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domingo, 29 de abril de 2012

3 anos!



28 de abril. O dia em que você nasceu para nós.

Eu te amo e amo todos os momentos que você me traz!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tu és Pedro...



Eu não sou uma pessoa religiosa, já fui mais há uma década atrás. Desde que entrei para as aulas de catecismo que meu santo não bateu com os preceitos da Igreja Católica Apostólica Romana...muitos dogmas e tradições que remontam um tempo que não existe mais. Mas eu acredito em Deus e durante muito tempo me considerei cristã, espírita. Hoje não sou uma coisa nem outra, apesar das duas denominações e todos os bons ensinamentos que elas trazem serem muito importantes no meu dia a dia.

Aos vinte e poucos anos eu li um livro maravilhoso chamado "Paulo e Estevão", de Emmanuel, psicografado pelo maravilhoso Chico Xavier. Durante a leitura um personagem, que não era o principal, me chamou a atenção: ele era Pedro, o apóstolo. Eu me lembrei das palavras do catecismo: tu és Pedro e sobre esta pedra erguirei minha Igreja. Como eu disse, não era católica (o livro também não é!), mas havia feito catecismo e tem coisas que ficam guardadas na nossa mente. Depois desse livro, esse nome, Pedro, não me saiu do pensamento e registrei que se tivesse um filho um dia colocaria este nome nele.

Mais de dez anos depois cá estou eu com meu Pedro...

E Pedro me ensinou muitas coisas e de certa forma tem sido a pedra fundamental sobre a qual eu estou construindo uma maternidade mais tranquila, ainda mais consciente do que da primeira vez, muito mais cheia de contemplação e instinto e muito menos carregada de preocupações.

Li no Super Duper algo parecido e repito aqui a idéia da Anne: não sei se o Pedro é mais tranquilo porque eu sou mais tranquila, sigo mais meus instintos maternos e busco informação em fontes que falam diretamente ao meu coração e a minha razão, ou se eu sou tudo isso porque ele, meu filhote de recém completados dois meses, nasceu assim: risonho, contemplativo, calmo. É como na história da galinha e do ovo.

E alguém me perguntou se é a mesma coisa o primeiro e o segundo filho e eu me vejo obrigada a citar a Anne novamente: a intensidade do amor é a mesma, porém são amores diferentes. Eu jamais poderia dizer se amo mais um que outro, para mim isso não existe, mas cada um tem sua especialidade dentro do meu coração, sem que qualquer deles seja mais do que outro.

A minha primogênita (e creio que todos são assim) sempre vai ser especial para mim porque foi a primeira, com ela eu vivi tudo de maneira mais intensa e foi ela a grande responsável por eu ter me tornado a mãe que sou hoje. E eu me orgulho muito da mãe que me tornei, pois houve um tempo em que não saberia dizer se seria ou não uma mãe da qual me orgulharia.

E o meu caçula  (e creio que todos são assim) veio com a especialidade de me permitir maternar com mais tranquilidade, com menos medo de errar, além de ser um instrumento de segunda chance em vários aspectos! O parto foi um deles, a amamentação está sendo outro momento revivido com mais sabedoria (mas não menos cansaço, há!).

E a junção dos dois tem me feito exercitar o desprendimento, a paciência em graus nunca antes vividos, a sabedoria, a resiliência, a honestidade e a generosidade. E o famoso "se vira nos 30!".

- Pedro não conhece a Xuxa mas é chegado numa festa do "estica e puxa" nos meus peitos!
- Pedro é amamentado a livre demanda, o que para ele pode ser a cada 2 horas ou 2 minutos. Só tomou leite materno desde que nasceu (e lambeu o dedo indicador da irmã todo lambuzado de chocolate no domingo e Páscoa, sem que eu visse!) e engorda a olhos vistos.
- Pedro, assim como Ísis, tem seu momento "loucurinha" a noite. Fica irritado e não segue o mesmo padrão do dia. Para acalmar rola de tudo: banho, massagem, máquina de lavar louças (não o ponho lá dentro, que fique claro!), secador de cabelos, balanço, barulho, silêncio e colo, sempre colo, de preferência o meu.
- ele tomou suas primeiras vacinas ontem, atrasadas, segundo a atendente do posto de saúde, que me fez fazer um escândalo porque não queria deixar furarem meu pequeno 3 vezes de uma vez só! Consegui que furassem duas e devo voltar em 15 dias para aplica a outra... Quem inventou esse calendário de vacinação não teve que levar os filhos para vacinar, né? Por que colocar duas injeções juntas, me explica?
- ele ainda está no esquema mama e faz coco...
- ele é bem molinho, não gosta de firmar as pernas e o pescoço, e se colocado de bruços nem tenta erguê-lo, o que gera brincadeiras internas sobre o fato dele ter nascido de 41 semanas.
- ele odeia roupas, chora sentido sempre que precisa colocá-las, o que somado ao item anterior gera brincadeiras inernas sobre o fato dele não ser gaúcho, mas sim natural de um certo estado do nordeste, do qual gosto muito!
- ele adora ver a irmã, mas se irrita quando ela fala muito alto, logo faz beicinho e chora.
- ele ri para tudo e para todos e ama o trocador, é o lugar onde ele mais tempo fica sozinho sem chorar.
- ele acorda de madrugada e em pelo menos um das 3 acordadas ele não quer dormir, o que me permite ver e rever capítulos de séries como Law & Order, Grim, House, Mestres Cervejeiros...
- ele baba, faz o gugu dadá e dá gargalhadas enquanto dorme!
- ele tem sensor de altidude, de balanço e reconhece o som que as tábuas fazem ao nos dirigirmos ao seu quarto, porque sempre que tentamos colocar ele no berço, ao chegarmos no corredor, abre os olhos!

terça-feira, 3 de abril de 2012

E o desfralde?

Obrigada mais uma vez por todo o carinho na postagem anterior. Não foi fácil não, mas passamos por aquilo sem maiores sequelas. Foi muito bom receber a ajuda de vocês. Ainda quero escrever sobre isso, porque algumas mães se mostraram preocupadas no caso de decidirem ter o segundo filho, e, apesar de sabermos que cada criança reage de maneira diferente, sei que posso ajudar algumas com um pouco do que passei e aprendi com esse processo.

Mas agora, vamos ao desfralde!

...

Primeiro: repararam no tamanho dela? A minha pequena Ísis já não é mais tão pequena assim...nem completou 3 anos ainda mas já tem altura e corpo de 4-5 anos...Isso não ajudou nas fraldas, já que ela chegou ao último número já no ano passado!

Eu sempre tive receio do desfralde e a Ísis sempre amou as fraldas dela, então a minha tática foi ler tudo que podia sobre o assunto e esperar que ela desse os famosos sinais de que estava pronta para o desfralde. Mas, ela só começou a demonstrar que estava pronta para mais este passo no final do ano passado, em dezembro, quando esquentou aqui no sul do sul...e nesta fase eu estava imensa da gravidez do Pedro e tendo pesadelos de que a qualquer esforço poderia tê-lo ali no quintal da minha casa...achei melhor esperar.

Então fomos para POA aguardar o Pedro e lá, no calor e no AP de piso frio nos empolgamos para comprar um redutor de assento e fazermos um test drive. Tal teste se mostrou improdutivo...ela pedia para ir ao banheiro, mas era só de brincadeira, pilantragem das grandes, ficava lá rindo e conversando, cantando até que dizia que já tinha feito, queria dar a descarga e lavar as mãos. Não rolou nenhum xixi.

Depois disso veio o nascimento do irmão, o retorno para SVP, a difícil adaptação inicial...deixamos de lado o desfralde e eu já estava conformada em passar mais um ano com troca de fraldas em linha de produção.

Até que, no final de fevereiro, percebemos que ela estava pronta para ser desfraldada pelas próprias fraldas dela, que já não seguravam mais o xixi e o coco. Procuramos um pinico que se parecesse com o vaso sanitário, mas que não fosse uma escola de samba ambulante, cheio de luzes, brilhos, fantasias e músicas (nada contra, mas não faz o meu tipo gastar mais de 200 dinheiros num negócio que vai armazenar xixi e coco por pouco tempo).

Por sorte a Ísis está apaixonada pelos smurfs (apresentei os desenhos antigos a ela) e foi fácil escolher um pinico azul e branco, que ela disse que era da smurfete!

Aguardamos uma semana pela chegada do troninho. Enquanto isso compramos calcinhas e fomos conversando sobre quando o pinico chegasse.

No dia em que ele chegou ela ficou muito empolgada! Faceira que só! Tiramos a fralda, colocamos a calcinha, tirei muitas fotos dela e o primeiro xixi saiu no pinico no mesmo dia! Um orgulho, uma emoção! Mas...

Sempe tem um mas...os dois dias seguintes ela não usou o pinico, se recusou veementemente a sentar ali, e também não queria mais usar a fralda! Foi um horror! Ela ficou muito nervosa porque sentia vontade de fazer xixi e coco mas não fazia no pinico, nem na calcinha, nem na grama e nem na fralda! Fiquei com receio de que tivesse forçando uma situação, dentre todas as outras que já estávamos vivenciando, e voltei atrás. Voltamos com as fraldas durante o dia por 4 dias e depois passamos a retirar as fraldas apenas na parte da tarde, depois que ela fazia coco nas fraldas (tinha medo de que ela ficasse constipada porque eu sofri muito na infância e adolescência com isso!). Ficamos nessa fase por mais ou menos uma semana depois da chegada do pinico.

E um belo dia ela me pediu para tirar as fraldas após o almoço (antes do coco) porque estava machucando. Eu concordei entre surpresa e receosa, mas disse que ela só poderia ficar sem as fraldas se usasse o pinico e me avisasse quando quisesse fazer xixi e coco. Ela concordou e desde aquele dia passamos a deixá-la sem fraldas durante todo o dia (usamos apenas a noite para ela dormir).

O coco no pinico veio no dia seguinte. Ela estranhou um pouco a posição sentada (porque ela fazia de pé), mas logo relaxou e conseguiu fazer. Mais um orgulho para a mamãe aqui!

Desde então estamos com total sucesso com o pinico. Agora ela já pede para a gente sair quando ela vai fazer coco e adora ficar lá sentadinha lendo um livrinho! Ela também está apaixonada pelas suas obras! Sempre olha o "xixi amarelinho do piu piu" e o "coco marrom de chocolate". E faz festa (a gente também), dá tchau, descarga e lava as mãos. Sucesso total!

 O porém ainda está quando saimos de casa por períodos longos, porque ela não faz no vaso sanitário nem de casa, quanto mais na rua! Então, se vamos passar um bom período fora colocamos fralda nela, o que gera alguma confusão de vez em quando, pois ao ter vontade ela quase sempre pergunta "eu tô de fraldinha?"

E o que foi feito?

- Nunca, jamais (ao menos não sob as minhas vistas!) foi dito que ela precisava deixar as fraldas porque já estava "grande", "mocinha", que não era mais bebê, etc... Sempre conversei com ela explicando que era a evolução natural das coisas: quando nascemos usamos fraldas, depois aprendemos a usar o pinico para então passarmos ao vaso sanitário. Claro que isso chama-se crescer, mas nunca enfatizei tal fato, procurei falar das calcinhas, que ela passaria a usar como a mamãe. Um dia o pediatra disse exatamente o que eu não queria que fosse dito e levou um cortaço meu! Coitado! Mas sou assim mesmo, defendo com unhas e dentes o que eu acredito ser o melhor para os meus filhos!
- Voltei atrás quando percebi problemas a vista! Não tive medo e não me arrependi, foi o melhor no momento.
- Não tirei totalmente a fralda, ela ainda usa para sair e dormir. Pode gerar alguma confusão, é verdade, mas evita um monte de vazamentos desnecessários e cansativos. Para mim está muito bem.
-  E o mais importante: só funciona se a criança quer...se ela não quer ou não está pronta, melhor esquecer porque vai ser estressante e talvez traumatizante. Só quando ela me pediu para ficar sem fraldas foi que ela se comprometeu de fato com o pinico.

E vazamentos acontecem? Sim, mas são raros, e normalmente ocorrem um pouco na calcinha e o restante no pinico, porque tem vezes que ela se segura (quando está brincando e a gente esquece de lembrá-la de que ela está de calcinhas e precisa avisar para ir ao pinico). Coco foram todos no pinico!

Para quem está na minha situação atual, chegada de um irmão e possível desfralde do mais velho, acho que vale a pena não criar expectativas. Vale a pena tentar sim, mas meu conselho é de voltar atrás se necessário. Sempre!

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