítulos do livro "A Maternidade...", de Laura Gutman. Eu recebi este livro na semana passada e ainda não havia chegado aos capítulos indicados, mas pulei os iniciais e a leitura me ajudou bastante no sentido de colocar em palavras coisas que penso e sinto em relação ao desenvolvimento da minha filha e em como entendo todo esse processo, como gostaria de conduzi-lo.
É um caminho muito difícil sair do senso comum de ter que "domar" a ferinha, sem respeitá-la como indivíduo. As idéias de educação sem violência, sem gritos e sem castigos são mal vistas pela maioria das pessoas.
Mas eu acredito muito nisso e Laura fala muito bem aqui: "Em geral, a presença engajada dos pais é ínfima quando as crianças "não tem limites, pedem desmedidamente ou não se conformam com nada. Não se trata apenas de presença física. Trata-se de presença e também de compromisso emocional."
A grande maioria dos pais ama seus filhos. Eu amo os meus. Mas criar filhos é de uma complexidade sem tamanho. Todos queremos criá-los bem, mas o dia a dia nos afoga e por vezes esquecemos do compromisso que assumimos ao nos tornarmos pais, deixando que o cansaço nos vença, a impaciência surja e frases ditas sem muito sentido para a criança sejam lançadas ao vento.
A verdade é que brigar, colocar de castigo, gritar, mandar são soluções muito mais fáceis do que compreender, ensinar, ajudar, compartilhar, estar junto.
Laura Gutman me disse mais: ela me disse que para se ter bons resultados é preciso dedicação. Precisamos dedicar parte do dia aos nossos filhos, com sinceridade. Estarmos presentes para eles e não olhando para o lado oposto, para o telejornal, novelas, computador, mais trabalho, fofocas. Mas dedicar-se aos filhos também não é bem vindo em nossa sociedade. Dedicar tempo aos outros é uma escolha e não podemos pensar que os filhos nos devem respeito e amor apenas porque os colocamos no mundo. Temos sim que nos dedicar a eles para conseguirmos construir um relacionamento saudável, baseado no amor, sim, mas também no respeito, na admiração, na confiança e no diálogo.
"Não há crianças difíceis; há adultos que optam por destinar, prioritariamente, atenção e energia a outros assuntos."
Eu acho as brigas e os embates diários improdutivos. Não admito que meus filhos tenham medo de mim. Claro que eu aprecio o respeito, mas o respeito não vem com o medo, ao contrário. Enquanto crianças e dependentes de nós estarão sob o nosso jugo, mas quando adultos, sairão pelo mundo para não mais voltar. Salvo se existir relacionamento, amor, respeito. E isso não se constrói assim, do nada.
O relacionamento entre pais e filhos é complexo, por diversos motivos. Mas eu creio que a base para um bom relacionamento futuro está na infância e em como conduzimos este processo de aprendizados dos nossos filhos. Eu creio nisso, seriamente.
É claro que há outros fatores, nos quais eu também acredito. Espiritualista que sou, acredito que a criança que está sob minha proteção hoje tem personalidade prévia ao nascimento, e como tal, possui seu lado de luz e seu lado de sombra como todos nós. Cabe aos pais ajudar a criança a domar e vencer suas sombras e fazer brilhar sua luz.
Com a minha filha, nos momentos de crise eu tento sempre entender a causa, porque sempre há uma, e por vezes nós, os adultos, não conseguimos compreender isso. A partir daí eu dialogo, mostro que a compreendi, explico, abraço, beijo, dou alternativas. Se ainda assim não resolve eu espero, perto ou longe dela a depender da situação. Para mim é o melhor caminho.
A Betty me relembrou que essa fase, por volta dos 3 anos, é a fase onde a criança se descobre uma pessoa independente dos pais, descobre suas vontades e não vontades. Agradar a mãe já não é o objetivo primordial de sua vidinha. A criança passa a se testar, se descobrir e acaba por nos testar também. É um processo que vai se completar na adolescência.
A Dani me falou de 2 capítulos do livro "A Maternidade...", de Laura Gutman. Eu recebi este livro na semana passada e ainda não havia chegado aos capítulos indicados, mas pulei os iniciais e a leitura me ajudou bastante no sentido de colocar em palavras coisas que penso e sinto em relação ao desenvolvimento da minha filha e em como entendo todo esse processo, como gostaria de conduzi-lo.
É um caminho muito difícil sair do senso comum de ter que "domar" a ferinha, sem respeitá-la como indivíduo. As idéias de educação sem violência, sem gritos e sem castigos são mal vistas pela maioria das pessoas.
Mas eu acredito muito nisso e Laura fala muito bem aqui: "Em geral, a presença engajada dos pais é ínfima quando as crianças "não tem limites, pedem desmedidamente ou não se conformam com nada. Não se trata apenas de presença física. Trata-se de presença e também de compromisso emocional."
A grande maioria dos pais ama seus filhos. Eu amo os meus. Mas criar filhos é de uma complexidade sem tamanho. Todos queremos criá-los bem, mas o dia a dia nos afoga e por vezes esquecemos do compromisso que assumimos ao nos tornarmos pais, deixando que o cansaço nos vença, a impaciência surja e frases ditas sem muito sentido para a criança sejam lançadas ao vento.
A verdade é que brigar, colocar de castigo, gritar, mandar são soluções muito mais fáceis do que compreender, ensinar, ajudar, compartilhar, estar junto.
Laura Gutman me disse mais: ela me disse que para se ter bons resultados é preciso dedicação. Precisamos dedicar parte do dia aos nossos filhos, com sinceridade. Estarmos presentes para eles e não olhando para o lado oposto, para o telejornal, novelas, computador, mais trabalho, fofocas. Mas dedicar-se aos filhos também não é bem vindo em nossa sociedade. Dedicar tempo aos outros é uma escolha e não podemos pensar que os filhos nos devem respeito e amor apenas porque os colocamos no mundo. Temos sim que nos dedicar a eles para conseguirmos construir um relacionamento saudável, baseado no amor, sim, mas também no respeito, na admiração, na confiança e no diálogo.
"Não há crianças difíceis; há adultos que optam por destinar, prioritariamente, atenção e energia a outros assuntos."
Eu acho as brigas e os embates diários improdutivos. Não admito que meus filhos tenham medo de mim. Claro que eu aprecio o respeito, mas o respeito não vem com o medo, ao contrário. Enquanto crianças e dependentes de nós estarão sob o nosso jugo, mas quando adultos, sairão pelo mundo para não mais voltar. Salvo se existir relacionamento, amor, respeito. E isso não se constrói assim, do nada.
O relacionamento entre pais e filhos é complexo, por diversos motivos. Mas eu creio que a base para um bom relacionamento futuro está na infância e em como conduzimos este processo de aprendizados dos nossos filhos. Eu creio nisso, seriamente.
É claro que há outros fatores, nos quais eu também acredito. Espiritualista que sou, acredito que a criança que está sob minha proteção hoje tem personalidade prévia ao nascimento, e como tal, possui seu lado de luz e seu lado de sombra como todos nós. Cabe aos pais ajudar a criança a domar e vencer suas sombras e fazer brilhar sua luz.
Com a minha filha, nos momentos de crise eu tento sempre entender a causa, porque sempre há uma, e por vezes nós, os adultos, não conseguimos compreender isso. A partir daí eu dialogo, mostro que a compreendi, explico, abraço, beijo, dou alternativas. Se ainda assim não resolve eu espero, perto ou longe dela a depender da situação. Para mim é o melhor caminho.